CORRELAÇÃO ENTRE O USO DE MACONHA E A ESQUIZOFRENIA

Abstract

A maconha é uma droga muito polêmica que teve seu primeiro registro em 27.000 a.C, oriunda da planta Cannabis sativa que tem origem asiática, crescendo em lugares tropicais e temperados. Utilizada como medicamento em países asiáticos como China e Índia, onde também é usado com fins terapêuticos e em rituais religiosos. Segundo a mitologia a Cannabis era o alimento preferido da deusa Shiva, tendo como princípio, que ao tomar uma bebida ou fumar a substância, a pessoa iria se aproximar da divindade. Na tradição Mahayana do budismo, estima-se que antes de Buda alcançar a iluminação, ficou seis dias comendo apenas uma semente de maconha por dia e nada mais. Como medicamento a planta era usada para curar prisão de ventre, cólicas menstruais, malária e outros. No Brasil, a maconha foi comercializada a partir de 1783 em forma de cânhamo na confecção de velas e cordas de navios. A partir do século XVIII, a planta passou a ser estudada com carácter mais científico, aspecto que resultou em seu grande uso para fins terapêuticos, como no tratamento da asma, tosse ou problemas nervosos. Então no final do século XIX e início do século XX, com a urbanização e problemas sanitários, começou estudos sobre a maconha estabelecendo um controle no seu uso. E com todo esse movimento, nos anos 1960 se deu início ao movimento Hippie, que elevou o número de usuários, atualmente a grandes controversas sobre maconha e seus benefícios e malefícios, sendo em muitos países desenvolvidos a legalização e comercialização desta droga. Entre estes malefícios, acredita-se que o uso contínuo e a longo prazo da maconha acarreta problemas psicológicos como a esquizofrenia. Esse fato se dá devido pesquisas de artigos que evidenciavam que receptores canabióticos foram encontrados no córtex pré-frontal e gânglios de alguns pacientes com a doença, além de apresentarem endocanabinóides no líquor destes. O objetivo do presente artigo foi correlacionar o uso contínuo e à longo prazo da maconha e a psicopatia esquizofrenia. A coleta de dados ocorreu por meio dos bancos de dados PubMed, Scielo e Lilacs. A análise dos achados intercorreu com base na elaboração de resumos após a leitura dos artigos, e a partir disso, a efetivação da revisão bibliográfica de cada artigo. Foram tidos como referências um total de 10 artigos onde 4 seguiram o critério de inclusão abordando a temática do mesmo, houve uma grande dificuldade tendo em vista que há poucos estudos sobre assunto, sendo estes encontrados nos anos de 2003 a 2008. A análise dos resultados obtidos nos leva a observar a presença de componentes da droga abordada em locais do cérebro de pessoas que possuem esquizofrenia. Neste contexto conclui-se que a revisão bibliográfica, possibilita a passagem de informação ao quanto o uso a longo prazo da droga pode ser um fator desencadeador da psicopatia

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