Entre a euforia e a melancolia: música e suicídio na adolescência

Abstract

Estamos imersos em energia. Tudo é (uma forma de) energia. Qualquer coisa, qualquer ser, quer ao nível do micro quer do macrocosmos, tem uma vibração própria caracterizada por alguma(s) nota(s) ou acorde. A vida em si mesma é movimento gerador de som, logo, a vida é som e, num certo sentido, tudo é música (Pahlen, 1991). Por isso é natural comunicarmos pelo som (Sagan, 1997). Ainda que por entre demasiados ruídos e interferências, numa «sociedade da informação e do conhecimento» apressada e tecnologicamente dependente. Eis aí algumas das causas e consequências de graves problemas que afectam psicologicamente o ser humano. Para alguns sábios da Antiguidade, como Pitágoras, Sócrates ou Platão, se nós conhecessemos o acorde do nosso «ser mais íntimo» – a que aludiram como psyché ou alma – e nos sintonizassemos com o mesmo, rapidamente harmonizaríamos o nosso corpo, bem como o modo como pensamos e sentimos em conformidade com esse ser profundo que nos anima, tornando-nos seres humanos perfeitos (e.g., James, 1993; Stewart, 1996). De facto, uma das nossas maiores dificuldades passa por nos entendermos correctamente e discernirmos o que é música, o que é harmonioso, construtivo e engrandecedor e o que, ao invés, é dissonante, redutor, caótico e, eventualmente, patológico.info:eu-repo/semantics/acceptedVersio

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