O retorno da estimulação cerebral na terapêutica dos transtornos neuropsiquiátricos: o papel da estimulação magnética transcraniana na prática clínica

Abstract

Estimulação magnética transcraniana (EMT) é uma nova técnica capaz de estimular o cérebro humano com algumas vantagens sobre as já existentes. A EMT é indolor, não-invasiva, simples de ser aplicada e, mais importante, é considerada de baixo risco para pesquisas em seres humanos. Essa nova ferramenta tem sido proposta para ser usada como tratamento de diversas doenças neurológicas e psiquiátricas. A EMT pode atuar modulando a excitabilidade cortical no cérebro humano. Portanto, essa técnica pode ser usada no tratamento de patologias cerebrais que cursem com alterações de excitabilidade cortical, como epilepsia, acidente vascular cerebral, distonia, doença de Parkinson, depressão e esquizofrenia. Alguns desses transtornos têm sido extensivamente estudados, tal como a depressão, porém os resultados ainda não permitem a aplicação desse método na prática clínica. Entretanto, no futuro, a EMT pode se tornar uma poderosa ferramenta na terapêutica em neuropsiquiatria. O objetivo do autor nesta revisão foi de apresentar os princípios básicos da EMT e discutir os resultados preliminares dos estudos publicados sobre o uso dessa técnica no tratamento das doenças psiquiátricas e neurológicas.Transcranial magnetic stimulation (TMS) is a new technique capable of stimulating the brain with some advantages over existing ones. TMS is painless, non-invasive, simple to apply and, more importantly, it is considered of low risk for research in human. This new tool has been proposed to be used in several neurologic and psychiatric diseases. The mechanism of TMS action might be based on the modulation of cortical brain excitability. Therefore, brain disorders with cortical excitability dysfunction such as epilepsy, stroke, distonia, Parkinson disease, depression and schizophrenia may be benefited from this method. Some of these disorders have been extensively studied during the last decade - such as depression - but the results to date are still not strong enough to prove the real clinical benefit of this technique. TMS is still experimental and more work is needed, but in the future, TMS may become a major therapeutic tool in neuropsychiatry. The objective of the authors in this article is to review the basic principles of TMS and discuss the results of published studies about the clinical applications of TMS

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