Esse artigo é uma reflexão sobre as relações que se configuraram entre os membros de um grupo que realizou uma viagem de bicicleta, a partir da perspectiva epistemológica proposta por Humberto Maturana. Percorremos aproximadamente 2500 (dois mil e quinhentos) km, partindo de Santiago do Chile e chegando em La Paz na Bolívia, determinando assim nosso campo de pesquisa. Metodologicamente nos apropriamos dos recursos da etnografia e da hermenêutica para descrever e interpretar nossas experiências durante essa “cicloviagem”, através da compreensão de cultura proposta por Maturana e Verden-Zöller (2004). No final, identificamos e refletimos sobre nossas experiências através da compreensão dos conceitos de cultura Patriarcal e Matrística, concluindo que essa perspectiva é um caminho para construir uma prática corporal cooperativa