As origens dos trotes são tão antigas quanto à própria universidade. As barbáries cometidas pelos veteranos em seus calouros, por ocasião do ingresso na vida universitária, podem ser observadas desde as primeiras universidades europeias. Esse artigo tem como principal objetivo investigar as determinações históricas do trote universitário e argumentar que, diante da chamada sociedade do espetáculo, o trote encontra, nas novas tecnologias, um espaço bastante profícuo não só para ser divulgado, como também para reforçar o seu recrudescimento. Nessa sociedade, somente as imagens de barbáries mais cruéis, incluindo as dos trotes, é que se destacarão frente às demais e, assim, conquistarão a atenção dos seus consumidores que se tornam ávidos pelo contato com estímulos audiovisuais cada vez mais chocantes e agressivos