Domestication significantly altered the dogs' cognitive ability and allowed certain social behaviors to be selected and guaranteed a wide range of possibilities in the organization and social interaction of these animals. Along with the differential of an environment shared with the human species, and given the growing scientific interest in understanding canine cognition, several theoretical models have been used to support the dynamics of canine social organization, including our relationship with them. From the first models established by Ethology, inspired by the transitional theory, to the hierarchy model of dominance, current attempts to explain canine social complexity seem far from solving or equalizing what scientific evidence has been demonstrating about this species in social terms. Even after the deconstruction of dominance models, until the emergence of theoretical alternatives, the emergence of theories that can formulate a new vision that meets the social complexity of dogs is necessary. In view of this, this article proposed a discussion of the canine social organization from the perspective of Skinner's Radical Behaviorism, for the construction of a model called contingency. Such a model presupposes the multiple ability of dogs to adapt to the social environment shared with man and, based on Behavioral Theory, to establish the bases of social dynamics involving intra and interspecies organization through the social skills that will compose the contingent social effects..A domesticação alterou significativamente a capacidade cognitiva dos cães e permitiu que certos comportamentos sociais fossem selecionados e garantissem uma grande variação de possibilidades na organização e interação social destes animais. Juntamente com o diferencial de um ambiente compartilhado com a espécie humana, e diante do crescente interesse científico em compreender a cognição canina, vários modelos teóricos têm sido utilizados para respaldar a dinâmica da organização social canina, incluindo nossa relação com eles. Desde os primeiros modelos estabelecidos pela Etologia, inspirados na teoria transicional, até o modelo de hierarquia de dominância, as atuais tentativas de explicar a complexidade social canina parecem distantes de solucionar ou equalizar o que as evidências científicas vêm demonstrando sobre esta espécie em termos sociais. Mesmo após a desconstrução dos modelos de dominância, até o surgimento de alternativas teóricas, a emergência de teorias que possam formular uma nova visão que atenda a complexidade social dos cães é necessária Diante disso, este artigo propôs uma discussão da organização social canina na perspectiva do Behaviorismo Radical de Skinner, para a construção de um modelo denominado contingencial. Tal modelo pressupõe a capacidade múltipla dos cães em adaptar-se ao ambiente social partilhado com o homem e a partir da teoria Comportamental estabelecer as bases das dinâmicas sociais envolvendo a organização intra e interespécie por meio das habilidades sociais que irão compor os efeitos contingenciais sociais