Brauner, Janete Salles

Rech, Tatiana Helena

Vieira, Silvia Regina Rios

Portuguese

Lume 5.8

733 Valor da Enolase Específica do Neurônio como marcador prognóstico precoce em pacientes pós~parada cardiorrespiratória intra-hospitalar. TATIANA HELENA RECH, SILVIA R EC) INA RIOS VIEIRA, JANETE SALLES BRAUNER. HOSPITAL DE ClÍN ICA DE PORTO ALEGRE PORTO ALEGRE RS BRASIL e COMPLEXO HOSPITALAR SANTA CASA PORTO ALEGRE RS BRASIL. Uma parada card íaca é um estado de grave hipoperfusão cerebra l. Pacientes ressuscitados de paradas cardiorrespiratórias (PCR) estão sob grande risco de vir a morrer. A definição precoce do prognóstico desses pacientes tem implicações éticas e econômicas. Objetivos: Investigar o va lor prognóstico da Enolase Específica do Neurõnio (NSE) em predizer desfecho em pacientes sobreviventes pós-parada cardíaca . Métodos: Foram estudados prospectivamente 45 pacientes rean imados pós-PCR intra-hospitalar, de junho de 2003 a janeiro de 2005. Amostras de sangue foram coletadas entre 12 e 36 horas após o evento, para dosagens de NSE. O desfecho foi avaliado uti lizando-se da Glasgow Outcome Scale (GOS) seis meses após a PCR. O teste U de Mann-Whitney foi usado para comparar pacientes com desfechos desfavoráveis-Grupo 1 (GOS 1, 2) com pacientes com desfechos favoráveis-Grupo 2 (GOS 3,4,5). Resultados: Idade e sexo não apresentaram diferenças entre os grupos. Causas cardíacas foram responsáveis por 37,2% das reanimações. Todas paradas cardíacas não assistidas ocorreram no Grupo 1. Assistolia foi o ritmo inicial mais comum de parada , sendo mais freqüente no Grupo 1 (p=0,046) . A média do escore na Escala de Coma de Glasgowfoi 6,1 ±3 no Grupo 1 e 12,1 ±3 no Grupo 2 (p< 0,001). O tempo médio de coleta de NSE foi 20,2±8,3 no Grupo 1 e 28,4±8,7 no Grupo 2 (p=0,013). Dois pacientes foram excluídos por hemólise da amostra. Em seis meses, desfechos bons foram atingidos por nove pacientes (19,6%), trinta (69,8%) morreram e quatro (9,3%) evoluíram para estado vegetativo persistente. Os 34 pacientes (81,4%) com desfechos desfavoráveis (GOS 1, 2) tiveram níveis de NSE sign ificativamente mais elevados que aqueles com desfechos favoráveis (mediana NSE 44,24 nglml intervalo 8,1-370 vs 25,26 nglml intervalo 9,28-55,41; p=0,034). Conclusão: O desfecho pós-PCR é principalmente determinado pelo grau de lesão cerebral anóxica e níveis séricos precoces de NSE são bons parâmetros adjuntos na avaliação do desfecho desses pacientes. 735 Alterações cardiorrespiratórias em pacientes em demame da ventilação mecâni-ca: avaliação por ecocardiograma. SILVIA REGINA RIOS VIEI RA, ALEXANDRE ANTÔNIO NAUJORKS, DEI SE MOTA PACHECO, LU CI ELE MEDIANEIRA OLIVEIRA SCHI FELBAIN. Hospital de Clinicas Porto Alegre RS BRAS I L e Hospita l de Caridade Astrogildo de Azevedo Santa Mari a RS BRASIL. Alterações fisiológicas associadas com a transição da ventilação mecânica (VM) para venti lação espontânea podem ocasionar sobrecarga ao sistema card iorres-piratório, desencadear insuficiência cardíaca e resu ltar em falha do desmame. Objetivo: analisar alterações da função cardíaca por ecocard iograma e alterações card iorrespiratórias em pacientes críticos durante o desmame da VM. Material e métodos: pacientes maiores de 18 anos, em VM por período maior de 48 horas e prontos para o desmame foram ava liados em pressão suporte (PSV) e peça T.ldade, sexo, APACH E na internação, diagnóstico, presença de cardiopatia, dias de VM, tempo de permanência em UTI e no hospital e parâmetros iniciais da VM foram analisados. Os pacientes foram avaliados no minuto 1 e 30 de cada método, e os parâmetros de mecânica respiratória , ECG, ecocardiograma e gasometria arterial no minuto 30. Com relação ao ecocardiograma, as medições foram efetuadas no final da expiração e o paciente posicionado de maneira a obter a melhor janela ecocardiográfica, e ava liadas as dimensões das cavidades, presença de hipertrofia ventricular esquerda, função sistólica, aceleração da onda E do fluxo transvalvu lar mitral (FTVMI); desaceleração da onda E do FTVMI ; duração da onda A do FTVMI; tempo de relaxamento isovolumétrico (TRIV); relação EJA e índice de performance miocárdica (IPM). Resultados: dezesseis pacientes. (idade média 53 :!: 20 anos e APACHE 17:!: 6) foram avaliados até agora. As doenças neurológicas foram mais frequentes. O tempo de VM foi 25 :!: 25 dias. Doze pacientes foram desmamados e 4 falharam na tentativa in icial. As comparações dos resultados em PSV e peça T, foram Simi lares. A diferença nos pacientes que fa lharam foi a Pa02 menor e o índice de respira.ção superficial maior no modo Tayre. Conclusão: os resultados preliminares neste grupo de pacientes em desmame da VM, não foi possível identificar alterações cardíacas detectadas por ecocard io-grama nos modos PSV e peça T. Resumos Temas Livres 734 Arritmias cardíacas em pacientes submetidos ao desmame ventilatório utilizando pressão suporte e tubo t. ADRIANA M GÜNTZEL, RUY SILVEIRA MORAES F, ELTON L FERLIN, SILVIA R R VIEI RA. UFRGS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre Porto Alegre RS BRASIL. Introdução: O desmame da ventilação mecânica (VM) pode estar associado com arritmias cardíacas. Poucos estudos comparam a ocorrência dessas arritmias durante o desmame utilizando pressão suporte (PS) e tubo T (TI) em pacientes com e sem doença cardíaca . Objetivos: Avaliar a ocorrência de arritmias nesse grupo de pacientes durante PS e TT. Material e Métodos: Pacientes que não apresentam doença cardíaca (grupo ll,e com doença cardíaca (grupo 2), sob ventilação mecânica por mais de 48 horas, submetidos ao protocolo de desmame, foram observados durante 30 minutos em PS e TI, em ordem randomizada. As variáveis analisadas foram: idade, APACHE, tempo de permanência no CTI , va riáveis cardiorrespi ratórias incluindo freqüência respiratória, índice de Tobin (fNT), pressão inspiratória máxima (Pimáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx). O eletrocardiograma contínuo foi obtido através do Holter. Para aná lise estatística foi utilizado ANOVA para medidas repetidas. Resultados: Foram estudados 22 indivíduos, sendo 13 pacientes no grupo 1 e 9 pacientes no grupo 2. As comparações entre os dois grupos mostraram que: não houve diferenças no APACHE (23:!: 4; 23 :!: 8, NS); fNT foi maior nos pacientes cardíacos durante TI (PSV: 48:!: 25 versus 41 .:!: 18; TI: 42 :!: 18 versus 57 :!: 20, ANOVA:p < 0,05); assim como a freqüência respiratória (PSV: 21 :!: 6 versus 20:!: 5; TI: 22 :!: 6 versus 25:!: 6,ANOVA: p < 0,05). A ocorrência de arritmia ventricular (expressos em mediana e intervalos interquartis), respectivamente em PS e TI foram no grupo 1: 1 (0 -13) versus 1 (0 - 5;5) e no grupo 2: 3 (0,5-87) versus 21 (4- 61), ANOVA: p < 0,05. Conclusão: Durante o desmame da VM os pacientes cardíacos apresentaram maior freqüência respiratória e maior fNT durante TI quando comparados com PS, bem como uma maior ocorrência de arritmias ventricu lares em ambos os métodos quando comparados com os pacientes não cardíacos. 736 Inflamação continuada? Determinação do produto proteico de oxidação avan-çada AOPP e Proteína C-Reativa de alta sensibilidade nos pacientes com doença reumática valvular crônica. CH IU Y Y BRAGA, HAYASHI , S Y, SCHAFRANSKI, M D, MESSIAS-REASON, I J, RUBINI, PC, MAGALHAES, TA, COSTANTINI , C O, COSTANTINI, COSTANTINO R F. Universidade federal do Paraná Curiti ba Pr BRASIL e Hospital ca rdi ológico C Costantini Curitiba Pr BRASIL. O Produto Proteico de Oxidação Avançada (AOPP) e a Proteína C .Reativa de alta sensibilidade (hs-PCR) têm sido previamente descritos como marcadores relevantes de estresse oxidativo e inflamação sistêmica, respectivamente. No presente estudo foram determinadas as concentrações plasmáticas de AOPP e hs-PCR em pacientes com Doença Reumática Valvar Crônica (DRVC), com o objetivo de avaliar a presença do estresse oxidativo e de inflamação sistêmica nesses pacientes. Um total de 90 pacientes com DRVC (70 homens e 20 mulheres, com média de idade 46.01 :!: 1 L 72 anos) e 46 controles saudáveis (27 mulheres, 19 homens, com média de idade 41.89 :!: 9.02 anos) foram estudados. Pacientes com infecção aguda, febre reumática aguda, trauma, neoplasias e outras doenças inflamatórias foram excluídos do estudo.. Ecocardiograma transtorácico foi realizado em todos os pacientes para confirmar e avaliar o grau de lesão valvar-. A quantificação de AOPP foi determinada por densidade ótica (OD) a 340 nm sob cond ições áci.das e de hs-PCR através de imunonefelometria. Os resultados mostraram concentração significativamente aumentada de AOPP e hs-PCR nos pacientes quando compara-dos com os controles (AOPP pacientes 212.62 :!: 34.14pmoVI e controles 126.97 :!: 27.7 4 pmoVI, p< 0.00006 e hs-PCR pacientes 5.40 :!: 1.98 mg/1 e controles 2.66 :!: 1.36 mg/1 p<0.05) . Entre os pacientes que foram submetidos à cirurgia cardíaca, os valores de AOPP foram maiores do que nos não operados (AOPP 233.17:!: 37.26 pmol/ vs 156.11:!: 34.63pmoVp< 0.01), e quando divididos pelo tempo após cirurgia (0-5 anos, >5-10 e> 10 anos), observou-se diferença significante para o grupo de até 5 anos após cirurgia (p< 0.05) . .Já os va lores de hs-PCR não tiveram variação significativa em nenhum dos grupos (p=0.2). Não houve correlação entre os va lores de AOPP e hs-PCR com relação ao sexo, idade e graus de lesãb va lvar dos pacientes' com DRVC. OS va lores de I AOPP e hs-PCR não se correlacionaram entre si (r=0.13 p= ns). Os resultados obtidos no presente estudo sugerem o envolvimento do estresse oxidativ~ e inflamação sistêmica na patogênese da DRVC. Arquivos Brasileiros de Cardiologia- Volume 87, Suplemento I, Outubro 2006 187 

Valor da enolase específica do neurônio como marcador prognóstico precoce em pacientes pós-parada cardiorrespiratória intra-hospitalar

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