Santis, Vitória Barros de

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Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2021: SIC - XXXIII SALÃO DE INICIAÇÃOCIENTÍFICA DA UFRGSAno 2021Local VirtualTítulo Sentimentos de mulheres “barrigas solidárias” em relação aosbebês que gestaramAutor VITÓRIA BARROS DE SANTISOrientador RITA DE CASSIA SOBREIRA LOPESSentimentos de mulheres “barrigas solidárias” em relação aos bebês que gestaram  Autor: Vitória Barros de Santis Orientador: Prof. Dr. Rita de Cássia Sobreira Lopes NUDIF UFRGS  O objetivo deste trabalho é compreender os sentimentos vivenciados pelas mulheres “barrigas solidárias” durante a gestação de substituição, ou seja, daquelas mulheres que aceitaram ceder seus úteros e gestar os bebês de casais heterossexuais, sem receber recompensação financeira por isso. Considera-se que esses sentimentos surgiram a partir de um contexto diferenciado de gestação, no qual o bebê gestado não era seu filho biológico e seria entregue ao casal parental que desejara seu nascimento. Trata-se de uma pesquisa de caráter retrospectivo, qualitativo e exploratório, cuja coleta de dados ocorreu por meio de uma entrevista semiestruturada, com três mulheres “barrigas solidárias”. Destaca-se que todas as entrevistadas relataram preferir o termo “barriga solidária” ao invés de gestante substituta. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas. A análise ocorreu por meio do relato clínico de cada caso, referenciado pela Psicanálise. Observou-se que todas as participantes sentiram medo de estabelecer um vínculo mais profundo com o bebê, preocuparam-se com a possibilidade de sofrerem abortos espontâneos e de o bebê apresentar algum problema de saúde ou no seu desenvolvimento. Dessa forma, para se protegerem da formação de vínculos maternos, as gestantes evitavam imaginar as características físicas, comportamentais e subjetivas que o bebê poderia ter. Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que negavam um vínculo materno com os bebês, as gestantes solidárias aceitaram o convite dos pais para se tornarem madrinhas dos bebês. Também, as barrigas solidárias demonstravam preocupações com as mudanças corporais que elas teriam por causa da gravidez. É curioso que o parto foi o momento que despertou questionamentos mais intensos e tomada de consciência em relação ao corpo e ao que haviam se proposto fazer, com intenso medo de morte. No entanto, relataram não terem se arrependido de suas decisões e ficaram realizadas ao verem a felicidade dos casais com os filhos por elas gestados.  

Sentimentos de mulheres “barrigas solidárias” em relação aos bebês que gestaram

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Sentimentos de mulheres “barrigas solidárias” em relação aos bebês que gestaram

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