Com quantas cidades se faz a Pan-América? Dimensões político-urbanas dos Boletins da União Pan-Americana

Abstract

This article intends to discuss the importance of the urban and the cities in the political projects of continental integration led by the Pan American Union. The analysis of some editions of the Bulletins of the Pan American Union and the historiography dedicated to Pan Americanism aims to underline the metonymic relationship between American nations and their cities. The holding of a series of congresses and conferences indicates how the institution, based in Washington D.C., brought together disciplines and practices in favor of mapping and cataloging the different traditions identified in the continent, appeased by the ideal of cooperation and the rhetoric of American solidarity. This conciliation was operated through liberalism, an assumption for Pan-Americanist practices, to which one is establish a critique. In the midst of this plot, architecture and architects occupied a privileged place and formulated professional perspectives that made use of this inter-American project to establish a network and guarantee the permanent debate of American cities within the scope of the Pan-American Congresses of Architects.Este artículo pretende discutir la importancia de lo urbano y de las ciudades en los proyectos políticos de integración continental liderados por la Unión Panamericana. El análisis de algunas ediciones de los Boletines de la Unión Panamericana y de la historiografía dedicada al panamericanismo pretende subrayar la relación metonímica entre las naciones americanas y sus ciudades. La realización de una serie de congresos y conferencias indica cómo la institución, con sede en Washington D.C., reunió disciplinas y prácticas a favor de mapear y catalogar las distintas tradiciones identificadas en el continente, apaciguadas desde el ideal de cooperación y la retórica de la solidaridad americana. Esta conciliación se operó a través del liberalismo, presupuesto de las prácticas panamericanistas, que se establece una crítica. En medio de esta trama, la arquitectura y los arquitectos ocuparon un lugar privilegiado y formularon perspectivas profesionales que aprovecharon este proyecto interamericano para establecer una red y garantizar el debate permanente sobre las ciudades americanas en el ámbito de los Congresos Panamericanos de Arquitectos.O presente artigo pretende debater a importância do urbano e das cidades nos projetos políticos de integração continental capitaneados pela União Pan-Americana. A análise de algumas edições dos Boletins da União Pan-Americana e da historiografia dedicada ao pan-americanismo tem como objetivo sublinhar a relação metonímica entre as nações americanas e suas cidades. A realização de uma série de congressos e conferências indica como a instituição, sediada em Washington D.C., congregou disciplinas e práticas em prol do mapeamento e catalogação das diferentes tradições identificadas no continente, apaziguadas a partir do ideal de cooperação e da retórica de solidariedade americana. Essa conciliação era operada por meio do liberalismo, pressuposto para as práticas pan-americanistas, ao qual pretende-se estabelecer uma crítica. Em meio a essa trama, a arquitetura e os arquitetos ocuparam um lugar privilegiado e formularam perspectivas profissionais que se valiam desse projeto interamericano para estabelecer uma rede e garantir o debate permanente sobre as cidades americanas no âmbito dos Congressos Pan-Americanos de Arquitetos