Challenges of complementary and alternative medicine in the SUS aiming to health promotion

Abstract

As medicinas tradicional e complementar, além de promoverem a redução dos custos, têm se mostrado eficazes e investido na promoção da saúde e na educação em saúde, contribuindo para evitar que a doença se instale e que suas consequências sejam muito graves. OBJETIVOS: investigar os conhecimentos, opiniões e representações sociais dos gestores e profissionais de saúde sobre essas Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) e identificar as dificuldades e desafios que se apresentaram em sua implantação, utilização e divulgação nos Serviços de Saúde. MÉTODO: a pesquisa foi realizada na zona norte de São Paulo/SP, em uma Unidade Básica de Saúde e em um Ambulatório de Especialidades. Optou-se pela abordagem qualitativa tendo como instrumentos, a análise documental e a entrevista com roteiro pré-estabelecido direcionada aos gestores e aos profissionais de saúde destas unidades. As entrevistas ocorrem entre os meses de julho a agosto de 2010 sendo obtido um total de 35 entrevistas. RESULTADOS: os resultados mostraram que os gestores não estavam preparados para a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, que apenas cinco dos 26 entrevistados conheciam a PNPIC, que ainda prevalece o modelo biomédico nos atendimentos, que o fornecimento de material e aquisição de insumos utilizados em algumas das PIC tem se constituído em grande problema na unidade, que a divulgação das PIC não tem sido suficiente para que profissionais e usuários as conheçam. Nem todos os profissionais que atuavam no Ambulatório de Especialidades onde as PIC têm sido oferecidas têm valorizado essas atividades. As Práticas Integrativas e Complementares não têm ocupado o papel que deveriam e/ou poderiam dentro do SUS para a promoção da saúde. DISCUSSÃO: A saúde, ao deixar de ser centrada na biologia, amplia a forma de pensar as possíveis intervenções em seus problemas. Cada vez mais pesquisadores concentram-se no estudo das PIC. No contexto global, observa-se a crise dos paradigmas da medicina moderna. Apoiada na visão biológica, tal medicina fortaleceu um sistema médico que excluiu os saberes tradicionais; uma prática médica voltada mais para o indivíduo do que para a comunidade; que subestima a promoção da saúde; é tecnicista; e se desenvolveu para a especialização e fragmentação em partes ao invés de olhar o ser humano como um ser integral. CONCLUSÕES: é essencial que o município de São Paulo/SP incentive e crie condições para o oferecimento das PIC em todas as suas unidades, aprimorando sua divulgação e apoiando a inserção de profissionais não médicos, desde que apresentem formação adequada, pois práticas como homeopatia, acupuntura, antroposofia e fitoterapia já são consideradas especialidades médicas. As PIC integradas ao SUS, certamente poderão contribuir, e muito, para a promoção da saúde.The complementary and alternative medicines (CAM) besides promoting the reduction of costs, have also proven to be effective as well as they have invested in health promotion and health education, as a means of preventing the disease to take control and possibly result in serious consequences. OBJECTIVE: to investigate the knowledge, opinions and social representations of managers and health professionals about those practices (CAM) in Public Health System (SUS) as well as to identify the difficulties and challenges that are present in their implementation, use and disclosure in the Health Services. METHODS: the survey was carried out in a Basic Health Unit and Specialty Clinic in the northern area of São Paulo/SP, Brazil. We chose the qualitative approach with its instruments, documentary analysis and interviews based upon pre-established guidelines directed to managers and health professionals of these units. The total of 35 interviews took place between the months of July to August 2010. RESULTS: the results support the thesis that managers are not prepared to implement the National Policy on Complementary and Integrative Practices (NPCIP) inSUS: only five out of the twenty six respondents were aware of the National Policy (NPCIP); the biomedical model sessions still prevails; material supply and acquisition of raw materials used in some of the CAM have become a major issue in the unit; the disclosure of the CAM has not been enough so as to be fully known by professionals and users alike. Furthermore, most of the professionals working in the Specialty Clinic where the CAM has been offered have undervalued those activities. The Complementary and Alternative Medicine have not played the role they should and/or could in the SUS for the Promotion of Health yet. CONCLUSIONS: it is pivotally necessary that the City of São Paulo/SP encourages and creates conditions for taking the CAM into all Health Units, so as to improve, disclose and support the inclusion of non-medical professionals, provided that they have proper training since practices such as Homeopathy, Acupuncture, Anthroposophy and Phytotherapy are already considered as medical specialties. Included in Public Health System (SUS),the Complementary and Alternative Medicine can certainly contribute a lot for the Promotion of Health

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