Estimulaçao cardíaca artificial permanente em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca

Abstract

Desde 1974, cinqüenta pacientes submetidos a cirurgia cardíaca (CC) implantaram um marcapasso cardíaco artificial permanente (MP). A cardiopatia que motivou o implante era congênita em 12 e adquirida em 38 pacientes (valvar em 20, isquêmica em 15, miocardiopática em 3) e a arritmia que motivou o implante do MP foi diagnosticada no pré-operatório em 7, decorreu de trauma cirúrgico em 23 e manifestou-se tardiamente em 20. A técnica de implante do MP foi a transvenosa em 27 e a transtorácica em 23 pacientes. Originalmente foi utilizada a estimulaçao ventricular de demanda em 47 procedimentos e 3 pacientes implantaram MP atrioventricular seqüencial. Nao ocorreram óbitos durante o implante de MP simultâneo (n =13) ou posterior (n =37) a CC, mas posteriormente 5 pacientes faleceram, sendo 4 por insuficiência cardíaca congestiva e um de arritmia ventricular (mortalidade tardia de 10%). Um paciente requereu um marcapasso DDD devido à síndrome do seio carotídeo que nao respondeu à estimulaçao VVI, e outro por insuficiência cardíaca. Diversas intervençoes foram necessárias durante o seguimento tardio, incluindo-se nova CC, reprogramaçao ou reimplante de MP, mas os pacientes sobreviventes estao em condiçoes clínicas satisfatórias. O implante de MP é recurso útil para aumentar a sobrevida de pacientes submetidos a CC e que apresentem bradicardia sintomática. Acompanhamento pós-operatório criterioso é necessário para obtençao de resultados satisfatórios e versatilidade é esperada do marcapassista, pois cada paciente apresenta características anatômicas e hemo dinâmicas peculiares

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