Este artigo propõe um estudo de caso da experiência do coletivo de fotógrafas 7Fotografia, a fim de analisar os atravessamentos promovidos pelas questões de gênero envolvidas no projeto e a sua importância na representação de um movimento latino-americano na defesa de territórios feministas e/ou conduzido por e para mulheres. Para isso, acessamos relatos de experiências pessoais das atuais integrantes do coletivo e de outras fontes indiretas, obtidas através de pesquisas acadêmicas, sobretudo a tese de doutorado de Valle (2017) e a dissertação de mestrado de Gamarra (2019). Conceitos como micropolítica (Rolnik, 2016), território (Deleuze e Guattari, 2012), dispositivo (Agamben, 2009) e os estudos sobre coletivos de Paim (2007 e 2012) fundamentam esta análise e reflexão, que nos leva a compreender a importância da dinâmica aberta e horizontal de colaboração dos coletivos como lugar de resistência, enfrentamento e produção de visibilidades para as mulheres latino-americanas, rompendo com a lógica neoliberal e patriarcal que vem há décadas fundamentando o campo político fotográfico
