Atualmente são datadas diversas doenças cujo a incidência dar-se com água como o principal agente causador. Sendo denominadas doenças de veiculação hídrica, exatamente pelo fato da mesma atuar como meio de transporte para a infecção de contaminantes ou microrganismos com disseminação direta. Além disso, a escassez de recursos hídricos pode também ocasionar processos patogênicos, haja vista que a falta de água impede a ocorrência adequada de uma rotina de higiene pessoal, o que torna manipuladores de alimentos, por exemplo, uma fonte de microrganismos patogênicos, ademais, crianças em idade escolar também são alvos bastante evidentes da relação saúde-doença, no que tange as necessidades de higiene pessoal, tendo em vista a falta de discernimento ao levar a mão contaminada a boca, ou manipular inocentemente seus próprios dejetos .Este estudo tem por objetivo, analisar os casos de doenças de transmissão hídrica no Ceará em crianças com idade escolar, especificando sexo, faixa etária e local de notificação. Trata-se de um estudo bibliométrico de caráter descritivo, quantitativo, retrospectivo, do tipo epidemiológico. Os dados de Doenças de Transmissão Hídrica (DTHD) nos anos de 2017 e 2018, foram coletados através do boletim epidemiológico do estado do Ceará no período de setembro e outubro de 2019. Tendo como descritores: Doenças de Transmissão Hídrica; DTHD no Ceará; Epidemiologia da Doenças hídricas em crianças. Os mesmos supracitados foram utilizados nos bancos de dados Scielo, Pubmed, Lilacs e Science Direct. Os resultados levantados, no ano de 2017 foram notificados 32 surtos de DTHD, e no ano de 2018 26 casos, somando 58 casos nos dois anos. Os dados quanto o sexo em ambos os anos, tem-se que crianças do sexo feminino são mais acometidas com doenças cuja a transmissão dar-se através da água, somando 63% dos casos notificados em ambos os anos, ao passo que crianças do sexo masculino apenas 37%. A faixa etária mais acometida pelas doenças é 1 a 4 anos, seguido por 5 a 9 e por fim 10 a 14, corroborando com as referências consultadas que indicam que crianças de fase escolar maternal tem maior susceptibilidade a infecções gastrointestinais vinculadas a água por muitas vezes suas mãos, boca ou locais ontem brincam estarem infectados com microrganismos advindo de seus dejetos, ou contaminações próprias da água que consomem. Os locais de notificação concentram-se respectivamente em: Residências (18), Escolas/Creches (12), Hospitais/UBS (8), determina-se a média anual de surtos com base nas notificações de ocorrências. Deste modo, conclui-se que é válido ressaltar que o conhecimento dessas doenças e forma na qual elas são capazes de afetar a saúde humana de bairros, escolas e até comunidades inteiras, é essencial na resolução da problemática por um todo o local onde a doença foi contraída, e as ações necessárias para a erradicação da mesma e não só isso, mas a prevenção também. Uma vez que, crianças acometidas com DTHD corriqueiramente apresentam sintomatologia simples, muitas vezes não evoluindo de um quadro diarreico e/ou febre. Tornando esse quadro sintomático dificilmente levado em consideração a doença em si, mas diversas outras com sintomatologia semelhante
