Auler, Andrea

Cureau, Felipe Vogt

Gossenheimer, Agnes Nogueira

Maraschin, Clara Krummenauer

Medeiros, Brenda Massochin

Passaglia, Luiz Guilherme

Polanczyk, Carisi Anne

Schaan, Beatriz D'Agord

Portuguese

Lume 5.8

41a SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Clin Biomed Res 2021; 41 (Supl.) 251 utilizando 0,25 mcg/dia, 36% estavam utilizando 0,50 mcg/dia, 14% estavam utilizando 0,75 mcg/dia e 2% estavam utilizando 1,00 mcg/dia de calcitriol. Carbonato de cálcio era utilizado por 95,9% dos pacientes, com uma dose mediana de 2.000 mg/dia (P25-75 1.500-3.000). Os valores médios de cálcio sérico corrigido para albumina e de fósforo sérico no seguimento foram de 8,0 ± 0,6 mg/dL e 4,7 ± 0,8 mg/dL, respectivamente. Hidroclorotiazida era utilizada por 35% dos pacientes, dos quais 88% utilizavam 25 mg/dia. Na última consulta de seguimento, 71% dos pacientes estavam assintomáticos.CONCLUSÕESApesar da necessidade de uso de diversos medicamentos de forma continuada, a maioria dos pacientes com HPP ficam assintomáticos com o tratamento e com níveis adequados de cálcio e fósforo.1437 CONTAGEM DE CARBOIDRATOS COMO ESTRATÉGIA DE OTIMIZAÇÃO DO CONTROLE GLICÊMICO NO DIABETES MELITO TIPO 1 EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO NO SUL DO BRASIL CATEGORIA DO TRABALHO: PESQUISA Natalia Bocaccio Mainardi, Eduardo Priesnitz Friedrich, Yan Borges Etchebest, Vinícius Hammel Lovison, Mileni V Beretta, Victoria Bottini Milan, Raquel Freiberg, Analaura Centenaro, Ticiana da Costa Rodrigues HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Introdução: Pacientes com diabetes melito tipo 1 (DM1) estão expostos ao risco de desenvolvimento de complicações, incidência que pode ser reduzida através do adequado controle glicêmico. Existem evidências de que a contagem de carboidratos (CC) otimiza esse controle, porém nem todas apontam resultados semelhantes, e poucos dados brasileiros foram localizados. Objetivo: Verificar o impacto da CC no controle glicêmico de indivíduos com DM1 em um hospital terciário no Sul do Brasil. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva que incluiu 229 pacientes com DM1 que realizaram acompanhamento nutricional no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 2014 e 2018. Os pacientes foram divididos em dois grupos, um que realizou acompanhamento nutricional convencional e utilizou doses fixas de insulina (n=180), e outro que realizou CC entre 2014 - 2018 (n=49). Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, laboratoriais, antropométricos e de atividade física. O impacto da CC no controle glicêmico foi aferido pela média dos valores de hemoglobina glicada (HbA1c) das consultas nutricionais realizadas entre 2014 - 2018. A análise foi realizada pelos Modelos Lineares Mistos Generalizados para Medidas Repetidas, com ajuste para o tempo de acompanhamento nutricional que os indivíduos já possuíam no momento basal e para o tempo decorrido entre cada consulta nutricional do período e a consulta basal, com apresentação das variáveis como média ± erro padrão e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Em adição ao efeito da variável grupo no desfecho, o efeito da sua interação com o tempo também foi avaliado. Resultados: O seguimento foi de 105 (intervalo interquartil 43-198) semanas. No modelo ajustado para o maior nº de confundidores, com exceção da variável gestação, a média de HbA1c foi melhor em quem realizou CC [8,66 ± 0,4% (IC95% 7,9-9,5) vs. 9,36 ± 0,39% (IC95% 8,62-10,16); p = 0,016], sendo essa diferença constante durante o tempo. Ao realizar-se ajuste adicional para gestação - incluindo-se assim apenas mulheres adultas e adolescentes - embora tenha sido mantida menor média de HbA1c no grupo CC [8,26 ± 0,58% (IC95% 7,19-9,49) vs. 8,82 ± 0,55% (IC95% 7,8 a 9,98)], não foi mantida a significância estatística (p= 0,107). Conclusão: A CC teve impacto positivo no controle glicêmico de indivíduos com DM1 quando comparada ao uso de doses fixas de insulina, mostrando-se assim importante ferramenta na otimização do cuidado desses pacientes. 1464 CARGA DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES ATRIBUÍVEL AO DIABETES MELITO NO BRASIL: GLOBAL BURDEN OF DISEASE 2019 CATEGORIA DO TRABALHO: PESQUISA Andrea Auler, Clara Krummenauer Maraschin, Brenda Massochin Medeiros, Luiz Guilherme Passaglia, Carisi Anne Polanczyk, Agnes Nogueira Gossenheimer, Felipe Vogt Cureau, Beatriz Dagord Schaan UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE 41a SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Clin Biomed Res 2021; 41 (Supl.) 252 Introdução: O diabetes melito (DM) afeta mais de 16,8 milhões de adultos brasileiros e aumenta o risco de doenças cardiovasculares (DCV) nessa população, de forma que dados atualizados sobre a carga de DCV atribuível ao DM no Brasil são necessários. Objetivo: Estimar a carga de DCV atribuível ao DM no Brasil entre 1990 e 2019.Métodos: Este estudo usou estimativas do Global Burden of Disease, uma iniciativa que oferece dados de mais de 195 países de 1990 até o presente. Estimou-se os anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (DALYs), anos de vida perdidos por morte prematura (YLL) e os anos vividos com incapacidade (YLD) estratificados por sexo, faixa etária, unidade federativa e índice sociodemográfico (SDI), composto por renda per capita, nível de escolaridade e taxa de fecundidade total. Os desfechos são apresentados como números absolutos, taxa de DALYs, taxa de redução de DALYs atribuíveis e os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%) estimados para essa população. Resultados: O número absoluto de DALYs para DCV atribuíveis ao DM no Brasil aumentou cerca de 46,5% entre 1990 e 2019, atingindo um total de 1.571.116 (IC 95% 1.140.912 a 2.203.187) em 2019. Por outro lado, a taxa de DALYs padronizada por idade e por 100.000 habitantes reduziu em -47,4% (IC 95% -52,2 a -41,9) no mesmo período. A redução dos YLL de -33,4% (IC 95% -42,5 a -15) combinada com aumento dos YLD de 17,6% (IC 95% 0,4 a 50,5) justificam a alteração na taxa de DALYs. A redução da taxa de DALYs atribuíveis ao DM foi inferior nas regiões com menor SDI, como o Norte e o Nordeste. Em relação ao sexo, a redução de DALYs para mulheres de todas as idades foi de -52% (IC 95% -58,5 a -44,5), enquanto para homens de todas as idades foi de -43,1% (IC 95% -49,4 a -35,1). Quanto à faixa etária, a redução de DALYs foi de -36,5% (IC 95% -46 a -24,5) de 15 a 49 anos, -45,5% (IC 95% -53,4 a -35,2) de 50 a 69 anos e -46,2% (IC 95% -52,5 a -39,1) nos indivíduos com mais de 70 anos. Conclusão: O aumento observado nos DALYs atribuídos ao DM pode estar relacionado ao envelhecimento da população e ao aumento da prevalência de DM. No entanto, a taxa de DALYs padronizada por idade e por 100.000 habitantes diminuiu, o que mostra que o diagnóstico precoce e o tratamento do DM podem estar controlando as complicações cardiovasculares da doença. As disparidades entre as regiões do Brasil e entre os sexos refletem as desigualdades socioeconômicas do país.    1489 PERFIL DE NÓDULOS E CÂNCER DE TIREOIDE EM POPULAÇÃO PEDIÁTRICA AVALIADA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ENTRE 2012 E 2020 CATEGORIA DO TRABALHO: PESQUISA Lia Grub Becker, Leonardo Barbi Walter, André Borsatto Zanella, Ana Luiza Maia HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE  Introdução: Nódulos tireoidianos são infrequentes na população pediátrica, porém quando comparados com adultos, apresentam risco bastante elevado de malignidade. Por esse motivo, é importante a avaliação precoce e acompanhamento da população com predisposição - mutações genéticas e histórico familiar. Objetivo: Avaliar o perfil dos nódulos de tireoide em população pediátrica encaminhada para o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) entre os anos de 2012 e 2020. Métodos: Foram incluídos todos os pacientes pediátricos (1-18 anos) avaliados no Centro de Pronto Diagnóstico Ambulatorial (CPDA) do HCPA, que semanalmente dedica um turno para avaliação ecográfica e punção aspirativa por agulha fina (PAAF) de nódulos de tireoide. Os dados foram obtidos por meio de revisão de prontuários médicos. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética do HCPA. Resultados: Realizadas 151 avaliações em 88 pacientes. A idade média à primeira consulta foi de 13,29 anos (± 3,9), e 68,2% eram do sexo feminino. Estavam em acompanhamento por mutação do proto-oncogene RET 14,77% dos casos, apresentavam histórico familiar de câncer de tireoide 17,04%, e 19,32% tinham histórico pessoal de neoplasia (52,94% eram carcinomas de tireoide - 6 papilíferos, 1 folicular e 2 medulares). Houve 28 pacientes em uso de fármacos para distúrbios tireoidianos - 20 recebendo levotiroxina e 8, tapazol. Foram identificados 82 nódulos - 51 pacientes com nódulo único, 8 com 2 nódulos e 23 multinodulares. Foram indicadas 32 PAAF de nódulos tireoidianos. Os resultados citológicos foram 12,5% Bethesda I (insatisfatório), 50% Bethesda II (benigno), 18,75% Bethesda III (atipia ou lesão indeterminada), 3,125% Bethesda IV (neoplasia folicular ou suspeito para neoplasia folicular), 3,125% Bethesda V (suspeito de malignidade) e 12,5% Bethesda VI (maligno). Foram encaminhados para tireoidectomia total ou parcial 17 casos - 47,06% com anatomopatológico de categoria maligna, 35,3% de categoria benigna e 17,64% com metástase. Discussão: Apesar de uma prevalência mais elevada de câncer de tireoide no HCPA em comparação à literatura, em especial porque o CPDA é um centro de referência com testagem 

Carga de doenças cardiovasculares atribuível ao diabetes melito no Brasil : global burden of disease 2019

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