The phenomenon of violence has always existed in societies, regardless of the historical, cultural and social context. Sexual violence, in turn, is characterized as any action in which a person, in a situation of power, forces another to perform sexual practices, involving physical contact or not. According to records of complaints, children and adolescents are the main targets of this type of violation and young people are responsible for a significant portion of cases of aggression that infringe the sexual dignity of this same group. This article aims to analyze the development contexts of young perpetrators of sexual aggression, the risk factors present in their life trajectory and the categories that represent the reported experiences of violence. To this end, data collected from interviews with young people who were serving sociolegal measures in an institution dedicated to socioeducational care in the State of Pará were used. The four interviews carried out were with young males, between 16 and 19 years old, who grew up in environments where violence was frequent, intense and naturalized. These are young people who, in addition to having been exposed to traumatic experiences in the family and community, had early contact with drug use, as reported. Knowing who they are and how they define violence can be seen as a strategy to bring policies closer to the real demands of this population.El fenómeno de la violencia siempre ha existido en las sociedades, independientemente del contexto histórico, cultural y social. La violencia sexual, a su vez, se caracteriza como toda acción en la que una persona, en situación de poder, obliga a otra a realizar prácticas sexuales, impliquen o no contacto físico. Según registros de denuncias, los niños, niñas y adolescentes son los principales objetivos de este tipo de violaciones y los jóvenes son responsables de una parte importante de los casos de agresión que vulneran la dignidad sexual de este mismo grupo. Este artículo tiene como objetivo analizar los contextos de desarrollo de jóvenes perpetradores de agresión sexual, los factores de riesgo presentes en su trayectoria de vida y las categorías que representan las experiencias de violencia relatadas. Para ello, se utilizaron datos recolectados a partir de entrevistas con jóvenes que cumplían medidas sociojurídicas en una institución dedicada a la atención socioeducativa en el Estado de Pará. Las cuatro entrevistas realizadas fueron con varones jóvenes, entre 16 y 19 años, que crecieron en ambientes donde la violencia era frecuente, intensa y naturalizada. Se trata de jóvenes que, además de haber estado expuestos a experiencias traumáticas en la familia y la comunidad, tuvieron un contacto temprano con el consumo de drogas, según lo informado. Saber quiénes son y cómo definen la violencia puede verse como una estrategia para acercar las políticas a las demandas reales de esta población.O fenômeno da violência sempre existiu nas sociedades, independente do contexto histórico, cultural e social. A violência sexual, por sua vez, é caracterizada como toda ação em que uma pessoa, em situação de poder, obriga outra a realizar práticas sexuais, envolvendo contato físico ou não. Conforme registros de denúncias, crianças e adolescentes são os principais alvos deste tipo de violação e jovens são responsáveis por parcela significativa de casos de agressão que infringem a dignidade sexual deste mesmo grupo. O presente artigo objetiva analisar os contextos de desenvolvimento de jovens autores de agressão sexual, os fatores de risco presentes na sua trajetória de vida e as categorias que representam as experiências de violência relatadas. Para tanto, utilizaram-se dados coletados a partir de entrevistas com jovens que cumpriam medida sociojurídica em uma instituição voltada ao atendimento socioeducativo, no Estado do Pará. As quatro entrevistas realizadas foram com jovens do sexo masculino, entre 16 e 19 anos, que cresceram em ambientes onde a violência era frequente, intensa e naturalizada. São jovens que, além de terem sido expostos a experiências traumáticas na família e na comunidade, tiveram contato precoce com uso de drogas, como relatado. Conhecer quem eles são e como definem violência pode ser visto como uma estratégia para aproximar as políticas das demandas reais dessa população.
