Este trabalho consiste em uma análise de uma intervenção pedagógica que busca aliar o
ensino do Basquetebol – sua história e habilidades inerentes – à mídia-educação. Tratase
de um estudo qualitativo, do tipo pesquisa-ação, realizado com duas classes (sétimos
anos) em uma escola municipal de São João Del Rei -MG.O trabalho ainda não foi
concluído e relata as atividades realizadas até o momento, primando por um processo de
ensino-aprendizagem crítico, que conciliou atividades de mídia-educação (aspectos
específicos da mídia impressa e audiovisual) com atividades voltadas para a Pedagogia
do Esporte, como os mini-jogos, materiais adaptados e tarefas práticas

Mendes, Diego de Sousa

Morais, Rodrigo Augusto Resende

Repositório Institucional da UFSC

IV Congresso Sudeste de Ciências do Esporte  XII Congresso Espírito-Santense de Educação Física Vitória, ES - 18 a 21 de setembro de 2012 EDUCAÇÃO FÍSICA, IDENTIDADES E CAMPOS DE ATUAÇÃO.  EDUCAÇÃO FÍSICA E MÍDIA – EDUCAÇÃO: BASQUETEBOL E SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTO NO ENSINO FUNDAMENTAL II   Rodrigo Augusto Resende Morais Diego de Sousa Mendes   Resumo   Este trabalho consiste em uma análise de uma intervenção pedagógica que busca aliar o ensino do Basquetebol – sua história e habilidades inerentes – à mídia-educação. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo pesquisa-ação, realizado com duas classes (sétimos anos) em uma escola municipal de São João Del Rei -MG.O trabalho ainda não foi concluído e relata as atividades realizadas até o momento, primando por um processo de ensino-aprendizagem crítico, que conciliou atividades de mídia-educação (aspectos específicos da mídia impressa e audiovisual) com atividades voltadas para a Pedagogia do Esporte, como os mini-jogos, materiais adaptados e tarefas práticas.  BASQUETEBOL E MÍDIA-EDUCAÇÃO O presente estudo trata-se de um trabalho de conclusão de curso (Monografia) que esta em desenvolvimento, buscando analisar uma possibilidade concreta de articular os fundamentos da mídia-educação aos preceitos da Pedagogia do Esporte, a partir de uma experiência concreta realizada em uma escola pública de São João Del Rei - MG. Entre diversas proposições educativas atuais, a perspectiva de mídia-educação se mostra como uma possibilidade de conexão entre a escola e a vida do aluno, além de ser também uma forma de encorajar a nós professores na busca de um ensino condizente com a realidade em que se encontra o mundo atual, por meio da inclusão da temática da mídia e das novas tecnologias de comunicação à uma formação escolar crítica. Este é um desafio a mais para os educadores e à primeira vista pode nos parecer inalcançável, mas, não o é. Feres Neto (2001) apud Betti e Costa (2006) afirma que este objetivo pode ser alcançado ao incorporarmos as mídias eletrônicas (TV, internet, etc.) às aulas de Educação Física, produzindo materiais audiovisuais sobre esporte por um viés crítico/criativo, entre outras ações. A elaboração de uma nova experiência que envolva as TIC’s1 e o questionamento de seu papel em nossas vidas, que, conforme Mendes (2008), de um                                                  1 Tecnologias de Informação e Comunicação. IV Congresso Sudeste de Ciências do Esporte  XII Congresso Espírito-Santense de Educação Física Vitória, ES - 18 a 21 de setembro de 2012 EDUCAÇÃO FÍSICA, IDENTIDADES E CAMPOS DE ATUAÇÃO.  lado nos deixa a par do que acontece a nossa volta, e por outro nos incapacita a visão pelo excesso de imagens e sons, pode tornar o processo educacional menos fragmentado e menos descontextualizado. Considerando que existem ainda poucas experiências publicadas na área de Educação Física que analisam possibilidades concretas de uso das TIC's na escola, elaboramos um estudo que centra-se no seguinte problema: como abordar um conteúdo da cultura de movimento na perspectiva da mídia-educação no Ensino Fundamental II – 6º ao 9º ano? Esta fase de escolaridade, assim como as demais, é ideal para nossa proposta porque o ensino básico se constitui como fase crucial nos processos de socialização/formação, processos permeados por apelos midiáticos produzidos com intenções nem sempre perceptíveis.  Em nosso caso específico, o conteúdo escolhido para realizar o estudo foi o basquetebol, por ser uma demanda da escola pública onde a pesquisa esta sendo desenvolvida.  Os objetivos do trabalho foram:  Trabalhar com o Basquetebol de maneira articulada com a relação educação e mídia: ênfase na mídia impressa e audiovisual;  Utilizar jornais, revistas, TV, data-show, internet, celular, videogame e câmera digital na perspectiva da mídia-educação;  Produzir material didático para os alunos e junto aos alunos;  Ensinar habilidades específicas do Basquetebol, como arremessos, passes, dribles, dentre outros, utilizando mini-jogos e grandes jogos (estudos da Pedagogia do Esporte).  METODOLOGIA Estamos realizando uma pesquisa de cunho qualitativo, do tipo Pesquisa-Ação. Esta procura unir a pesquisa bibliográfica à prática ou intervenção (ação) para enriquecer a compreensão de determinado problema. Segundo Thiollent, uma pesquisa-ação é: concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou dos problemas estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (1988, p. 14). Em virtude disto, nos aproximamos do tema em estudo no contexto escolar, propondo aulas de basquete articuladas ao tema "mídia" em duas turmas de Educação Física do ensino fundamental II (7° anos - Turma A e B) de uma escola pública de São IV Congresso Sudeste de Ciências do Esporte  XII Congresso Espírito-Santense de Educação Física Vitória, ES - 18 a 21 de setembro de 2012 EDUCAÇÃO FÍSICA, IDENTIDADES E CAMPOS DE ATUAÇÃO.  João Del Rei - MG. Também participa do estudo a professora efetiva da instituição, que autorizou nossa intervenção. As aulas de basquete e mídia foram planejadas no início do ano letivo para serem desenvolvidas de meados de Abril até o início de Julho de 2012. Cada turma possui uma média de 25 alunos e tem aulas de Educação Física duas vezes por semana, com duração de 50 minutos cada.  No planejamento inicial prevemos que os estudantes deveriam aprender o basquete de modo articulado com o conceito de mídia; as especificidades da mídia impressa e da linguagem audiovisual no tratamento do esporte em nossa sociedade, a partir de uma formação crítica. Para tal, uma das turmas têm aulas com o professor-pesquisador proponente deste trabalho e a outra turma é assistida pela professora efetiva da escola. Assim, com o mesmo planejamento para as duas classes poderemos comparar os acontecimentos e discussões de nossas aulas em relação à professora, uma vez que esta não era próxima do tema mídia-educação. Os dados estão sendo coletados por meio de registros diários das atividades em diário de campo. Realizamos também no início das intervenções um questionário para os alunos, a fim de avaliarmos seus conhecimentos prévios e inferir ao final como foi o aprendizado. Além disso, ao final das intervenções deverão ser realizadas entrevistas com os estudantes e a professora da escola que participam do estudo.  EDUCAÇÃO FÍSICA E MÍDIA: fundamentos teóricos para uma intervenção escolar A diversificação de recursos tecnológicos a serem utilizados junto à prática corporal nas aulas deve-se ao fato de que “o que chamamos hoje de esporte não se esgota apenas em sua prática [...] mas, abarca uma série de outras manifestações [...].” (FERES NETO, 2001. p. 48). Essas manifestações sobre o telespetáculo esportivo, ao qual se refere Betti (2001, p. 127), que é agora o “novo modelo de socialização”, estão presentes não só na TV, como nos jogo eletrônicos, no cinema, on-line... Atentamo-nos, ainda, para o fato de que isto se transfere também para grande parte das práticas corporais, seja a Dança, o Jogo, as Lutas, etc. São manifestações encontradas na mídia impressa, no entanto, o formato que percebemos ser o mais presente no cotidiano dos escolares em que desenvolvemos nosso trabalho foi a mídia audiovisual. Alunos que preferem filmes, novelas e seriados, programas de auditório e partidas esportivas sendo transmitidas a uma leitura de livros, uma revista ou jornal. Esta cultura audiovisual manifesta-se pela apresentação sintética de conteúdos complexos, ligados ou não à Educação Física, expressos pela linguagem audiovisual. Os autores Batista e Betti (2005, p. 136) nos relatam que a “informação audiovisual IV Congresso Sudeste de Ciências do Esporte  XII Congresso Espírito-Santense de Educação Física Vitória, ES - 18 a 21 de setembro de 2012 EDUCAÇÃO FÍSICA, IDENTIDADES E CAMPOS DE ATUAÇÃO.  contribui para os estudantes formarem conceitos e valores a respeito do esporte e das demais práticas corporais [...]”. Esta assertiva é válida tanto para a escolha de suas vivências no ambiente escolar como em seus momentos de lazer. Como é possível encontrar na literatura educacional, a escola tem papel fundamental na desmistificação das armadilhas midiáticas.  Consequentemente, esta pesquisa se torna relevante ao buscar formas para que a realidade discente dialogue com seu processo de educação formal, e para auxiliar neste diálogo e tratar a mídia-educação é imprescindível uma mediação docente de qualidade. É neste contexto que Fantin (2006) propõe que a mídia-educação auxilie nas investigações e revelações dos recortes e construções da realidade “impostas” pela mídia. Nesse sentido, um aluno que saia de uma aula de Educação Física ciente das artimanhas utilizadas para que ele creia, por exemplo, que basta desejar e ter força de vontade para ser um corredor campeão e famoso, terá instrumentos para analisar essas narrativas e suas consequências de maneira mais autônoma, podendo transmitir e levar este conhecimento para sua vida. Segundo a autora, o aluno não apenas compreenderá o papel da mídia, como terá autonomia crítica para julgar o que lhe é oferecido para o consumo. Contudo, no campo da Educação Física, as propostas de Mídia-Educação devem estar articuladas ao desenvolvimento de um tema/ou conteúdo específico da cultura de movimento, campo cultural de onde a área extrai as práticas corporais que tematiza na escola. Portanto, valoriza-se e dá-se sentido a uma articulação a mídia-educação e os referenciais advindos da Pedagogia do Esporte para efetivar um planejamento de basquetebol para os escolares do Ensino Fundamental II. De acordo com Sadi (2010) a Pedagogia do Esporte exige do professor qualidades como criatividade e compreensão na elaboração de aulas, optando pelo uso do pensamento (cognição) e verbalização para que os objetivos sejam alcançados. Isto não é esquecido por nós durante as aulas quando tratamos do basquetebol, visto como um jogo de invasão. Para além disso, priorizamos continuamente a qualidade das aulas, e procuramos entender como trabalhar com a totalidade social e a Pedagogia do Esporte, pois: a realidade de professores e alunos expressa em um conjunto de totalidades é o ponto de partida para o planejamento de aulas, definição de metas, objetivos, conteúdos e avaliações. Este conjunto de totalidades envolve necessariamente as determinações macroestruturais (econômicas e políticas), históricas (culturais e sociais) e de conjuntura (formação, aspectos psicológicos e de organização dos espaços de trabalho) (SADI, 2010, pág. 32). IV Congresso Sudeste de Ciências do Esporte  XII Congresso Espírito-Santense de Educação Física Vitória, ES - 18 a 21 de setembro de 2012 EDUCAÇÃO FÍSICA, IDENTIDADES E CAMPOS DE ATUAÇÃO.  RESULTADOS PARCIAIS Até o momento, o planejamento totalizou 14 aulas, uma aula sobre a história do Basquetebol, 11 direcionadas para o ensino desse esporte de modo articulado com noções sobre a mídia impressa, e duas sobre mídia audiovisual. Os alunos não formaram ainda um conceito de mídia, este não foi apresentado de forma direta, pois esperamos que ao final do trabalho eles possam desenvolvê-lo através dos debates e atividades. Constatamos nas primeiras aulas que, embora eles estejam cientes que acessam a mídia constantemente, não sabem quais os objetivos, nem as especificidades dessas mídias, consomem apenas por “achar legal”. O jornal impresso, por exemplo, é um tipo de mídia em que os alunos têm pouco contato de leitura, por isto, fizemos um trabalho detalhando suas características, como manchete, fotos e legendas, análise do texto e relevância das notícias. Abaixo segue um trecho do diário de campo a respeito dos conhecimentos prévios dos alunos a respeito do assunto: Professor-pesquisador: “Vocês já haviam parado para pensar que tem tudo isso em um jornal?” Aluna 1: “Não, eu nunca soube, nunca parei para pensar nisso”. Constatamos que as primeiras aulas foram permeadas por muitas descobertas e boa participação dos alunos. Esta participação vem sendo satisfatória, um dos motivos é a aproximação com a realidade discente, tanto na utilização de jornais locais que mantém em casa, quanto na mídia audiovisual presente em suas vidas. Como exemplo, podemos citar atividades realizadas de análise da disposição espacial das fotos em notícias de mídia impressa sobre os esportes que os estudantes praticam e a visualização de partes do desenho “Simpsons”, do filme “Space Jam” (estrelado por Michael Jordan – famoso jogador de basquetebol) e a problematização de um comercial onde o jogador de futebol Ronaldo “Fenômeno” atua como uma das estrelas. Percebemos ainda que para o desenvolvimento pleno das atividades de mídia-educação eram necessárias algumas tarefas para casa, sendo um desafio para a Educação Física. Muitos alunos fazem as tarefas que propomos, mas, uma parte ainda não se mostra predisposta, não a fazem com a dedicação que desejamos e estimulamos. Levando isto em consideração, fizemos uma atividade em sala de aula onde a turma deveria escolher uma foto de uma aula em quadra para montar, individualmente, uma notícia sobre ela. Esta atividade foi muito produtiva, pois permitiu aos estudantes aplicar o que foi aprendido, como manchete, disposição da foto e produção de texto, além de notar que eles apreciaram se ver na tela do datashow, uma vez que as fotos tiradas durante os jogos se tornaram material didático, fonte de estudo e um atrativo motivacional a mais. IV Congresso Sudeste de Ciências do Esporte  XII Congresso Espírito-Santense de Educação Física Vitória, ES - 18 a 21 de setembro de 2012 EDUCAÇÃO FÍSICA, IDENTIDADES E CAMPOS DE ATUAÇÃO.  Após o estudo com mídia impressa, passamos para a tematização da mídia audiovisual. Nossas constatações iniciais são que os alunos preferem a TV por ter baixa necessidade de leitura, em especial, preferem os filmes de ação. Um aluno relatou estar “viciado” em um destes filmes envolvendo carros e velocidade, e todos os alunos quando solicitados para escolher entre documentário e filme de ação, alegaram que documentários “são chatos e ninguém presta atenção”. Por este motivo, as ações empreendidas até o momento serão voltadas para ampliar os conhecimentos sobre a linguagem audiovisual e como o esporte é apresentado nesse veiculo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Torna-se relevante dizer que a percepção do estágio de compreensão do conteúdo, tanto no que tange aos estudos da mídia, quanto na questão das práticas, jogos e habilidades do Basquetebol, é um fator enfrentado desde o primeiro dia do trabalho até as aulas com a linguagem audiovisual e tem apresentado indícios de que houve uma ampliação dos conhecimentos a respeito de como a mídia apresenta o esporte em suas notícias a partir da mídia impressa e que tais atividades podem ser conciliadas à pedagogia do esporte na direção de uma formação mais crítica.  Durante as aulas em quadra, utilizando mini-jogos, jogos e tarefas práticas, nós vimos grande dificuldade pela maioria dos alunos, o que pode indicar a necessidade que dar continuidade ao ensino do jogo, embora, já estamos vendo melhoras, principalmente nos passes e na forma de jogo coletivo. Um dos modos de avaliar isto é pelo diálogo ao final da aula, onde procuramos apontar nossos erros e acertos, descobrir o que e como podemos melhorar em relação ao jogo. O planejamento, por ser construído junto à professora da instituição e modificado quando necessário, de acordo com o andamento das aulas, demanda uma participação ativa da mesma, além de um aprofundamento sobre o tema com auxílio dos professores-pesquisadores, além disso é necessário considerar a infraestrutura da escola, pois, utilizamos locais como quadra, pátio da escola, salas de aula e de vídeo para que o planejamento seja adequado aos objetivos das intervenções.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATISTA, S.; BETTI, M. A televisão e o ensino da educação física na escola: uma proposta de intervenção. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 26, n. 2, p. 135-148, jan. 2005. BETTI, M. Mídias: Aliadas ou Inimigas da Educação Física Escolar? Motriz, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 125-129. jul/dez, 2001. IV Congresso Sudeste de Ciências do Esporte  XII Congresso Espírito-Santense de Educação Física Vitória, ES - 18 a 21 de setembro de 2012 EDUCAÇÃO FÍSICA, IDENTIDADES E CAMPOS DE ATUAÇÃO.  ________; COSTA, A. Mídias e jogos: Do virtual para uma experiência corporal educativa. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 27, n. 2, p. 165-178, jan. 2006. FANTIN, M. Mídia-Educação: Conceitos, Experiências, Diálogos Brasil-Itália. Florianópolis: Cidade Futura, 2006. FERES NETO, A. A virtualização do esporte e suas novas vivências eletrônicas. 2001. 105 f. Dissertação (Doutorado em Educação). Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Educação. Campinas. 2001. MENDES, D. Mídia-educação: uma possibilidade de superação do remoto controle da escola sobre a cultura midiática. 2008. 201 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade Federal de Santa Catarina – Centro de Desportos. Santa Catarina. 2008. SADI, R.S. Pedagogia do Esporte: descobrindo novos caminhos. São Paulo: Ícone, 2010. THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 4ª ed. São Paulo: Autores Associados, 1988.  

EDUCAÇÃO FÍSICA E MÍDIA – EDUCAÇÃO: BASQUETEBOL E SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTO NO ENSINO FUNDAMENTAL II

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