Os diferentes usos de ambiente e suas múltiplas correlações com outros termos, a exemplo de meio ambiente, dificultam a elaboração de uma clara e objetiva definição. Assim, este trabalho tem como objetivo apresentar, de maneira exploratória, as definições expostas nos principais dicionários de uso recorrente da língua portuguesa no Brasil, bem como nos sítios on-line dos principais programas de pós-graduação da área de Ciências Ambientais no Brasil, e, por fim, nas obras Epistemologia ambiental, de Enrique Leff, e Ambiente e território, de Marcelo Lopes de Souza, autores que se propõem a realizar uma reflexão crítica sobre os marcos conceituais. Com uso de técnicas quantitativas (nuvem de palavras) e técnicas qualitativas (quadro analítico), seguidas da sistematização das acepções nas obras citadas. Nota-se que os sentidos de ambiente são variados, tanto no cotidiano como nas áreas de conhecimento científico, o que resulta em uma vasta polissemia. Na reflexão dos autores elencados, há apontamentos originais que assinalam para uma forma de estruturar e organizar o pensamento, para se criar um ramo de conhecimento, um campo de saber interdisciplinar através do diálogo entre ciências da natureza e da sociedade, entre diferentes saberes e práticas
