O Nursing Activities Score (NAS) é um instrumento aplicado em unidades de terapia intensiva (UTI), que descreve a carga de trabalho da equipe de enfermagem conforme o tempo utilizado para as atividades de cuidado. A UTI Neonatal (UTIN) de um hospital do sul do Brasil, local do presente estudo, adotou essa avaliação em 2011. A capacitação para o uso do NAS se fez necessária com a finalidade de haver uma uniformização na atribuição dos pontos no momento de preenchimento do instrumento pelas enfermeiras da determinada unidade. Logo, o estudo aqui apresentado teve o objetivo de comparar os escores do NAS obtidos nos anos de 2015 e 2016 numa UTIN, verificando as médias anuais e mensais de NAS, além de averiguar se houve influência nos escores de NAS nos meses consecutivos à capacitação. Sendo um estudo com abordagem quantitativa e delineamento retrospectivo, comparativo, do tipo antes e depois, realizado na UTIN, trata-se de uma amostra constituída por dados secundários, coletados por meio do NAS preenchido por enfermeiras alocadas na referida unidade, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2016. Desta forma, a estatística descritiva e o teste t-Student (P<0,05) foram utilizados na realização da pesquisa. Os resultados foram obtidos conforme 15.012 medidas de escore do NAS. Os escores anuais médios de NAS na UTIN revelaram valores de 70,5 (2015) e 78,8 (2016), evidenciando que as horas de assistência de enfermagem demandas pelos pacientes passaram de 16,92 horas para 18,91 horas por RN/dia na UTIN. Quando isolado, o período relativo aos meses pós-capacitação apresentou valor médio de NAS de 84,6 que, quando comparado ao correspondente período do ano anterior, revelou valor de 69,3. A conversão desses valores em horas representa 16,63 horas (2015) e 20,3 horas (2016). Destaca-se que todos os meses após a capacitação apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Assim, o estudo permitiu concluir que os escores de NAS, no período pré-capacitação, pareciam estar subestimados, pois tanto da perspectiva de análise da média anual quanto da análise oriunda do comparativo das médias mensais, quando isolado o período pós-capacitação, evidenciou-se modificação nos escores, neste caso, a elevação dos mesmos. Pode-se concluir que o uso do NAS favorece o gerenciamento da equipe de enfermagem de forma a contemplar as distintas demandas requeridas por neonatos em cuidados intensivos. Com isto, salienta-se a influência advinda da atividade de capacitação com as enfermeiras, ratificando a educação permanente como proposta transformadora no cenário de práticas para os profissionais nos serviços de saúde