Duarte, Maria de Lourdes Custódio

Garcia, Yanka Eslabão

Lima, Juliana da Silva

Silva, Daniela Giotti da

Verginio, Bruna Gottlieb

Portuguese

Lume 5.8

41a SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Clin Biomed Res 2021; 41 (Supl.) 290 Introdução: O câncer de mama é a principal causa de óbitos da população feminina e é uma doença prevalente entre as mulheres com estimativa brasileira para o triênio de 2020-2022 de 625 mil casos novos de câncer/ano. Dessa forma, no ano de 2020, devido à pandemia da COVID-19, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) regulamentou a Resolução Nº 634/2020 para o uso da teleconsulta de enfermagem, a fim de proporcionar a continuidade do cuidado. A enfermagem dispõe de ferramentas, como o Processo de Enfermagem (PE), que tem por finalidade organizar e sistematizar uma assistência segura e integral ao indivíduo, incluindo a relação profissional-paciente-família. Objetivo: observar os resultados de enfermagem, seguindo a taxonomia Nursing Outcomes Classification (NOC) no cuidado às mulheres com câncer de mama. Metodologia: trata-se de um estudo transversal quantitativo realizado de março de 2020 a junho de 2021. Os dados foram coletados após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) sob parecer de número 4.640.165, a partir de um de um formulário digital desenvolvido para as teleconsultas de enfermagem, subsidiado pelo projeto de extensão da UFCSPA intitulado “Sistematização e implantação da consulta de enfermagem para mulheres com câncer de mama”, em atividade desde 2018. Resultados parciais: até o momento foram assistidas 16 mulheres com diagnóstico de câncer de mama, em todos os estágios de tratamento, no projeto de extensão. Realizaram-se 63 teleconsultas, numa média de quatro por paciente. A partir dos diagnósticos de enfermagem elencados, foram descritos os resultados de enfermagem relacionados conforme a classificação padronizada NOC, sendo dez diferentes; os incidentes foram: Autocontrole da Ansiedade (6); Autoestima (6); Comportamento de Manutenção do Peso (9); Enfrentamento (5); Conhecimento: cuidados na doença (10); outros (14). Ademais, nota-se a necessidade do cuidado para além da saúde física, abrangendo também a esfera emocional, psicológica, social e espiritual. Conclusão: observou-se a mudança no estilo de vida das pacientes assistidas nas teleconsultas de enfermagem avaliadas por meio da taxonomia da NOC, uma vez que o cuidado integral e humanizado e a escuta ativa auxiliaram no atendimento de suas demandas, garantindo a efetividade da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE).   1612 DESAFIOS E SUGESTÕES NO CUIDADO ÀS CRIANÇAS COM TRANSTORNOS MENTAIS NA PEDIATRIA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: PERCEPÇÕES DOS ENFERMEIROS CATEGORIA DO TRABALHO: PESQUISA Daniela Giotti da Silva, Bruna Gottlieb Vergínio, Juliana da Silva Lima, Yanka Eslabão Garcia, Maria de Lourdes Custódio Duarte UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE  Introdução: Atualmente, no Brasil, cerca de 13% da população de crianças e adolescentes possuem algum diagnóstico relacionado à saúde mental, muitos deles com tendência de cronicidade. Durante o período da pandemia, vários fatores podem levar as crianças a desenvolverem transtornos mentais, e inclusive, agravar os transtornos prévios. Essas crianças podem ser atendidas em serviços nos diversos níveis de complexidade na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), incluindo a hospitalização em leitos de psiquiatria. Nesse sentido, os leitos psiquiátricos nos hospitais gerais são utilizados quando há o esgotamento dos recursos extra hospitalares, sendo a internação psiquiátrica um recurso terapêutico importante na assistência das crianças em caráter de crise. Objetivo: Analisar os desafios e sugestões dos enfermeiros sobre o cuidado prestado à criança com transtorno mental em uma unidade de internação pediátrica em meio a pandemia de COVID-19. Método: Pesquisa qualitativa do tipo exploratória e descritiva, realizada em uma unidade de internação pediátrica de um hospital universitário. Participaram 13 enfermeiros da referida unidade de internação que atenderam aos critérios de inclusão para o estudo. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas durante o mês de julho, via Google meet, e as informações foram analisadas de acordo com a Análise Temática, proposta por Minayo (2014)4. O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob o número 4.757.539. Resultados parciais: Os enfermeiros relataram que a pandemia da COVID-19 repercutiu no cuidado à criança com transtorno mental e mencionaram fatores dificultadores como a restrição da recreação, estrutura física não adequada às demandas dessas crianças, estigmatização do transtorno mental pelos profissionais, além da diminuição dos rounds multidisciplinares e, consequentemente, o contato com outras equipes, dificultando a comunicação. Em relação às sugestões, os profissionais sugeriram a capacitação na área de saúde mental como uma ação importante e a realocação 41a SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Clin Biomed Res 2021; 41 (Supl.) 291 desses pacientes para unidades especializadas em psiquiatria. Além disso, ressaltaram a importância da empatia e comunicação terapêutica nesse cuidado. Considerações finais: Portanto, os resultados sugerem o repensar das práticas na Enfermagem na unidade pediátrica estudada, contribuindo para um trabalho mais efetivo e integral na saúde mental das crianças com transtornos psiquiátricos internadas.   1648 QUEDAS HOSPITALARES NA PEDIATRIA: ANÁLISE DOS INCIDENTES EM PERÍODO DE PANDEMIA CATEGORIA DO TRABALHO: PESQUISA Michele Nogueira do Amaral, Anelise Leal Pereira Jardim, Gabrielli de Oliveira Lima, Julia Rambo Florentino, Ananda Rosa Borges, Sara Raquel Kuntz, Wiliam Wegner HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL  Introdução: A hospitalização demanda cuidados redobrados à criança por parte dos familiares e da equipe multiprofissional e a pandemia da COVID-19 trouxe mudanças no cotidiano hospitalar, principalmente quanto à permanência de acompanhantes de crianças hospitalizadas. Foi assegurado e estendido o tempo de permanência dos acompanhantes para redução no fluxo de pessoas nas unidades. Partindo deste pressuposto, o evento adverso “queda” na pediatria pode ter reduzido devido o estado vigil e atenção dos acompanhantes. Objetivo: Descrever os incidentes de segurança do tipo queda na pediatria em um hospital universitário de grande porte no sul do Brasil. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, retrospectivo com base nas notificações de quedas em sistema eletrônico, no ano de 2020, em unidades pediátricas de um hospital universitário. É vinculado ao projeto de pesquisa matriz Segurança do Paciente nos Serviços de Atenção Hospitalar à Criança na cidade de Porto Alegre/RS. As variáveis em estudo foram: unidade funcional, tipo de queda, estar acompanhada e grau de dano. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva. Projeto aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa mediante CAAE 45330815.7.0000.5327. Resultados: Houveram 25 notificações de quedas durante o ano de 2020, no ano de 2019 ocorreram 28. Em 2020, apenas em 12% dos casos a criança estava desacompanhada no momento da queda. A presença contínua do acompanhante não reduziu o número de quedas durante a internação hospitalar. As quedas notificadas ocorreram 68% nas unidades de internação pediátrica, 28% na unidade de oncologia pediátrica, 4% na emergência pediátrica e nenhuma na UTIP. Em 68% as quedas foram da própria altura, 16% do colo do acompanhante e 12% do leito/berço. As lesões frequentes: 48% cabeça e/ou rosto, 24% costas e/ou nádegas e 28% sem descrição do local. Conclusão: Na pediatria, as quedas são incidentes que podem ter consequências graves. A identificação das características das quedas com base nas notificações traz elementos para o planejamento dos cuidados de enfermagem e estratégias de prevenção para o cuidado seguro da criança hospitalizada. O período da pandemia trouxe uma falsa impressão de segurança no cuidado à criança com a presença contínua do familiar, o que não se verificou na análise dos dados. A presença familiar não impediu a queda no ambiente hospitalar, porém o fator qualitativo dos cuidados não foi avaliado.   1654 USO DO MÉTODO MÃE CANGURU EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: UM ESTUDO REFLEXIVO CATEGORIA DO TRABALHO: PESQUISA Tábata de Cavatá Souza, Daiane da Rosa Monteiro, Michelle Batista Ferreira, Daiana Weiss e Silva HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE  Introdução: os avanços tecnológicos em neonatologia têm colaborado muito para a diminuição da mortalidade infantil, principalmente dos extremantes prematuros. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, todo ano nascem, no mundo, 20 milhões de prematuros e, destes, mais de um terço não sobrevive. Nas últimas décadas vários países têm adotado o Método Mãe Canguru como estratégia de atenção perinatal, com a intenção da humanização dentro das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Objetivo: realizar um estudo histórico das origens até a implantação no Brasil do Método Mãe Canguru e refletir sobre o uso desta terapia. Método: estudo descritivo, de abordagem qualitativa, na modalidade reflexiva. O estudo pautou-

Desafios e sugestões no cuidado às crianças com transtornos mentais na pediatria durante a pandemia de covid-19 : percepções dos enfermeiros

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Desafios e sugestões no cuidado às crianças com transtornos mentais na pediatria durante a pandemia de covid-19 : percepções dos enfermeiros

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