A Diversidade de Gênero Pode Afetar a Liquidez e o Risco de Companhias?

Abstract

The gender diversity in boardrooms and high management positions of firms is a subject that has been gaining visibility, since it started to be seen as a corporate governance practice, regarding the participation in monitoring committees and the better disclosure of information. Thus, this paper sought to verify how gender diversity, through the participation of female directors and executives, impacts on the accounting liquidity and risk of companies listed in the Brazilian stock exchange. An analysis of unbalanced panel data was performed using the Generalized Method of Moments, considering 234 companies in the period from 2010 to 2016. Results showed that the number of women in those positions still small, and that the proportion of female directors is negatively linked to liquidity and positively linked to risk, contrary to much of the literature. For the proportion of female executives, the relation to liquidity was significant and positive. It can be inferred that female directors act as a corporate governance mechanism, being more confident and encouraging the risk-taking in order to meet the interests of shareholders, while female executives tend to be less confident, protecting their positions.A diversidade de gênero nos conselhos e alta gestão das firmas é um assunto que tem ganhado visibilidade, desde que começou a ser considerada prática de governança corporativa, em relação à participação em comitês de monitoramento e a melhor divulgação de informações. Assim, esta pesquisa buscou verificar como a diversidade de gênero, através da participação de mulheres conselheiras de administração e executivas, impacta na liquidez contábil e no risco de companhias listadas na bolsa de valores brasileira. Uma análise de painel de dados não balanceados foi realizada através do Método de Momentos Generalizados, considerando 234 empresas no período de 2010 a 2016. Os resultados mostraram que o número de mulheres atuando naqueles cargos ainda é pequeno, e que a proporção de conselheiras está negativamente ligada à liquidez e positivamente ligada ao risco, contrariando boa parte da literatura. Para a proporção de executivas a relação para liquidez foi significativa e positiva. Pode-se inferir que mulheres conselheiras atuam como um mecanismo de governança corporativa, sendo mais confiantes e encorajando a tomada de risco de forma a atender os interesses dos acionistas, enquanto mulheres executivas tendem a ser menos confiantes, protegendo suas posições

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