A educação científica e tecnológica insere-se em um contexto onde as articulações com as esferas social, política, econômica, ambiental, etc., se fazem cada vez mais necessárias e urgentes, de modo a auxiliar a compreensão da complexidade do processo civilizatório. Tem-se, portanto, como pressuposto que a educação científica e tecnológica necessita indubitavelmente da compreensão da complexidade do ser humano enquanto indivíduo, espécie e sociedade, para além de uma compreensão tecnicista dos conceitos, leis e princípios. A construção deste ensaio teórico parte da indagação: como os conhecimentos científicos e tecnológicos podem se articular de modo a auxiliar na formação do pensamento complexo? Para isso, a obra de Edgar Morin inspira a buscar uma nova forma de olhar para os conceitos, leis e princípios comumente abordados na educação científica e tecnológica, tirando-os das caixinhas disciplinares, compartimentadas e desunidas. Tal pensamento encontra respaldo em autores como Harari, Georgescu-Roegen e Rees, confluindo com estudiosos da educação em ciências e tecnologia, especialmente Bazzo e a equação civilizatória. O resultado é um ensaio onde os estudos especializados da Ciência e da Tecnologia são articulados e compreendidos de modo interdisciplinar, oferecendo subsídios ao entendimento da complexidade e da construção do conhecimento pertinente, num exercício constante de pensar o específico na articulação com seu contexto. Outrossim, este ensaio se constitui um material a ser explorado e trabalhado em sala de aula
