Este artigo analisa, sob a perspectiva da Teoria Crítica, a obra intitulada Walden II: uma sociedade do futuro de autoria do psicólogo B. F. Skinner. A análise apresenta argumentos de que a obra representa um exemplo paradigmático do que os teóricos da escola de Frankfurt chamaram de “sociedade administrada”. A comunidade “utópica” Walden II, fundada sobre a ciência da experimentação comportamental, mantém relações econômicas e sociais como parte de uma “engrenagem” planejada e controlada, leva ao extremo a racionalidade, suprimindo a possibilidade da reflexão e da ética. A infância é apresentada em Walden II como objeto de controle absoluto, submetida à artificialidade, sem valor em si mesma. A história é negada. Os valores são relegados, levando a ausência de valores universais, embotando a capacidade para julgar