Arritmias no idoso: avaliaçao através da eletrocardiografia dinâmica de 24 horas

Abstract

Alteraçoes do ritmo cardíaco podem ser encontradas normalmente em indivíduos saudáveis; o avançar da idade, entretanto, aumenta sua prevalência. Para identificar a freqüência de arritmias em idosos sadios e naqueles portadores de doenças cardiovasculares, foram analisados os resultados dos exames de Eletrocardiografia Dinâmica de 24 horas realizados em 288 indivíduos, sendo 159 (55,2%) do sexo feminino e 129 (44,8%) do sexo masculino, com idade mínima de 60 anos (máxima de 97 e média de 70 anos). Tais pacientes foram divididos em seis grupos, de acordo com os seus diagnósticos: 1) sem cardiopatia aparente, 2) com hipertensao arterial sistêmica, 3) com doença arterial coronária, 4) com prolapso de valva mitral, 5) com miocardiopatias e 6) com valvulopatias. As arritmias supraventriculares estiveram presentes em 55,6% dos pacientes estudados (extrassístoles em 38%, taquicardia atrial em 8,7% e ritmos ectópicos em 4,9%) e as arritmias ventriculares ocorreram em 31 % (extrassístoles em 29,6% e taquicardia nao-sustentada em 1,4%). Bradiarritmias foram registradas em 6,9% dos casos. Dos 191 que apresentaram arritmias, 67,5% nao relatavam quaisquer sintomas, enquanto que dos 32,5% que os referiram, em apenas 3,2% os mesmos estavam associados às arritmias. Os resultados do estudo confirmaram que as alteraçoes do ritmo cardíaco no idoso sao comuns e freqüentemente assintomáticas, nao havendo diferença significativa em relaçao à presença ou nao de doença cardiovascular

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