«Juventude em ruptura: dupes ou profetas?», este era o título de um número da revista Autrement, no final dos anos 70. «Juventude em ruptura: para lá da estigmatização, que mediações?» , este era o título de um seminário do Congresso «Violências: da reflexão à acção». Mesmo se a trinta anos de distância, a fórmula soa como um refrão conhecido, as letras das canções já não são idênticas. Não se trata de uma simples repetição, mas da recorrência da questão dos jovens na sociedade. Para problematizar esta temática e as mudanças que aconteceram, é necessário interrogarmo-nos sobre diversos aspectos que irão ser desenvolvidos neste artigo: "os jovens e a violência dos jovens", as definições de conceitos como "juventude" e "incivilidade", a imagem da juventude através da estigmatização mediática, ou o papel da mediação de actores públicos como a polícia e as autarquias... Sem esquecer os jovens. Eles são, muitas vezes, reconhecidos como actores competentes.Fundação para a Ciência e a TecnologiaMinistério da CulturaInstituto Português do Livro e das Biblioteca