Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2019.A presente proposta de pesquisa tem por objetivo principal construir uma narrativa visual da democratização na África do Sul a partir de charges. Mais especificamente, este trabalho se apoia na publicação de uma coletânea de um relevante e influente cartunista do país, o nomeado Zapiro. Com base na sua obra Democrazy: SA?s twenty-year trip (2014), o foco de meu estudo está em compreender como ele aborda o processo democrático sulafricano, optando por perceber como de humor gráfico participa, recebe e (re)significa mensagens e discursos de vinte anos de democracia (1994 - 2014). A proposta consiste em uma visão da democracia sul-africana de uma perspectiva diferente. Seguindo os traços de Zapiro, o período pós-apartheid é analisado a partir do ponto de vista daquele que lutou pela liberdade e pela democracia, não sofreu como sujeito pelas leis de segregação, mas foi parte da mídia que resistiu contra o apartheid. O resultado é uma narrativa visual cética pontuada com noções mais suaves de ficção, sonhos, visões e anseios.Abstract: present work concerns about construct a visual narrative of the democratization in South Africa from cartoons. More specifically, it relies on the production of a relevant and influential cartoonist of the country published in the South African press, named Zapiro. Based on his publication Democrazy: SA?s twenty-year trip (2014), the focus of this study is to understand how he perceives the South African democratic process, opting to analyze how this type of graphic humor participates, receives and resignifies messages and informations from twenty years of democracy (1994 - 2014). The proposal consists of an analysis of the South African democracy from a different perspective. Following Zapiro's drawing, the postapartheid period is analyzed from the point of view of someone who fought for freedom and democracy, did not suffer as a person by the laws of segregation, but was part of the media that resisted against apartheid. The result is a skeptical visual narrative, punctuated with softer notions of fiction, dreams, visions, and aspirations