Duarte, Cláudio

Fuchs, Flávio Danni

Fuchs, Sandra Cristina Pereira Costa

Lessa, Ines

Machado, Carlos Alberto

Mengue, Sotero Serrate

Nucci, Luciana Bertoldi

Toscano, Cristiana Maria

Portuguese

Lume 5.8

Resumos Temas Livres 293 Prevalência de hipertensão no Brasil: uma estimativa baseada no plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus Ca rlos A lbeno Machado, Sa ndra C Fuchs, Lucian a 8. Nucci, Sote ro S. Mengue, Ines Lessa, Cris tiana Toscano, Cláudio Duarte, Fláv io D. Fuchs. Mini stério da Saúde/Sec reta ria de Políticas de Saúde Brasíl ia DF Brasil .e Programa de Pós-G raduação em Epidem iolog ia Porto Alegre RS Brasil. Fundamento: A pre valência de hipertensão arterial (HAS) foi determinada em estudos representat ivos de c id ades brasile iras, mas não há dados nacio-nais. Objetivo: Estimar a preva lê ncia de indiv ídu os suspe itos de serem hipertensos detectados na Campanha de Detecção de Suspe iws de HAS e Pro moção de Háb itos Sa udávei s de Vida do Plano de Reo rganização da Ate nção à HAS e ao Diabetes Mel litu s na população brasil ei ra. Métodos: Como parte do Plano, a campanh a pa ra detectar suspe itos de hipertensão baseou-se na convocação naci ona l de indi víduos adultos co m 40 anos ou mais para aferição da pressão arteria l em unidades básicas de saúde do Siste-ma Único de Saúde (SUS), entre novembro 200 1 e j ane iro 2002. Divulgação e convocação dos potenciais part icipantes foram reali zadas amp lamente. O alvo da campanha foi o público pot encia lmente usuári o do SUS- 34, I mi-lh ões de indi víduos- ou sej a. 75% da população adult a co m 40 anos ou mais. Definiu -se a suspe ita de hiperte nsão po r pressão arterial maio r ou igual 140/90 mmHg. Resultados. A aná lise dos dados de 74 % das c idades que env ia ram informações sobre participantes da campanha mos trou que fora m fei tas I 2.4 19.83 I medidas de p ressão a rte ri al. de u m tota l de 25.777 .1 24 ind ivíd uos potençia lmente e leg íve is . A taxa de cobertura glo-bal de 48 ,2% variou de 35% na região NO a 59% no NE do Brasil. Nas c idades do inte ri or, a taxa de cobertura fo i duas vezes maior do que nas capi tai s dos estados. Maio r proporção de cobe rtura foi também observada em unidades com Programa de Saúde da Família, Agentes Com unitários de Saúde e com nível ed ucac io nal inte rmed iá ri o. A preva lência de indi víduos com suspe ita de serem hi pertensos foi 36,2%, variando de 42 ,6%, no ES , a 24.5% na AM. A prevalência de hipertensão va ri ou por tamanho da c idade e regiões brasi lei-ras, mas não por gênero. Conclusão. A despeito de cobertu ra parc ial, os re-sultados confirmam as es tim a ti vas de preva lênc ia de hipertensão 'a rterial descrit as e m es tudos menores represe ntativos. Dife renças de preva lênc ia por es tado e reg ião deve rão ser exp loradas em outros es tudos para ex plicar diferenças na morta lidade por eventos cerebrovasculares e coronarianos. 295 Perfil da popu lação com hipertensão arterial não controlada em Goiânia Paulo César B.V. Jardi m, Hum berto Grane r Moreira. Ma ri a do Rosá ri o Gond im Peixoto, Este lamari s Tronco Monego, Weimar Kun z Sebba Barroso de Souza, Lui z Sca la. Liga de Hipertensão Arteriai/FM/HC/U niv.Fed. de Goiás/CNPq Go iânia GO Brasil e Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá MT Bras il. Fundamento: Pelo risco que a Hipertensão Arterial (HA) não rratada oferece, seu con-trole adequado deve ser prioritário. Estima-se que o percentual de indivíduos com a HA controlada em nosso país e está mui to aquém do desejado. Para a adoção de medidas visando corrigir esta falha é importante o conhecimento do perfi l da popu lação que se encontra nesta situação. Objetivos: Traçar o perfil da população com pressão arterial não controlada na cidade de Goiânia e identificar possíveis fatores correlac ionados. Métodos: Estudo descritivo, observacional, transversal, de base populacional, funda-mentado em inquérito domiciliar de amostra aleatória simples, representati va da popu-lação em estudo,> 18 anos. Em questionários padronizados e validados foram colhidas infonnações sócio-econômicas, hábitos de vida, conhecimento sobre a HA, seu trata-mento e real izados medidas objetivas de PÃ, peso, altura, e medida da circunferência de ci ntura. Foram considerados hipertensos indivíduos com PAS>= 140mmHg e/ou PAD>=90mmHg, ou indivíduos com uso contínuo e regular de medicamento anti-hipertensivo independente dos valores de PA. Dados analisados em SPSS e reg ressão logística múllipla rea lizada em M ULTLR (alfa=S% e IC 95%). Resultados: De 1738 pessoas avaliadas (64% mulheres com idade 40± 15 anos), encantamos 633 (36,4%) considerados hipenensos. Destes, 551 (87%) estavam com a pressãoacimado nonnal , por di versos mo ti vos (falta de conhecimento, de tratamento ou de conlrole ). O conheci-mento da HA é maior entre as mulheres (p<O,OO I), menor entre os indivíduos com idade <40 anos e com escolaridade mais alta (p<O,O I). Falta de aderência ao tratamento pôde ser detectado em 48% dos que conhecem a HA e não tratam. No modelo que anal isou aqueles que Lratam regularmente, detectamos que lMC>27kg!m2 aumentou o risco do não controle em 2 vezes (p<O,O 1 ) e 0 tratamento em Unidades Básicas de Saúde/S US foi fator de ri sco para não alingi r oconrrole adequado em_ 2,3 vezes (p<(),O I). Conclusão: Os dados revelam que a HA diagnosticada, rratadae naocontroladaacontece principal-mentesob os cuidados do sistema básico de saúde; a fal_ta de_control:da HA não é limimda ao indivíduo de baixa escolaridade e a obesidade está amplicada nao só no aparecimento precoce da HA como também no ri sco de não se controlar a PA mesmo sob rratamento. 76 294 Arq Bras Cardiol volume 81, (supl. ill), 2003 Conhecimento e controle da hipertensão arterial (HA) em população adulta de um estado brasileiro Paulo César B.V. Jard im, Humben o Moreira, Maria R. Pe ixo to, Estelamari s Monego, Juliana Fontes, Denise Alves, Priscila CoulO, Weimar Souza, Luji z Scala , Joe mil Araujo. Li ga de Hipe rtensão Arterial!Un iv. Federal de Goiás/CN Pq Goiân ia GO Bra-si l e Uni v. Federal de Mato Grosso Cuiabá MT Brasil. Fundamento: Diante do ri sco que a HA não tratada oferece, a detecção, trata-mento e contro le dos indi víduos hipertensos deve m ser fe itos com a lta pri-oridade. Ainda ass im é grande o número de hipertensos não identificados e/ ou não tratados adeq uadamente. Objetivos: In vest igar e ana li sar o nível de conhecimento e contro le de HA em amos tra s ignificativa da população ad ulta do estado de Goiás/Brasil. Métodos: Es tudo descri tivo , o bse rva-cional e transversal de base popu laciona l, fundamentado em inquérito do-mici li a r de amostra a leatóri a simples representati va da popul ação em est u-do, id ade> 18a ( IC 95% ), tomando por base uma c idade de grande porte e um a c idade de pequeno porte. Ut ili zados questionários pad roni zados para in vest iga r in fo rm ações sóc io-demográficas e hábit os de vida. Análi se da PA considerando a méd ia de duas med idas , utilizando o apare lho semi-auto-mático OMRO HEM 750CP. ado tando como c ritério de HA: PA>=I40/ 90mmH g (OMS) ou uso regu lar de anti -hi pertensivos. Dados armazenados em programa Mi crosoft Access e ana li sados para va lidação de hipótese e co rre lação en tre variávei s através do programa Ep i In f o 6. Resultados: In ves ti gadas 29 12 pessoas (85% da amos tra prevista). Predomínio do sexo fe minino (6 1,7 %), idade média 4 1,5± 15,3a( 18 a 90a). De acordo com os cri -té rios es tabelec idos , 35,5%. (n= I 034) da popu lação pode se r cons iderada portadora de HA. Destes, somente 65.6% têm conhecimento de sua hipe rten-são, 43,3% tratam regula rmente e apenas 15,4% apresentam a pressão arte ria l controlada. O contro le da pressão é maior entre aqueles de maior escolarida-de (p<O,OO I) se m contudo apresentar relação co m renda fa mili ar Conclu-são: Os indicadores de HA em Goiânia mostram percentuais preocupantes e o níve l de co nh ecime nto e cont role a exe mplo de o utros es tudos, não é sa ti sfa tó ri o. Es tes dados confirmam a necess idade urgente de melhorar os sistemas de det ecção e tratamento da hiperte nsão arter ia l, sobretudo nos se rv iços de Sa úd e Públi ca, obje ti va ndo reduzir os ri scos de doe nças cardi ovasc u la res. 296 Hipertensão arterial e fatores ps icossocia is no trabalho em uma refina~ ria de petróleo Julizar Dantas, Renê Mendes, Tânia Maria de Araújo. Pe trobras Bctim MG Brasil e UFMG Belo Hori zonte MG Brasil. O processo de rees truturação produti va e suas repercussões sobre a organi-zação do trabalho aumentam a carga de trabalho e o desgaste dos trabalhado~ res , provoca ndo novas formas de adoec imento. O planejamento e a exec u-ção de ações de Promoção da Saúde no Traba lho requerem o conhecimento dos fatores envo lvidos e das poss ibilid ades de inte rvenção ambi ental e na organi zação do trabalho . Es te es tudo objeti va inves ti gar a assoc iação entre alguns fat ores ps icossociais no traba lho e a hipe rtensão arteria l, num es tu-do do tipo caso-co ntrole e m 229 traba lhadores traba lh adores (65 hipertensos e 164 normotensos) do ramo de refino do petró leo. Foram es tu-dadas as associações entre três aspectos principais: pressão arterial , desgas-te no traba lh o e ho rário de traba lho. O desgaste no trabalho foi avaliado pelo Job strain model proposto por Karasek. Os resultados mostraram que a alta demanda psicológica, o baixo nível de controle e o traba lho de alto des-gas te não es tavam assoc iados com a hipertensão arteria l. Ao contrário, res-sa lvadas as limitações do es tud o, os trabalhadores com a pressão arter ia l normal apresentavam níveis de trabalho de alto desgaste , significa ti vamen-te supe ri or (p < 0,05) aos com hipertensão arteria l. O suporte soc ial no traba-lho é mais a lto nos trabalhos com baixo desgaste e ativo em comparação com alto desgaste (p < 0,00 I) , portanto, a incorporação da dimensão suporte so-cia l no trabalho em nível a lto é capaz de atenuar o desgaste no trabalho. A insegurança no emprego está associada com o trabalho de alto desgaste (p < 0 ,00 I). Não constatamos assoc iação entre: o traba lho de alto desgaste e o uso de fumo/co nsu mo de bebidas a lcoó li cas; o prol ongamento da jornada de trabalho e hipe rtensão arte ri a l; o trabalho em turnos e hi pertensão arteri-al/consumo de bebidas a lcoólicas/fu mo. Entre as medidas de Promoção da Saúde no Trabalho objetivando diminuir a carga de trabalho e o desgaste do trabalhador é necessário uma orga ni zação do trabalho mais flexível (maior controle sobre o próprio traba lh o; permissão para o uso racional das habi -lidades e cria ti vidade do trabalhador e a regu lação das demandas de traba-lho) , a ~edução da in segurança no emprego e o aument o do su po rte socia l provemente da gerência, da supervisão e dos colegas de trabalho. 

Prevalência de hipertensão no Brasil : uma estimativa baseada no plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus

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