Menna Barreto, Sérgio Saldanha

Moreira, Maria Angela Fontoura

Prates, Brigitta Hund

Sanches, Paulo Roberto Stefani

Portuguese

Lume 5.8

S 351XXXIII Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia 2006J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 5):S 217-S 392PO555 ANÁLISE DO USO DE DESCRITORES DE DISPNÉIA NACIONAIS EMPACIENTES COM DOENÇAS CARDIORRESPIRATÓRIAS E OBESIDADETeixeira CA1, Straccia L2, Rodrigues Junior AL3, Terra Filho J4, Baddini Martinez JA51. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, Ribeirão Preto,SP, Brasil; 2,3,4,5. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP,Ribeirão Preto, SP, Brasil.Palavras-chave: Descritores nacionais de dispnéia; Doenças cardiorrespiratórias; ObesidadeIntrodução: A literatura em língua inglesa refere utilidade clínica no uso de termos qua-litativos de dispnéia. Objetivos: Investigar a aplicabilidade de descritores de dispnéialocalmente desenvolvidos em pacientes com doenças cardiorrespiratórias e obesidade.Métodos: Foram estudados 50 pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC),50 com Asma, 30 com Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e 50 com Obesidade, semcomorbidades. Foram realizados testes de função pulmonar e aplicação de questionáriocom 15 descritores, previamente desenvolvidos pelo nosso grupo. Os pacientes escolhe-ram as frases que melhor descreviam a sua sensação e selecionaram as 3 melhores opções.Os termos descritores escolhidos foram analisados e agrupados, empregando-se análisemultivariada de agrupamento. Resultados: Foram definidos 7 clusters: “sufoco”, “aper-to”, “taquipnéia”, “fadiga”, “abafado”, “trabalho/inspiração” e falta de ar. Todos os gru-pos selecionaram entre as suas 3 primeiras opções questões de mais de um cluster. Algunsclusters foram compartilhados por mais de um grupo de pacientes. Uma forte relação comos clusters “sufoco” e “trabalho/inspiração” foi observada em asma, DPOC e ICC. Obesi-dade relacionou-se melhor com “falta de ar”. Conclusão: O número de clusters fortemen-te relacionados com as diferentes condições foi maior empregando-se descritores nacio-nais. Entretanto, o seu emprego também não contribuiu significativamente para diagnós-tico diferencial entre as condições.PO556 A APLICAÇÃO DO VEF6 NO DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS OBSTRU-TIVASMoreira MF, Lazzarotto GB, Menna Barreto SSHospital de Clínicas, Porto Alegre, RS, Brasil.Palavras-chave: Espirometria; Obstrução; VEF6Introdução: O diagnóstico funcional da doença obstrutiva é baseado essencialmente nosvalores do VEF1 (Volume Expiratório Forçado no 1º segundo) e na relação VEF1/CVF (Capa-cidade Vital Forçada) obtidos de curvas fluxo-volume e volume-tempo. Alguns estudos temproposto a utilização do VEF6 (Volume Expiratório Forçado no 6º segundo) em substituiçãoà CVF no cálculo da relação. Objetivos: Avaliar o papel da relação VEF1/VEF6 no diagnós-tico da doença obstrutiva, comparando-a com o método baseado na relação VEF1/CVF.Métodos: Analisamos curvas fluxo-volume e volume-tempo realizadas em pacientes adul-tos na Unidade de Fisiologia Pulmonar do HCPA. As espirometrias foram obtidas utilizandoequipamentos Jaeger, seguindo as Diretrizes Brasileiras para Teste de Função Pulmonar de2002, classificando-se os pacientes como normais (N) ou obstrutivos (DVO) leves, modera-dos ou graves. As relações VEF1/CVF, VEF1/VEF6, (CVF-VEF6)/CVF e (VEF6-VEF1)/VEF6foram calculadas em cada espirometria. Avaliamos também a sensibilidade (S) e especifici-dade (E) de cada uma na detecção da obstrução. Resultados: O grupo ficou constituído de114 pacientes (19 normais e 95 obstrutivos), sendo 62 mulheres e 52 homens. A média deidade foi 59 ± 12 anos. O valor médio da VEF1/CVF foi 0,70 ± 0,04 no N, 0,62 ± 017 noDVOL, 0,58 ± 0,06 no DVOM e 0,42 ± 0,09 no DVOG. O valor médio da VEF1/VEF6 foi 0,74± 0,08 no N, 0,65 ± 0,16 no DVOL, 0,61 ± 0,07 no DVOM e 0,47 ± 0,07 no DVOG. Ocoeficiente de correlação (r) entre as duas relações foi 0,93. Utilizando para a relação VEF1/CVF < que 0,77 como critério de obstrução, encontramos 99% de S e 100% de E. O mesmograu de S e E foram obtidos com o valor 0,78 para a relação VEF1/VEF6. A análise dosubgrupo DVOG mostrou uma S = 97% e uma E = 85% para detectar os graves se forutilizada o valor < 0,55 na relação VEF1/CVF e < 0,59 utilizando-se a relação VEF1/VEF6.A resultante do cálculo (CVF-VEF6)/CVF em cada grupo foi 0,001 no N, 0,002 no DVOL,0,03 no DVOM e 0,11 no DVOG, observando-se uma diferença significativa entre o grupo Ge os demais (p < 0,05). Considerando 0,10 como ponto de corte, obteremos S = 47% e E =93%, na detecção da obstrução grave. A resultante do cálculo (VEF6-VEF1)/VEF6 em cadagrupo foi 0,13 no N, 0,27 no DVOL, 0,39 no DVOM e 0,52 no DVOG (p < 0,05 entre todosos grupos). Considerando 0,10 como ponto de corte, obteremos S = 60% e E = 99% nadetecção da obstrução grave. Conclusão: A relação VEF1/CVF e VEF1/VEF6 mostraram-seequivalentes no diagnóstico da doença obstrutiva, sendo sua sensibilidade e especificidadesemelhantes. A análise da relação (CVF-VEF6)/CVF e (VEF6-VEF1)/VEF6 pode auxiliar nodiagnóstico das obstruções graves.PO557 O COMPROMETIMENTO DAS PEQUENAS VIAS AÉREAS NOS PACIEN-TES OBSTRUTIVOSMoreira MF, Manfroi CB, Menna Barreto SSHospital de Clínicas, Porto Alegre, RS, Brasil.Palavras-chave: Obstrução; Espirometria; Vias aéreas periféricasIntrodução: A asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são doenças obstruti-vas que comprometem de uma forma difusa as vias aéreas. O início do processo obstrutivoocorre inicialmente nas vias aéreas periféricas. Objetivos: Avaliar o grau de comprometi-mento das vias aéreas de pequeno calibre em pacientes com doenças obstrutivas, através daanálise do fluxo aéreo a baixos volumes pulmonares. Métodos: Avaliamos as curvas fluxo-volume de pacientes com asma e DPOC classificados de acordo com o grau de distúrbioventilatório obstrutivo: leve (DVOL), moderado (DVOM) e grave (DVOG), seguindo as Dire-trizes Brasileiras para TFP de 2002. Calculamos as médias do VEF1 (Volume ExpiratórioForçado no 1º segundo) e do Vmáx75% (Fluxo Expiratório Forçado após eliminação de 75%da capacidade vital) corrigido para a Capacidade Vital Forçada (CVF) dos pacientes de cadagrupo. Resultados: O grupo ficou constituído de 257 pacientes, com média de idade de 60± 12 anos. Os distúrbios ventilatórios obstrutivos ficaram divididos em: 73 DVOL, 85 DVOMe 99 DVOG. O VEF1 médio em cada grupo foi: 2,16 ± 0,65L, 1,25 ± 0,34L e 0,81 ± 0,23L,respectivamente. O valor médio da relação Vmáx75/CVF em cada grupo foi de 0,13 ± 0,05,0,08 ± 0,05 e 0,05 ± 0,05 respectivamente. A redução do fluxo a baixos volumes pulmona-res foi mais acentuada no grupo DVOG. A diferença entre os grupos foi estatisticamentesignificativa (p < 0,01). Conclusão: O comprometimento do fluxo a baixos volumes pulmo-nares está presente em todos os distúrbios ventilatórios obstrutivos e indica redução nofluxo periférico, agravando-se à medida que a obstrução progride.PO558 COMPARAÇÃO ENTRE OS PARÂMETROS DA ESPIROMETRIA E OSCI-LOMETRIA DE IMPULSO EM INDIVÍDUOS TABAGISTAS E NÃO TABAGISTASMoreira MF, Sanches P, Prates BH, Menna Barreto SSHospital de Clínicas, Porto Alegre, RS, Brasil.Palavras-chave: Oscilometria de impulso; Tabagismo; Função pulmonarIntrodução: A Oscilometria de Impulso (IOS) é uma nova versão da técnica das oscilaçõesforçadas (FOT), segundo os trabalhos de Müller e Voguel em 1981. A FOT avalia a mecânicarespiratória superimpondo pequenos sinais externos à respiração espontânea do indivíduo,sendo realizada sem fechamento da válvula conectada à peça bucal e sem manobras respi-ratórias forçadas. Isso permite a sua aplicação em indivíduos com dificuldade em realizar asmanobras necessárias à espirometria, em crianças e idosos. Objetivos: Este trabalho temcomo objetivo comparar as variáveis da mecânica respiratória medidas pela oscilometria deimpulso, com os valores obtidos na espirometria, em indivíduos tabagistas e não tabagistas.Métodos: O grupo de estudo foi constituído de voluntários adultos (acima de 18 anos)tabagistas assintomáticos e não tabagistas (sem queixas respiratórias ou história de doençapulmonar, com espirometria normal). As curvas fluxo-volume foram realizadas no espirô-metro Master Screen IOS (Erich Jaeger, Germany), sempre pela manhã, seguindo normastécnicas padronizadas. Foram avaliados: o VEF1, o Vmáx50 e o Vmáx75. A oscilometria deimpulso foi realizada com o mesmo equipamento (software versão 4.34). Foram avaliados:R5, R20, X5, X20 e Fres. Resultados: O grupo de estudo ficou constituído de 67 indivíduos(42 não-tabagistas e 25 tabagistas) com média de idade de 46 anos. A análise dos dadosnão mostrou diferença estatisticamente significativa, entre tabagistas e não-tabagistas, nosparâmetros da IOS e da espirometria. As correlações de Pearson entre os parâmetros daespirometria e a IOS foram, na maioria, fracas. As melhores correlações foram entre o VEF1e a Fres (-0,545) e entre o VEF1 e X20 (0,514). Avaliou-se também o ajuste das distribuiçõesa modelos quadráticos, cúbicos ou exponenciais, porém os resultados foram inferiores àcorrelação linear. Conclusão: Não observamos diferenças significativas entre os grupos es-tudados. As associações entre os parâmetros oscilométricos e espirométricos foram fracosou moderados. Os resultados sugerem que os dois métodos podem estar analisando aspec-tos diferentes do aparelho respiratório, necessitando de novos trabalhos para definição.PO559 UTILIZAÇÃO DA VENTILAÇÃO NÃO-INVASIVA NOS HOSPITAIS DODISTRITO FEDERALViegas CAA1, Rodrigues SL2, Carvalho S3, Araújo V4, Silva CAME51. Hospital Universitário de Brasília, Brasília, DF, Brasil; 2,3,4,5. Hospital Universitário deBrasília, Brasília, DF, Brasil.Palavras-chave: Ventilação mecânica não invasiva; Insuficiência respiratória; HospitaisIntrodução: A ventilação mecânica não-invasiva (VNI) tem sido utilizada, com sucesso, naúltima década no tratamento de diversas formas da insuficiência respiratória crônica e agu-da. Contudo, há pouca informação acerca da utilização da VNI nos hospitais públicos (HPu)e hospitais privados (HPr) no Brasil. Objetivos: Descrever o perfil de utilização da VNI noshospitais públicos e privados no Distrito Federal. Métodos: Estudo realizado por meio daaplicação de questionário com 13 itens, distribuído nos 22 hospitais do DF. Os questioná-rios foram analisados por estatística descritiva simples. Resultados: Nos hospitais estuda-dos, foi observado que 50% dos HPu e 70% dos HPr utilizam VNI. Destes apenas 10%utilizam no setor de emergência e pronto-socorro hospitalar e as principais causas da nãoutilização da VNI são a falta de equipamentos específicos (94%) e a pouca experiência daequipe de assistência com o método (38%). A monitoração da VNI é realizada por meio dafreqüência respiratória (100%), saturação periférica da hemoglobina (92%), gasometria ar-terial (84%) e freqüência cardíaca (62%). Conclusão: A utilização da VNI varia entre HPr eHPu, e é pouco utilizada nos setores de pronto-atendimento dos hospitais. Independente daárea hospitalar, os motivos para a pouca aplicação são a indisponibilidade de equipamentose a falta de treinamento da equipe com a VNI.PO560 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA RESISTÊNCIA DAS VIAS ÁREASNOS DIFERENTES GRAUS DE DISTÚRBIOS VENTILATÓRIOS OBSTRUTIVOSPerin C, Silveira MM, Garcia SB, Moreira MF, Menna Barreto SSHospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.Palavras-chave: Resistência; Condutância; Distúrbios obstrutivosIntrodução: A resistência das vias aéreas (Rva) é obtida por pletismografia e não necessita demanobras forçadas. Na avaliação da resistência pode-se medir a resistência absoluta (Rtot) e aresistência específica (SRtot). Ademais, a medida da recíproca da resistência, a condutância,quando relacionada ao volume - condutância específica (Sgaw) oferece informações signifi-cativas sobre a permeabilidade das vias aéreas. Pelo fato de a Rva não ser obtida em espirôme-tros comuns e por ainda não estar completamente inserida dentro da prática clínica, existempoucos estudos avaliando na prática o comportamento da Rva nos distúrbios ventilatóriosobstrutivos e sua relação com os demais parâmetros da espirometria. Objetivos: Estudar ocomportamento da resistência e da condutância específica das vias áreas nos diferentes grausde obstrução ao fluxo aéreo. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo. Foram analisadastodas as provas de função pulmonar de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica(DPOC) obtidas por pletismografia no Laboratório de Função Pulmonar do HCPA durante operíodo de junho a dezembro de 2005. O estadiamento da DPOC foi feito baseado nos crité-

Comparação entre os parâmetros da espirometria e oscilometria de impulso em indivíduos tabagistas e não tabagistas

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