Depto. de Antropología Social y Psicología SocialFac. de Ciencias Políticas y SociologíaFALSEpu

Fidalgo Castro, Alberto

Docta Complutense

Maqueta Uma Lulik_215x285_segunda parte_diciembre_Maquetación 1  14/08/2014  8:41  Página 164165O CONCEITO DE TRADIÇÃO APLICADO AOS MATERIAISUma das principais considerações para entendermos a arquitectura das casassagradas é o tipo de materiais e a forma como são utilizados no processo deconstrução da uma lulik. Mas tão relevante como as qualidades físicas dosmateriais empregados é o mecanismo ou processo de ritualização através do qualse lhes outorga significados específicos que convertem estes materiais em aptospara serem utilizados. Noutras palavras, os materiais devem reunir osrequerimentos técnicos e formais necessários, mas também uma caracterizaçãosimbólica especial que prove a sua idoneidade para um uso lulik. Esta especial caracterização semântica dos materiais tem duas fontes. Por um lado,pode derivar de procedimentos cerimoniais, através dos quais se transfere aqualidade de idoneidade ao material para ser utilizado na construção da casasagrada. Por exemplo, um tipo de árvore cuja madeira vai ser usada, adquireatravés da acção ritual esta natureza especial de que previamente carece. Por outrolado, esta propriedade pode estar implícita e ser característica per se no materiala utilizar. É o caso de algumas árvores, que não precisam adquirir condição deidoneidade porque possuem esta previamente: quer pelas propriedades simbólicasque se lhe atribuem, quer pelo uso da sua madeira que é reconhecido como umaherança dos antepassados, etc. São materiais e processos de construção de carácter tradicional, entendendosempre este termo de um ponto de vista emic, isto é, aquilo que a própria genteconsidera como tal. O conceito de materiais tradicionais refere-se a priori àquelesque se utilizaram na construção de uma casa no tempo dos antepassados, quelhes outorga na actualidade a condição emic de materiais legítimos e apropriadospara a reconstrução da uma lulik. Na praxe social, este uso pode remontar a umaou duas gerações ou pode ter uma trajectória temporária de séculos. O importanteé o reconhecimento social e a atribuição cultural de antiguidade e permanência. Efectivamente, a maneira como os materiais se obtêm e manipulam e as técnicasconstrutivas associadas à construção da casa são complexas. Implicam em muitosdos casos a realização implícita de cerimónias que apenas os especialistastradicionais conhecem em profundidade. Neste sentido, é possível que em temposhistóricos o ofício de construtor (badaen) tenha sido exclusivo de algumas famíliasCAPÍTULO 9OS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOPág. 164. Fig. 162. Construindo a uma lulik.Preparando a porta. Uma lulik Mane Hitu, sucoMau-NunoMaqueta Uma Lulik_215x285_segunda parte_diciembre_Maquetación 1  14/08/2014  8:41  Página 165166Património cultural de Timor-Leste | As uma lulik no distrito de Ainaroou linhagens devido à alta especialização que deriva do saber técnicoexperiente e dos conhecimentos rituais que requer a construção de uma umalulik, tal e como sugere Barros Duarte (1975:2).Por este motivo, o conceito de tradição não pode ser reduzido exclusivamentea simples técnicas e materiais de construção. Implica também procedimentosrituais em cada fase do processo técnico e na manipulação destes. Noutraspalavras, o carácter tradicional está no tipo de material, mas também nautilização que dele se faz e se encontra, antes de mais, no significado ritual quese lhe atribui enquanto é material já utilizado pelos antepassados ou tambémmaterial objecto de procedimento ritual. Na construção da uma lulik não podem ser utilizados materiais metálicosconsiderados tabu devido à aplicação de códigos tradicionais transmitidos deuma geração a outra e relacionados com crenças mítico-religiosas. Nos temposactuais, admitem-se algumas excepções em partes secundárias da casa, comomais adiante explicamos. Como já assinalava Duarte anos atrás (Barros, 1975),todos os elementos empregados são de origem vegetal, não se podendo utilizarelementos de pedra, barro, cal, cimento nem outros similares.Por tudo isto, a expressão habitual tuir abó bei’ala sira (continuar o modo comoo faziam os antepassados), é um indicador da força outorgada à tradição comovector ou guia na construção da uma lulik, assinalando o tipo de materiais autilizar, as técnicas a seguir e as sequências cerimoniais que têm de serobservadas em cada fase do processo.Por outro lado, a cosmovisão local outorga um lugar privilegiado e central àfloresta, às plantas e às árvores —posição expressada em mitos, narraçõespopulares e em todo o tipo de crenças derivadas da religião gentil—. Istoencontra a sua comparação na forma particular de construir as uma lulikexclusivamente com elementos do mundo vegetal. Do ponto de vista da lógicacultural, o tipo de materiais utilizado guarda plena coerência com a visãocultural da Natureza. TIPOS DE MATERIAISOs materiais que se utilizam para a construção das uma lulik variamdependendo das zonas de Ainaro, caracterizadas por vários tipos de florestatal e como explicamos neste capítulo. 1. O tipo de recursos florestais de cada lugar condiciona os materiaissusceptíveis de serem utilizados, o que explica as diferenças que encontramos. Agruparemos os materiais empregados em três categorias: materiais utilizadosnas estruturas de sustentação (pilares, colunas, vigas e elementos similares),nas estruturas de cobertura (chão, paredes e telhado) e materiais utilizadoscomo elementos de fixação e união de partes (por exemplo, cordas vegetais esimilares). Materiais utilizados nas estruturas de sustentaçãoNa zona norte encontramos a utilização de troncos de árvores como o ai-ru(eucalyptus urophylla)1 para aqueles elementos estruturais maiores que formama estrutura ou armação básica de sustentação (pilares, colunas e traves). Nosul, no entanto, além da utilização desse mesmo tipo de madeira, tambémencontramos o uso de troncos de ai-teca (tectona grandis) e outras madeirasrobustas, como por exemplo o ai-bubur (eucalyptus alba).Maqueta Uma Lulik_215x285_segunda parte_diciembre_Maquetación 1  14/08/2014  8:41  Página 166167Pág. 166. Fig. 163. Palmeira chamada ai-tali,com cujos ramos (tali-sanak) se constroem asparedes em muitas uma lulik do Centro e Sul deAinaro. Suco CassaPág. 166. Fig. 164. Pranchas de tali-sanak, emsuco CassaPág. 166. Fig. 165. Pranchas de tali-sanakutilizadas na varanda da uma lulik Mane Hitu emsuco Mau-NunoFigs. 166 e 167. Revestimento da base dospilares da uma lulik Bere Dato com a fibra dapalma arenga pinnata (tali metan), detalhe evista geralA armação ou esqueleto do telhado é constituída por uma base de troncos finoschamados ai-lua em mambae e ai-tuar em tetun. Estão dispostos vertical eradialmente desde a parte superior —onde está o uma kakuluk— até à parteinferior, unidos transversalmente por vários níveis de anéis formados porelementos vegetais flexíveis mais resistentes (determinado tipo de ramos, troncosfinos, em alguns casos bambu, etc.), os quais permitem fixar e unir a estruturaradial que formam os ai-lua. Estes trocos radiais costumam ser de ai-ru ou deoutras espécies similares. Materiais utilizados nas estruturas de coberturaTanto o chão como as paredes na maioria das uma lulik, estão feitos com pranchasde madeira (denominados ai-kabelak em tetun e ai-raka em mambae), fabricadasquer com o mesmo tipo de árvores antes mencionadas, quer com outros decaracterísticas parecidas. No entanto, com alguma frequência podemos encontrarchãos e paredes que, em vez de serem de madeira, constroem-se com materiaisvegetais mais ligeiros e menos sólidos. Também há ocasiões em que se preparamcom pranchas unidas de bambu que recebem a denominação de hadak. Tambémpodemos encontrar paredes levantadas com ramos de alguns tipos de palma comoo ai-tali (borassus flabellifer ou corypha utan) e que se chamam tali-sanak. Oprimeiro tipo é feito com hadak, e encontramo-lo de maneira mais habitual naszonas do norte de Ainaro, enquanto o segundo tipo é construído com tali-sanake é mais comum no sul. A utilização de um ou outro tipo de material tambémdepende do chão da casa: o primeiro é mais habitual naquelas que têm sidoreconstruídas com carácter definitivo, enquanto o segundo costuma estar maisassociado a casas que têm carácter provisório ou como solução transitória à faltade recursos.Com respeito à cobertura do telhado encontramos dois tipos básicos. O primeiroconsiste na utilização de forragem (capim) para cobrir a casa e é o que maiorpresença quantitativa tem entre as uma lulik do distrito. Utiliza-sesistematicamente nos subdistritos de Maubisse, Hatubuilico e Ainaro; maisocasionalmente utiliza-se em Hatu-Udo, onde coexistirá com o segundo tipo dematerial de cobertura utilizado: a folha de palmeira, que tem uma presençarelevante neste último subdistrito. Maqueta Uma Lulik_215x285_segunda parte_diciembre_Maquetación 1  14/08/2014  8:42  Página 167168Património cultural de Timor-Leste | As uma lulik no distrito de AinaroFig. 170. Fibra da palma arenga pinnata (talimetan) utilizada A) como corda, B) comorevestimento da parte superior da abóbada.Detalhe das cunhas de bambú como elemento defixaçãoA forragem utilizada para cobrir os tectos, por sua vez pode ser de duas classes. Porum lado a imperata cilíndrica (nalka em mambae e duut manu-lai em tetun) e, poroutra, um tipo de erva conhecida em língua mambae como lilaun. A nalka considera-se preferente, enquanto a lilaun é de uso relativamente recente, devido à dificuldadede obtenção de nalka nos tempos actuais, mais escassa e solicitada do que a anterior.Para colocar o capim sobre o telhado, dispõe-se previamente em feixes atadosque recebem o nome de boan em mambae. Posteriormente os boan sãocolocados em filas de várias capas superpostas sobre a coberta, encaixando umasfilas com as outras como se fossem telhas. A capa formada pelos boan tem umagrossura variável entre 25 e 40 cm. É de interesse reparar nas qualidades técnicas que oferece este tipo de coberta.Por um lado, a forma em que se dispõe o capim para fazer os boan e o sistemade capas e de colocação, constitui umaperfeita e natural solução paraimpermeabilizar e isolar o interior,capaz de suportar fortes e prolongadaschuvas sem filtrar água. Surpreendeque materiais modernos em expansãocomo o zinco, provoquem maisgoteiras que este sistema tradicional.Por outro lado, a coberta de capim —ou de folhas de palma em algumasuma lulik de Hatu-Udo—, possui umavirtude termo-reguladora; mantém ocalor no interior quando faz frio e nosmomentos de altas temperaturasoferece uma atmosfera fresca. Porúltimo, pese a que os boan formamuma densa coberta, não impedem quese filtre a fumaça que provoca o lumeque se acende para cozinhar ou paraaquecer o interior (fig. 57). Fig. 168. Materiais de cobertura: arenga pinnata(tali metan), imperata cilíndrica (duut manu-lai) elilaun (em mabae)Fig. 169. Fibra da palma arenga pinnata (talimetan) depois de ser recolhida, antes de sertratada e utilizadaMaqueta Uma Lulik_215x285_segunda parte_diciembre_Maquetación 1  14/08/2014  8:42  Página 168169As fibras trançadas da palma arenga pinnata (tua metan ou tali metan em tetun,munsi em bunak e nou hula metan em mambae), são muito utilizadas emdiversas partes da casa. Usam-se como corda para unir elementos, mas tambémcomo material isolante. Encontrá-la-emos, por exemplo, no fechamento dotelhado, no uma kakuluk (fig. 170). Também em muitas casas aparece rodeandoa base do próprio pino apical de madeira com que o telhado remata. Assimmesmo, é habitual cobrir a parte superior da palha do tecto com este mesmomaterial e utilizar bambu cortado em cunha para o sujeitar e para o manter firmesobre o capim. Também se usa, em ocasiões, frisado entrecada uma das capas de capim que cobrem o tecto, aindaque isto seja menos comum, pela dificuldade em obter aquantidade necessária do mesmo. A utilização deste materialé muito valorizada entre a população local porque tem acapacidade de impermeabilizar melhor o tecto da casa,fazendo com que a duração da cobertura se prolongue pormais anos ao evitar a entrada de água através do capim,impedindo que este apodreça. Ocasionalmente, também seutiliza este material como revestimento da base dos pilaresem contacto com o solo para prolongar a sua durabilidade(figs. 166 e 167).Materiais utilizados como elementos de fixação e uniãoUm aspecto importante das uma lulik é que o uso de pregosou de materiais modernos para unir as partes, para encaixarcolunas e pilares ou para fixar elementos, considera-seproibido ou tabu, como dantes assinalamos. Assume-se aobrigação de construir a uma lulik do mesmo modo em queera construída pelos antepassados (tuir abó bei’ala sira). Noentanto e apesar desta proibição explícita, não é estranhoencontrar o uso de pregos em algumas partes da casa,sobretudo, naquelas que não são estruturais, em lugarespouco visíveis, etc. Costuma legitimar-se a sua utilizaçãoalegando a escassa importância que tem a peça onde ospregos se usam.Fig. 171. Exemplos de betun (mambae) ou ai-larás (tetun). Uma lulik Mane HitoFig. 172. Exemplos de betun (mambae) ou ai-larás (tetun). Se apreciam também os kubis, katare tali metan. BiluhaMaqueta Uma Lulik_215x285_segunda parte_diciembre_Maquetación 1  14/08/2014  8:42  Página 169170Património cultural de Timor-Leste | As uma lulik no distrito de AinaroPor conseguinte, como regra geral, os elementos modernos descartam-se como fixadores das partes importantes da casa. A solução tradicionalpara resolver a necessidade de contar com elementos e técnicas queunam e fixem as partes, é dupla: A) Na fixação e união de pilares e colunas (de elementos verticais etransversais em geral), recorre-se à técnica mais universal e antiga emcarpintaria: por junção ou encaixando um elemento sobre outro, comose fosse um taco que penetra numa concavidade, ficando ambos oselementos unidos e imobilizados por pressão. Dita técnica podeapreciar-se, geralmente, nos suri-manu e varandas. B) A segunda modalidade consiste em atar os dois elementos que sedesejam unir e imobilizar. Para isso recorre-se a fibras vegetais.Entre as fibras vegetais utilizadas como cordas, as mais conhecidas sãoas fibras trançadas de arenga pinnata ou nou hula metan em mambae(tua metan ou tali metan em tetun), que referimos mais acima. Por outro lado, a armação do telhado forma-se a partir de uma base detroncos dispostos radialmente (chamados ai-lua em mambae ou ai-tuarem tetun), fixados por vários anéis transversais. Sobre esta estruturadispõe-se uma malha ou retícula de ripas que chega à cobrir por inteiro,geralmente realizada em bambu ou com finos e flexíveis ramos querecebem o nome tetun de betun e ai-larás (betun é bambu e ai-larás ésão as ripas feitas em bambu).2O capim coloca-se sobre esta malha reticular que forma os betun, masdeve ser atado para que o vento não o levante, para isso utilizam-sefinas lâminas de bambu como se fosse uma corda, que pelo menos nosubdistrito de Maubisse, se conhecem com o nome de kubis (emmambae). Finalmente, os betun que formam a retícula atam-se aos ai-lua (os eixos radiais) com um tipo de cipó vegetal mais resistente,chamada katar em mambae. Com certa frequência, esta trepadeira oukatar, é feita dos ramos tenros e sem abrir (tahan dubun) da palmeiraconhecida como ai-tali. A qualidade resistente do katar—pode chegara conservar-se útil toda a vida da uma lulik— permite que se utilizetambém para prender ou atar as diferentes madeiras que formam aprópria armação.Um último elemento de fixação, muito característico pela suavisibilidade nos uma-kakuluk, são as cunhas de bambu anteriormentemencionadas, que têm por função fixar as fibras de arenga pinnata (nouhula metan), actuando como se fossem forquetas ou alfinetes.Visualmente desde o exterior apreciam-se uma espécie de anéisformados por pequenas peças circulares, que rodeiam a parte superiore exterior do telhado. Os profanos podem confundi-los com um motivomeramente ornamental. Os pedaços de bambu cortam-se em formade estilete, deixando o nó da planta como cabeça, sendo esta parte aque sobressai enquanto a ponta penetra na fibra, prendida ao capim eà retícula do telhado. PROVISIONALIDADE E TIPO DE MATERIAISConstruir uma casa, segundo os convencionalismos da tradição, requeruma ampla mobilização de força de trabalho e uma grande quantidadeMaqueta Uma Lulik_215x285_segunda parte_diciembre_Maquetación 1  14/08/2014  8:42  Página 170171Património cultural de Timor-Leste | As uma lulik no distrito de AinaroPág. 170. Fig. 173. Como reforço para imobilizar e sujeitar mais a coberta nasua parte inferior ao pivô em que remata o sabaribi é costume atar váriascordas chamadas heleir kud em mambae; consistem num trançado complexode fibras da palma (tua metan ou tali metan, em tetun). Uma lulik BiluhaPág. 170. Fig. 174. Tipos de corda. Kubis e exemplo de aproveitamento dokatar, também chamado tali katar metan. Uma lulik Maun TeulPág. 170. Fig. 175. Fibras trançadas de arenga pinnata (tua metan ou talimetan) utilizadas como corda. Uma lulik Koli TaraFig. 176. Fibras trançadas de arenga pinnata utilizadas como corda. Uma lulikMane HitoFig. 177. Detalhe das cordas de arenga pinnata e detalhe dos kubis,consistentes em finas lâminas de bambu a modo de corda para fixar as ripasFig. 178. Detalhe da utilização do tali metan. Repare-se também na utilizaçãoda folha de palmeira como cobertura do telhado, habitual em algumas umalulik do Sul de AinaroPág. 172. Fig. 179. Arenga pinnata (tali metan) sobre o capim da coberta, nauma lulik Fad TutoPág. 173. Fig. 180. Construindo a porta da uma lulik. Uma lulik Mane Hitu,suco Mau-Nunode recursos económicos. O esforço e o custo não sócompetem à uma lisan, mas indirectamente também àsdemais casas com as que esta mantém relações de parentesco(umane-fetosaa). A actual precariedade económica de muitasfamílias, somadas à vertiginosa mudança social que debilita asrelações sociais inter-familiares e, consequentemente, asobrigações tradicionais recíprocas, provocam que areconstrução de casas sagradas seja cada vez mais uma tarefamuito difícil. Por este motivo, com frequência encontramos uma adat, emocasiões muito modestas, que às vezes funcionam como umalulik provisórias e nas quais se utilizam materiais maisrudimentares em partes como o chão e as paredes. Igualmenteencontramos algumas casas sagradas onde provisionalmentese utilizam estes materiais mais modestos. Por exemplo, ascustosas madeiras utilizadas para o chão e as paredes, degrande valor e escassez, costumam ser substituídas pormateriais mais fáceis de conseguir, como as pranchas debambu às que fazíamos menção (hadak) ou os ramos de ai-tali (tali sanak).A casuística particular dos materiais utilizados na construçãodas uma lulik é muito ampla, pelo qual neste capítulo só seapresentou uma aproximação aos materiais maisrepresentativos e que se utilizam com maior frequência. Maqueta Uma Lulik_215x285_segunda parte_diciembre_Maquetación 1  14/08/2014  8:42  Página 171172Património cultural de Timor-Leste | As uma lulik no distrito de AinaroMaqueta Uma Lulik_215x285_segunda parte_diciembre_Maquetación 1  14/08/2014  8:42  Página 172173Património cultural de Timor-Leste | As uma lulik no distrito de AinaroMaqueta Uma Lulik_215x285_segunda parte_diciembre_Maquetación 1  14/08/2014  8:42  Página 173

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