Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL)
Abstract
Labia minora elongation is one of the vaginal practices that some Zimbabwean women engage in during the pre-menarche age. This practice has not been thoroughly investigated in Zimbabwe. The objective of this study is to learn about the knowledge, attitudes and perceptions of urban Zimbabwean men towards labia minora elongation. A qualitative study was conducted in Chitungwiza, Harare, in 2012. Thirty-one adult men were interviewed. Data was collected on men’s understanding of the procedure, motivations, its relevance for marriage and sexual life, and its implications on health. The findings demonstrate that labia minora elongation is recognized in Zimbabwe as a practice that enhances the sexual pleasure for both male and female partners, and that there are no perceived harms to women’s health. More research is necessary to better understand the role of labia minora elongation in sexuality and acceptance of HIV/STI barrier methods.O alongamento dos pequenos lábios vaginais (labia minora) é praticado por algumas mulheres zimbabueanas antes de atingirem a fase menstrual. Esta prática não tem sido investigada em profundidade no Zimbábue. O objetivo deste estudo é analisar os conhecimentos, as atitudes e as perceções de homens zimbabueanos residentes em meios urbanos relativamente ao alongamento dos pequenos lábios. Esta análise tem por base um estudo qualitativo realizado em Chitungwiza, Harare, em 2012. Foram entrevistados 31 homens adultos. Foram recolhidos dados sobre a percepção dos homens acerca do procedimento, as motivações, a sua relevância para o casamento e para a vida sexual, e as suas implicações em termos de saúde. Os resultados mostram que o alongamento dos pequenos lábios é reconhecido no Zimbábue como uma prática que aumenta o prazer sexual para ambos os parceiros, e que não prejudica a saúde das mulheres. No entanto serão necessárias mais pesquisas para compreender melhor o papel do alongamento dos pequenos lábios na sexualidade e na aceitação de métodos de prevenção contra o HIV/DST