INCIDÊNCIA DE BACTÉRIAS ENTEROPATOGÊNICAS EM FEZES DE MORCEGOS NO MUNICÍPIO DE JOAÇABA, SC.

Abstract

Morcegos são animais que se adaptam facilmente em ambientes urbanos. A interação de animais silvestres com humanos é responsável pela crescente incidência de zoonoses, bem como afeta a propagação de patógenos na fauna silvestre. A contaminação ocorre pelo contato direto com animais contaminados ou pela transmissão indireta, através de vetores invertebrados ou animais domésticos. O estudo avalia a incidência de bactérias consideradas patogênicas ao homem, isoladas a partir das fezes de morcegos capturados em um fragmento florestal antropizado, localizado no município de Joaçaba, Santa Catarina. O período de coleta foi de agosto de 2013 a maio de 2014, totalizando oito meses de esforço amostral. Foram analisadas 15 amostras fecais provenientes de 15 espécimes diferentes de morcegos, sendo estas Sturnira lilium, Nyctinomos platicaudatus, Molossus molossus, Arthibeus lituratus, Eptesicus brasiliensis e Histiotus velatus. O método utilizado para o isolamento de enterobactérias foi o de Coprocultura, com a utilização de Ágar MacConckey, sendo identificados seis gêneros e duas espécies da família Enterobacteriaceae por meio de 10 provas bioquímicas. De um total de 171 cepas isoladas, 23,39% pertencem ao gênero Citrobacter, sendo este o mais frequente, seguido de Klebsiella (19,88%), Serratia (19,29%), Escherichia coli (13,45%), Providencia (11,11%), Morganella morganii (8,77%), Proteus (2,33%) e Enterobacter (1,75%). As Enterobactérias identificadas no estudo atuam como parte da microbiota intestinal comum de mamíferos, porém, são potencialmente patogênicas ao homem, podendo atuar como oportunistas causadores de infecção, de interesse para a saúde pública.Palavras-chave: Zoonoses. Urbanização. Animais Silvestres. Doença Bacteriana

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