Heberle, Marina Bairros

Lorenzi, William

Miranda, Raquel Christine Krüger

Mondadori, Diego Corsetti

Pellegrini, José Augusto Santos

Schwarz, Patrícia

Teixeira, Ariane

Portuguese

Lume 5.8

41a SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Clin Biomed Res 2021; 41 (Supl.) 177 INTRODUÇÃO: O advento da pandemia de COVID-19 trouxe novos desafios para os sistemas de saúde. No HCPA (Hospital de Clínicas de Porto Alegre) não foi diferente. Neste artigo falaremos especificamente sobre as vivências de três dos assistentes administrativos volantes do Serviço Administrativo de Atenção Materno-Infantil (SAAMI). O SAAMI engloba os setores da Pediatria - 10º Norte e 10º Sul, UTI Pediátrica, UTI e UCI Neonatais, Internação e Centro Obstétrico (CO).DESCRIÇÃO: Para redução da exposição dos profissionais do serviço foram implementadas medidas de segurança, tais como: as UTIs e o CO receberam placas acrílicas nas bancadas para proteção contra gotículas e contato, implementação do uso de EPIs - máscara cirúrgica e escudo facial e a equipe se organizou em rodízios - grupos A e B, atuando presencialmente dia sim, dia não. Já na redução da exposição de outros colaboradores do hospital, foi otimizada a comunicação com a equipe médica. Considerando que o HCPA é referência em tratamento do COVID-19, os aceites de pacientes com necessidade de leito terciário (nível UTI) são realizados pela equipe médica via sistema específico. Para garantir a não exposição de outros profissionais durante o transporte interno destes pacientes até o leito, foi estabelecido um fluxo com corredores e elevadores dedicados para COVID-19. Este fluxo foi imprescindível para diminuição de erros de direcionamento e exposições desnecessárias. As visitas foram suspensas e o acompanhamento aos pacientes também mudou, alterando rotinas diárias. O PCCO (Plano de Contingência Institucional e de Atendimento de Pacientes com Suspeita ou Infecção pelo Coronavírus (2019 n-CoV)) que o HCPA implantou, seguindo critérios de criticidade da pandemia, trouxe novas orientações aos pacientes e familiares atualizadas a cada momento da pandemia. Este plano varia de acordo com a situação dos leitos, força de trabalho disponível e a demanda esperada. Isso exigiu da equipe uma atenção extra às novas orientações institucionais divulgadas.APRENDIZADOS: Um dos aspectos de maior relevância no gerenciamento da pandemia foi lidar com o medo da contaminação e o estresse psíquico. Estes sintomas afetam todos os profissionais da saúde, gerando desafios à gestão do trabalho e das pessoas. No HCPA tivemos acolhimento da chefia, sendo oferecida uma roda de conversa com duas psicólogas. Nestes encontros quinzenais pudemos expor nossos medos e ter um local de escuta específico sobre nossas demandas psicológicas.   2680 LONGA DURAÇÃO DE UM OXIGENADOR DE MEMBRANA DURANTE SUPORTE COM ECMO VENO-VENOSO (VV) PARA PNEUMONIA POR COVID-19 CATEGORIA DO TRABALHO: RELATO DE CASO ÚNICO Raquel Christine Kruger Miranda, Marina Bairros Heberle, Ariane Teixeira, Diego Corsetti Mondadori, William Lorenzi, Patricia Schwarz, José Augusto Santos Pellegrini HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE  Introdução: O quadro clínico da COVID-19 pode resultar em hipoxemia grave não responsiva aos tratamentos convencionais. Nestes casos, a Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO) é considerada uma aliada na recuperação dos pacientes . Ademais, eventos tromboembólicos estão altamente relacionados a COVID-19, comprometendo a eficácia da ECMO e ou limitando a duração do material utilizado. Descrição do caso: Paciente masculino, 52 anos, obeso (IMC 35), hipertenso, com pneumonia por COVID-19. Após 3 dias de internação, apresentou insuficiência respiratória sendo submetido à ventilação mecânica invasiva (VMI). Evoluiu com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARA) e hipoxemia sem resposta ao bloqueio neuromuscular, ventilação protetora e posição prona. No sexto dia de VMI, com relação PaO2/FiO2 de 64, pH de 7,39 e pCO2 de 41 mmHg, foi instalada a ECMO em configuração fêmoro-jugular percutânea. Paciente ventilado em Pressão Controlada (PCV), com baixas pressões e baixa fração inspirada de oxigênio (FiO2), caracterizando parâmetros “ultraprotetores”. O fluxo sanguíneo da ECMO foi ajustado para 60 ml/kg/min e, posteriormente, de acordo com a PaO2 do paciente, mantendo pelo menos 50 mmHg e SaO2 acima de 85%. O sweep gas da ECMO foi ajustado para manter níveis de PaCO2 que permitiram manutenção da ventilação ultraprotetora. Iniciou-se heparina a 15 UI/Kg/h sendo ajustada para alvo de tempo de coagulação ativado (TCA) de 180 a 220 segundos e de acordo com o anti-Xa, visando 0,3 a 0,7 UI/mL. Apresentou quadros de infecções em corrente sanguínea e pneumonia associada à ventilação mecânica, pneumotórax, complicações hemorrágicas (gastrointestinal e em sítio de inserção das cânulas da ECMO), além de insuficiência renal aguda e fraqueza muscular adquirida em unidade de terapia intensiva (UTI). A membrana oxigenadora (Getinge Maquet PLS®) manteve boa performance de fornecimento de oxigênio e remoção de gás carbônico, sendo necessária sua substituição apenas no octogésimo sexto dia de uso. Conclusão: Com a 41a SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Clin Biomed Res 2021; 41 (Supl.) 178 intensiva monitorização dos parâmetros da ECMO e otimização da anticoagulação, foi possível utilizar o circuito da ECMO por um prolongado período de tempo: 86 dias. Até o presente momento, esta é a corrida mais longa relatada para o mesmo oxigenador em pacientes com COVID-19. Esta informação pode ser valiosa ao considerar o uso de recursos caros como a instalação de ECMO durante um momento de pandemia.   2681 INVESTIGAÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL E CARACTERÍSTICAS PLACENTÁRIAS DE GESTANTES INFECTADAS COM SARS-COV-2 EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO NO SUL DO BRASIL CATEGORIA DO TRABALHO: PESQUISA Mirian Basílio Carvalho, Rafael Oliveira Fernandes, Zíngara Dos Santos Alves, Guilherme Almeida Debortoli, Lisiane Hoff Calegari, Fernanda de Paris, Afonso Luis Barth, Ursula Matte, Raquel Camara Rivero, Renato Soibelmann Procianoy, Rita de Cássia Dos Santos Silveira UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE  Introdução: Os dados da literatura ainda são escassos sobre a transmissão vertical e as alterações placentárias que podem ocorrer em gestantes infectadas pelo SARS-CoV-2. Objetivo: Este estudo tem como objetivo investigar a transmissão vertical e as características histológicas placentárias de gestantes com teste positivo para SARS-CoV-2. Métodos: Este é um estudo transversal seguido coorte prospectiva descritiva, aprovado pelo CEP/HCPA (20200175). Incluídas duplas mães-neonatos com suspeita/confirmação de COVID-19 internadas no Centro Obstétrico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre junho a dezembro de 2020, sendo analisados dados apenas de gestantes SARS-CoV-2 positivas por RT-PCR. Foram analisados sangue do cordão umbilical (plasma) e swab orofaríngeo do RN (primeiras 24h) submetidos RT-PCR (genes nucleocapsídeo N1, N2) e as placentas submetidas a exame anatomopatológico. Análise descritiva dos dados. Resultados: Dezesseis mulheres grávidas com SARS-CoV-2 positivas (idade média de 32 anos, 12 brancas), 8 eram sintomáticas e 8 eram assintomáticas para COVID-19. Sete tinham pelo menos uma comorbidade crônica (hipertensão crônica, obesidade, asma, diabetes gestacional). Seis internadas em UTI por síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) apresentaram pelo menos uma comorbidade, embora todas tenham superado a COVID-19. Características de má perfusão vascular materna na placenta foram observadas em todos os casos. Alteração decídua da microvasculatura (trombose suboclusiva, necrose fibrinóide, infiltrado linfocítico perivascular e dano endotelial das arteríolas espiraladas), que foi associada à fisiopatologia de COVID-19, foi observada em 8 placentas (53%). Características de malformação vascular fetal foram observadas em 2 casos. Corioamnionite foi observada em 5 placentas. Todos os dezoito neonatos foram não reagentes para SARS-CoV-2 pela RT-PCR. Nenhum dos neonatos apresentou quadro clínico sugestivo de COVID-19. Conclusão: Em conclusão, nosso estudo demonstrou que a infecção por SARS-CoV-2 em mulheres grávidas está associada a características de alteração histológica principalmente no lado materno da placenta, sem impactar o lado fetal da placenta, o que está em consonância com o fato de que nessa amostra não foi evidenciada transmissão vertical.   2726 COVID-19 E POPULAÇÃO NEGRA: REFLEXOS DO RACISMO À BRASILEIRA CATEGORIA DO TRABALHO: PESQUISA Carina Francisco de Oliveira CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI  A chegada do novo coronavírus impactou a população mundial de diferentes formas, entretanto fatores já existentes na sociedade apresentaram-se ascendentes neste momento. Atentando para aspectos já existentes, mas, refutados, o presente estudo objetiva evidenciar, no contexto das desigualdades existentes no território brasileiro, os reflexos da COVID-19 na população negra, relatando os impactos causados na vida deste grupo populacional diante ausência de estratégias governamentais para atenuar os efeitos desta doença tão letal que se instalou por todos os cantos do mundo.A pesquisa baseia-se artigos relacionados à COVID-19, publicados nos anos 2019 a 2021, estudos demográficos brasileiros e livros de temática racismo.Os critérios de autoclassificação raça, cor foram inclusosno Censo brasileiro no ano de 1991. Para a 

Longa duração de um oxigenador de membrana durante suporte com ECMO veno-venoso (VV) para pneumonia por covid-19

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Longa duração de um oxigenador de membrana durante suporte com ECMO veno-venoso (VV) para pneumonia por covid-19

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