Qual é o lugar da velhice nas cidades? Ao contrário das perspectivas que associam processo de envelhecimento, isolamento e solidão, defendemos que a população idosa deva se apropriar dos mais variados espaços urbanos. Este artigo tem por objetivo analisar os desdobramentos das atividades desenvolvidas em 2014 e 2015, vinculadas ao convênio de estágio entre a Universidade Federal de São Paulo – Baixada Santista e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos, de modo a discuti-las a partir da valorização de uma proposta de intervenção na cidade. Os resultados apontam para a importância do usufruto das atividades culturais na região da Baixada Santista por esta população. As principais atividades desenvolvidas foram: visita aos pontos culturais da cidade de Santos e região a partir da construção de um mapeamento; produção de narrativas de histórias de vida; realização de oficinas de arte; criação de um grupo com o tema “projetos de vida”; realização do evento “café da manhã”. Na contracorrente de uma proposta mais introspeccionista, que privilegia a busca de uma verdade no interior do sujeito, os estagiários foram convidados a colocar em prática um exercício peripatético que considera o laço social no território. Conclui-se que o lugar da velhice é o de pensar e exercitar o seu direito à cidade