A experiência de um sintoma representa a razão para a procura dos cuidados de
saúde (Sidani, 2001). São um grande problema para os doentes/famílias e
profissionais de saúde, porque existe dificuldade em desenvolver estratégias de
gestão de sintomas, que podem ser aplicadas em cuidados agudos ou domiciliários.
É importante que a causa subjacente de um sintoma seja encontrada, para que os
tratamentos possam ser iniciados. A gestão começa com a avaliação da experiência
dos sintomas na perspetiva do doente. É seguida pela identificação do foco de
intervenção, implementação de intervenções, avaliação dos resultados e o processo
de gestão.
A gestão de sintomas é um processo dinâmico, que geralmente exige mudanças
nas estratégias ao longo do tempo, ou resposta à aceitação de um doente (ou falta de
aceitação) da estratégia. Pode incluir intervenções destinadas a um ou mais
componentes na experiência do sintoma, para influenciar um ou mais resultados
desejados.
Este relatório tem como finalidade analisar e descrever de forma sustentada, o
percurso de desenvolvimento de competências especializadas na área da pessoa em
situação crítica. Para esse efeito, considerei como referenciais teóricos o modelo de
Dreyfus, adaptado à enfermagem por Benner (2001), como norteador do
desenvolvimento de competências profissionais, no âmbito da gestão de sintomas,
utilizei a Teoria de Gestão de Sintomas publicada inicialmente por Larson et al., em
1994 e revista em 2001 por Dodd et al., como teoria de médio alcance.
O trajeto, que realizei contribuiu para a mobilização de conhecimentos relativos à
prestação de cuidados à pessoa em situação crítica e sua família. A articulação dos
conhecimentos teóricos com a práxis e a reflexão sobre a mesma possibilitaram a
estruturação da minha prática, enquanto Enfermeira Especialista