Fagundes, Anderson da Silva

Wünsch, Dolores Sanches

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Lume 5.8

FAGUNDES, Anderson da Silva; WÜNSCH, Dolores SanchesContato: anderson.fagundes@outlook.com/ doloressw@terra.com.brTrabalho interprofissional em saúde: reflexões a partir de um estudo com residentes em saúdeIntrodução: Refletir sobre as possibilidades para a materialização do conceito ampliado em saúde em tempos tão adversos se torna um desafio imanente. Desta forma, é basilar aapreensão dos princípios do SUS - universalidade, integralidade e equidade - que se materializam (ou não) no âmbito do trabalho coletivo em saúde. Atenta-se para a esfera dotrabalho interprofissional que diz respeito à forma de como o trabalho, em si, é executado pelas equipes. Trabalhar nesta perspectiva pressupõe compreender a importância decada profissão, considerando suas especificidades para o alcance de um objeto comum; a tomada de decisões é sempre compartilhada, resguardadas as especificidades dasprofissões (PEDUZZI, et al., 2013). Objetivo: Socializar dados de pesquisa realizada em um hospital universitário do sul do país acerca da percepção de profissionais residentessobre processos de trabalho coletivo em saúde. Metodologia: Pesquisa qualitativa, exploratória. Teve participação de dez sujeitos, sendo estes residentes de 8 áreas profissionaisda saúde. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semiestruturada com posterior Análise de Conteúdo (Moraes 1999). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética daInstituição e atendeu os critérios éticos.Resultados: Apontam para a valorização do trabalho interprofissional em saúde e evidenciampotencialidades e desafios. Dentre as possibilidades destacam-se: reconhecimento das necessidadesem saúde, bem como o esforço das equipes em compreender os processos que impactam edeterminam na saúde da população; existência de programas de residência em saúde decomposição multiprofissional; o vínculo profissional das equipes de trabalho e a comunicaçãoefetiva; a educação continuada e permanente; conhecimento de recursos das políticas sociais e dosdireitos sociais. Dentre os desafios destacam-se: falhas na comunicação; falta de reconhecimentoacerca das particularidades profissionais; assistência centrada na clínica médica; falta de recursosinstitucionais (físicos e humanos); alta demanda de trabalho; número elevado de pacientes emcomparação ao número de profissionais. Exemplificamos com as falas ao lado:Considerações finais: A produção do cuidado assistencial através do trabalho interprofissionalqualifica o processo de trabalho coletivo. Reitera-se que trabalho em saúde possui uma dimensãocoletiva e transformadora, que se concretiza através da articulação dos saberes e profissões,possibilitando atender, traduzir, dialogar e encaminhar as questões postas no cotidiano do trabalhofundamentalmente para a materialização da compreensão ampliada de saúde. MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999.PEDUZZI, M. et al. Educação interprofissional: formação de profissionais de saúde para o trabalho em equipecom foco nos usuários. Revista Da Escola de Enfermagem, v. 47, n. 4, p. 973-979, 2013.FAGUNDES, A. S; WÜSCH, D. S. O trabalho do/a assistente social e os processos de trabalho coletivo emsaúde : os fios (in)visíveis que materializam o conceito ampliado de saúde na percepção dos residentes.Trabalho de Conclusão de Residência. HCPA/UFRGS, 2019.

Trabalho interprofissional em saúde : reflexões a partir de um estudo com residentes em saúde

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