O processo de envelhecimento compreende diversas perdas a nível biopsicossocial, que poderão contribuir para o aumento do isolamento social dos idosos. Por isso, esta problemática tem merecido a atenção de diversos autores, sendo considerado um problema de saúde pública. O presente estudo, quantitativo do tipo descritivo- correlacional objetivou: analisar a confiabilidade interobservadores da Escala de Isolamento Social, analisar a relação entre o isolamento social e a satisfação com as redes de suporte social, caracterizar o isolamento social das pessoas idosas a residir na comunidade e analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas, o isolamento social e a satisfação com as redes de suporte social. A recolha dos dados foi realizada através do Mini-Cog, do questionário sociodemográfico, da Escala de Isolamento Social e da Escala de Satisfação com o Suporte Social. A amostra é constituída por 250 indivíduos (170 mulheres e 80 homens), com idades compreendidas entre os 65 e os 93 anos. Na análise estatística foram utilizados testes não-paramétricos e o nível de significância foi de p < 0,05, através do programa IBM SPSS Statistics, versão 26. A confiabilidade interobservadores foi avaliada pelo Coeficiente Kappa de Cohen (k). Os resultados indicam que, (i) a Escala de Isolamento Social apresenta uma concordância quase perfeita entre os observadores, (ii) são vários os fatores protetores de isolamento social, nomeadamente, ser casado, maior escolaridade, situação económica favorável e suporte social adequado, e (iii) há uma correlação negativa entre o isolamento social e a satisfação com as redes de suporte social familiar e dos amigos. Conclui-se que, a Escala de Isolamento Social apresentou valores de confiabilidade interavaliadores excelentes. O menor risco de isolamento social relaciona-se com uma maior satisfação com o suporte social. Deste modo, promover uma rede de suporte adequada para as pessoas idosas pode representar uma das estratégias de prevenção do isolamento social
