Educação linguística intercultural e decolonial em espanhol: propostas interseccionais

Abstract

Problematizar conhecimentos disciplinares em busca da construção de uma base transdisciplinar é um tema recorrente nas pesquisas em Linguística Aplicada contemporânea. Muitas vezes, o currículo das universidades é engessado, o que contribui para não promover, de fato, uma educação intercultural e decolonial, baseada nas epistemes desses campos de estudos. Neste artigo, será discutido como a educação linguística em língua espanhola pode contribuir para a construção de unidades didáticas que promovam um currículo intercultural e decolonial. Para tal, é analisada, seguindo a metodologia qualitativa-interpretativista, uma proposta avaliativa da disciplina “Educação Linguística Intercultural”, que faz parte do projeto curricular do Curso de Especialização em Multiletramentos na educação linguística e literária em espanhol, ocorrido na Universidade Federal de Sergipe. Os resultados revelam que é fundamental que os(as) professores(as)/graduandos(as) tenham, nas bases de sua formação, discussões transdisciplinares, que levem em conta conhecimentos advindos de outras áreas do saber, de maneira que a diversidade seja um ponto comum e balizador, sendo possível desconstruir os paradigmas monoculturais pelos quais os conhecimentos são construídos. As conclusões apontam que, ao abandonar práticas coloniais, promovendo práticas decoloniais, é possível que os diversos segmentos identitários tenham espaço na escola, através de um viés interseccional, criando comunidades de transformação social

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