'UNISINOS - Universidade do Vale do Rio Dos Sinos'
Abstract
Th is article deals with the process of abolishing the transatlantic slave trade in Angola in the fi rst half of the nineteenth century. It breaks down the Angolan slave trade into three macro-regions: Luanda, Benguela, and “northern Angola” (Cabinda and Ambriz). It argues that in order to understand the impact of abolitionism on the ground, scholars need to take into account local conditions, such as the supply of slaves to the coast, the participation of local elites in the business of slaving, and Angola’s close ties to Brazil. Th e article demonstrates that abolitionism policies only became eff ective with the participation of Portugal in the 1840s and the naval operations that ended shipments of slaves from Luanda, the largest slave port in Angola. Th is development signifi cantly increased risks associated with the Angolan slave trade and provided further momentum to the process of spread of shipments of slaves to other parts of the Angolan coast.Key words: Angola, Slave Trade, Abolitionism, Atlantic.Este artigo trata do processo de abolição do tráfico atlântico de escravos em Angola na primeira metade do século XIX. O artigo considera as diferenças e dinâmicas regionais do tráfico em Luanda, Benguela e o chamado “norte de Angola” (Cabinda e Ambriz). Argumenta que para entender o impacto das políticas abolicionistas em Angola, é preciso primeiro analisar questões como o provimento de escravos para a costa angolana, a participação das elites locais no tráfico e os laços estreitos entre Angola e Brasil. O artigo demonstra que as políticas abolicionistas só se tornaram efetivas quando Portugal aderiu à causa abolicionista na década de 1840 e com as operações navais que terminaram com os embarques de escravos em Luanda, o maior porto do tráfico de escravos em Angola. Como consequência do fim do tráfico em Luanda, os riscos associados com o tráfico aumentaram e o tráfico de escravos se tornou ainda mais concentrado em regiões fora do controle Português em Cabinda e Ambriz.Palavras-chave: Angola, Tráfi co de Escravos, Abolicionismo, Atlântico