Este artigo objetiva analisar o romance O olho mais azul, da autora Toni Morrison, a fim de verificar na obra a representação do belo e as consequências da hegemonização do conceito na vida de uma mulher negra. Por meio de uma revisão de literatura, abordamos, a partir do referido romance, questões como o conceito de estética empregado pela filosofia, análise do belo na obra pela perspectiva dos Estudos Culturais e sobre o olhar de Morrison. O anseio pela escrita se deu a partir da leitura da obra aqui analisada e pela necessidade de discutir mais sobre questões raciais ligadas a estética e a beleza. Para tanto, fundamentamos essa pesquisa em Fanon (2008), Bhabha (1998), Hall (2005) estudiosos dos estudos culturais, Suassuna (2016) e Oliveira (2005) cujas abordagens sobre o tema levam em conta a estética e a filosofia. Nosso objetivo é nos aproximarmos do conceito de beleza construído por Morrison, bem como as motivações da autora na construção desse romance com personagens tão complexos e densos, pensando na perspectiva da opressão sofrida pela personagem em toda a narrativa, levando-a loucura
