Avaliação da instabilidade genômica e prevenção de câncer

Abstract

OBJECTIVES: This study aimed at verifying the damage index acquired from the environment and from an inherited condition in the leukocytes of workers occupationally exposed to Xradiation and antineoplastic drugs, patients with Down syndrome, Fanconi anemia, and controls. MATERIAL AND METHODS: Cytokinesis-block micronucleus assay (CB-MN) and single-cell-gel electrophoresis (SCGE) were employed in 22 workers potentially exposed to X-radiation and 22 controls matched for age, sex, and smoking habits from a hospital in southern Brazil. The same evaluation was employed in 12 individuals who had been occupationally exposed to antineoplastic drugs and in 14 patients with Fanconi anemia (FA), 30 with Down syndrome (DS), and 30 controls,in order to examine the sensitivity of the techniques to detect specific genome instability. RESULTS: Both CB-MN and SCGE showed increased genetic damage in the cells of exposed individuals. In individuals handling antineoplastic drugs, no statistically difference was found when using CB-MN; however, the mean value of SCGE was significantly higher in exposed individuals when compared to controls. Down syndrome presented an increase just in the SCGE technique; the frequency of micronuclei and dicentric bridges was similar to that found in controls. Both CB-MN and SCGE showed increased genetic damage in the cells of individuals with Fanconi anemia. The high frequency of micronuclei seems to be due to clastogenic events, since the frequency of dicentric bridges was also elevated. DISCUSSION: Both methods are efficient for monitoring mutagenic events in exposed populations or individuals presenting genetic instability. CB-MN represents a longer time of exposure, while SCGE detects momentary DNA damage and/or repair activity. The combination of both techniques is recommended to monitor chronically exposed populations. Changes in lifestyle may constitute an important way of preventing carcinogenesis, either in individuals presenting increased risk and in the general population.OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo avaliar o nível de mutagênese em indivíduos normais não expostos, em trabalhadores expostos à radiação ionizante e drogas antineoplásicas e em indivíduos portadores de doenças genéticas, comparando os níveis de mutagênese herdada com aqueles adquiridos por exposição a mutágenos. MÉTODOS: A técnica de micronúcleo em linfócitos do sangue periférico e a técnica do cometa ou eletroforese em célula única foram empregados em 22 trabalhadores potencialmente expostos à radiação X, 12 potencialmente expostos a drogas antineoplásicas, 34 controles adultos, 14 pacientes com anemia de Fanconi (AF), 30 com síndrome de Down (SD) e 30 controles infantis, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. RESULTADOS: As duas técnicas mostraram um aumento no dano genético em células de indivíduos expostos a radiação-X. Nos indivíduos que manuseiam drogas antineoplásicas, não foi encontrada diferença significativa com a técnica de micronúcleo; no entanto, o índice de dano avaliado pela técnica do cometa foi significativamente maior em indivíduos expostos em relação a controles. Pacientes com síndrome de Down apresentaram um aumento no índice medido pela técnica do cometa; a freqüência de micronúcleos e pontes dicêntricas foi semelhante ao valor encontrado em controles. Tanto a técnica de micronúcleo como a técnica do cometa mostraram aumento de dano genético nas células de indivíduos com anemia Fanconi. A alta freqüência de micronúcleos parece ser devida a eventos clastogênicos, uma vez que a freqüência de pontes dicêntricas também se encontrava elevada. DISCUSSÃO: As duas técnicas são eficientes na monitoração de eventos mutagênicos em populações expostas ou em indivíduos que apresentam instabilidade genética. A técnica de micronúcleo representa um tempo maior de exposição, enquanto que a técnica do cometa detecta dano momentâneo ao DNA e/ou atividade de reparo. A combinação das duas técnicas é recomendada para monitorar populações cronicamente expostas. Mudanças no estilo de vida podem constituir uma forma importante de prevenir carcinogênese, tanto em indivíduos que apresentam risco aumentado como na população em geral

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