O presente estudo visa a examinar a atuação de Maria
Graham, uma das viajantes mais célebres que estiveram no Brasil na
primeira metade do século XIX, como exemplo de sujeito que elabora
experiências e interpreta-as através de linguagens literárias e visuais,
afirmando assim a sua identidade feminina. Tal exame é realizado atra
vés da organização dos relatos de viagem, de pinturas aquareladas da
flora tropical brasileira e da mulher negra. A estas experiências, deve
se acrescentar a de educadora dos filhos da Leopoldina, esposa do Prín
cipe Regente Pedro de Bragança e Bourbon do Brasil. Desta forma, ela
constrói um exemplo de singularidade e autonomia feminina