In this text, I present a reflection about disinformation as a political-discursive strategy accepted, validated and disseminated as an “unquestionable” truth by groups in hypermedia. I question the educational, political and mediatic practice of combating disinformation with the dissemination of curated information and I compare the discursive masses with the bubbles in social networks, from a Freudian perspective of mass psychology (FREUD, 2011). Among the proposed discussions, I describe the main actions to combat disinformation established at global level, especially in Brazil, in recent years. I detail some checking agencies and socio-mediatic movements established and crossed by digital culture (CHAUÍ, 2017, 2021) that take into account critical literacy, to verify the facts and not consume disinformation, whether disseminating or producing false content. Finally, I reflect on the democratic potential of the internet and its relationship with discursive alterity in contrast to ambivalent movements of destitution of the other, strengthened by algorithms, which began to manage and standardize our subjectivities, creating predilections and consumption demands.Neste texto, apresento uma reflexão sobre a desinformação como estratégia político-discursiva aceita, validada e divulgada como verdade “inquestionável” por grupos na hipermídia. Questiono a prática educacional, política e midiática de combater desinformação com a divulgação de informação curada e comparo as massas discursivas com as bolhas nas redes sociais, a partir de uma perspectiva freudiana da Psicologia das Massas (FREUD, 2011). Entre as discussões propostas, descrevo as principais ações de combate à desinformação estabelecidas no âmbito global, sobretudo no Brasil, nesses últimos anos. Detalho algumas agências de checagem e movimentos sociomidiáticos estabelecidos e atravessados pela cultura digital (CHAUÍ, 2017, 2021) que apelam para o letramento crítico da população, para verificar os fatos e não consumir desinformação, seja divulgando ou produzindo conteúdo falso. Por fim, reflito sobre as potencialidades democráticas da internet e sua relação com a alteridade discursiva em contraste com movimentos ambivalentes de destituição do outro, fortalecidos pelos algoritmos, que passaram a gerenciar e padronizar nossas subjetividades, criando predileções e demandas de consumo