Este trabalho aborda o orçamento no contexto de uma universidade pública, que tem sua regra
orçamentária definida pela União e é fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Neste sentido, a falta de flexibilidade do orçamento público pode prejudicar as ações de gestão
em casos de urgência, a pandemia da Covid-19, a crise sanitária trouxe impactos financeiros
significativos aos entes públicos, redução na arrecadação, despesas não previstas, realocação
de recursos, entre outros. O objetivo desta pesquisa é investigar as diferenças entre os
orçamentos de 2018 a 2021 na Universidade Federal de Santa Catarina, a pesquisa busca colher
elementos sobre a execução do orçamento no que tange aos repasses da União e a estratégia da
gestão para lidar com tal situação adversa. Os procedimentos metodológicos foram realizados
por meio de levantamento de dados secundários públicos disponíveis no site da universidade.
A análise concluiu que os resultados das rubricas apenas pessoal, encargos sociais, benefícios
sociais tiveram aumento na participação dos componentes orçamentários totalizando quase 9%,
já custeio, capital e destaques recebidos tiveram uma redução 1,82%, 0,02% e 7%
respectivamente, totalizando 8,84%. Deste modo, a rubrica da folha de pagamento consumiu
consideravelmente esses valores. Conclui-se que mesmo não havendo redução, ou mesmo com
incrementos na disposição do orçamento, caso esse aumento não acompanhe o crescimento das
despesas obrigatórias, os reflexos na execução das despesas de custeio e capital podem ser
significativos, principalmente no que se refere ao planejamento e previsibilidade na distribuição
dos recursos