A falta de entusiasmo e materiais adequados para lecionar biologia com metodologias mais lúdicas e práticas é perceptível no ambiente escolar. Por essa razão, cientistas estão analisando práticas educativas que dinamizem e facilitem o processo de ensinoaprendizagem. A análise de livros didáticos de ensino médio constatou que para o ensino de anatomia e histologia vegetal raramente são disponibilizadas atividades práticas. Assim, o conteúdo é transmitido da forma convencional, cobrando memorização de conceitos, colaborando para a falta de entusiasmo dos alunos. Com base nesse contexto, a proposta deste trabalho foi elaborar atividades didáticas para facilitar a compreensão da organização dos tecidos nos diferentes órgãos vegetais e minimizar as dificuldades de interpretação dos cortes histológicos em microscópios ópticos de luz transmitida em campo claro. Para tanto, foi realizada uma análise qualitativa a partir de uma sequência didática. O tema definido para essa pesquisa foi Anatomia Vegetal e as tarefas foram planejadas para a aplicação em uma turma de 1º ano do ensino médio com 16 alunos, de uma escola da rede estadual de ensino público do município de Canoas-RS. A aplicação foi realizada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, no centro de Porto Alegre. As maiores dificuldades nas atividades foram em relação à compreensão dos alunos do que era um cilindro, como realizar os planos de corte transversais e longitudinais e problemas de compreensão a respeito do que era uma célula e um tecido. O questionário de impressões concluiu que a aula prática foi muito eficiente nos seus objetivos propostos e a maioria dos alunos respondeu que não tiveram dificuldade em realizar o solicitado. A construção progressiva de habilidades obtidas ao longo das 3 sequências didáticas se mostrou muito eficiente ao final de sua aplicação
