Análise da capacidade de carga axial de estaca hélice contínua embutida em rocha

Abstract

TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Tecnológico. Engenharia Civil.A determinação da capacidade de carga de elementos de fundação profunda é complexa e exige o ajuste de um bom modelo físico e matemático que expresse uma aproximação adequada da carga de ruptura. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a previsão da capacidade de carga obtida por meio de métodos semi-empíricos e da modelagem numérica, confrontando os resultados com os valores experimentais da prova de carga estática à compressão. A investigação geotécnica na região de instalação das estacas estudadas ocorreu através da realização de dois ensaios CPT e de uma sondagem mista, sendo que a última apresenta um trecho em que não há quaisquer informações acerca das características do solo. Com isso, considerou-se duas hipóteses para a determinação da capacidade de carga. Na hipótese A, o trecho sem recuperação de testemunho foi adotado como sendo igual ao solo da última camada que se tem informação, e na hipótese B, assumiu-se que tal trecho é composto por rocha granítica extremamente fraturada. Foram empregados os métodos propostos por Aoki e Velloso (1975), Décourt e Quaresma (1996), Teixeira (1996) e UFRGS (2005) para estimativa do trecho em solo e os métodos de Poulos e Davis (1980) e Cabral e Antunes (2000) para a previsão do trecho embutido em maciço rochoso. A análise numérica foi realizada por meio do método dos elementos finitos, utilizando o programa computacional Abaqus. Para ambas as hipóteses estudadas, constatou-se que os métodos que mais se aproximaram da carga de ruptura foram os fundamentados nos resultados dos ensaios CPT. Já as combinações dos métodos de “Aoki e Velloso (1975) e Poulos e Davis (1980)” e “UFRGS (2005) e Poulos e Davis (1980)” mostraram-se mais conservadoras. Outro aspecto observado é que as capacidades de carga calculadas considerando a hipótese A resultaram em valores superiores aos obtidos para a hipótese B, devido à utilização de coeficientes que consideram a condição mais desfavorável do maciço rochoso. Com base nas simulações numéricas, verificou-se que a maior concentração de tensões e os deslocamentos verticais mais significativos ocorreram no elemento de fundação. Ainda, a modelagem forneceu resultados superiores ao das cargas máximas experimentais para todos os casos considerados.The determining the load capacity of deep foundation elements is complex and requires the adjustment of a good physical and mathematical model that expresses an adequate approximation of the failure load. The present work aims to evaluate the prediction of the load capacity obtained through semi-empirical methods and numerical modeling, comparing the results with the experimental values of the static load test under compression. The geotechnical investigation in the region of installation of the studied piles took place through the performance of two CPT tests and a mixed sounding, the last one having a section in which there is no information about the characteristics of the soil. With that, two hypotheses were considered for the determination of the load capacity. In hypothesis A, the section without core recovery was assumed as being equal to the soil of the last layer that has information, and in hypothesis B, it was assumed that this section is composed of extremely fractured granitic rock. The methods proposed by Aoki and Velloso (1975), Décourt and Quaresma (1996), Teixeira (1996) and UFRGS (2005) were used to estimate the soil stretch and the methods of Poulos and Davis (1980) and Cabral and Antunes (2000) for the prediction of the stretch embedded in rock mass. Numerical analysis was performed using the finite element method, performed in the Abaqus computer program. For both hypotheses studied, it was found that the methods that came closest to the breaking load were those based on the results of the CPT tests. The combinations of the methods “Aoki and Velloso (1975) and Poulos and Davis (1980)” and “UFRGS (2005) and Poulos and Davis (1980)” proved to be more conservative. Another aspect observed is that the load capacities calculated considering hypothesis A resulted in higher values than those obtained for hypothesis B, due to the use of coefficients that consider the most unfavorable condition of the rock mass. Based on numerical simulations, it was found that the highest concentration of stresses and the most significant vertical displacements occurred in the foundation element. Furthermore, the modeling provided superior results to the maximum experimental loads for all cases considered

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