ESCUDER, J. C.

LIMA, M. de A.

RODRIGUES MEDINA, A.

RODRIGUEZ, N. M.

SIMÃO NETO, M.

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ESTUDOS EM PASTAGENS NATIVAS EM ÃREA DE CER,RA-DO USANDO NOVILHOS COM FISTULA ESOFAGICA 11.DIS-PONIBILIDADE E SELETIVIDADE BOTANICAMiguel Simão NetoJorge Cesar EscuderNorberto Mario RodriguezMario de Almeida LimaAntonio Rodríguez MedinaObjetivo: Determinar a disponibilidade de forragem e composição botâ-nica da dieta selecionada por novilhos mestiços. fistulados no esofago. paste-jando área de cerrado tfpica da região Centro-oeste de Minas Gerais. duranteum perfodo de um ano (março. de 1975 a fevereiro de 1976).Material e métodos: Foram utilizados 21 novilhos sendo 5 deles fistula-dos no esôfago e colocados na pastagem sob um sistema de carga fixa(0,5!ha). A disponibilidade da forragem foi determinada mensalmente pelométodo de Campbell e Arnold (1973) no qual 3 observadores faziam a esti-mativa visual do peso da massa verde contida em um quadrado de metal de1 m2 lançado ao acaso. Após cada estimativa visual o material era cortado epesado. Foram efetuadas 40 estimativas com cortes de 50 em 50 metros emais 60 estimativas sem cortes. Calculadas as equações de regressão paraobservador e comparadas estatisticamente, foi formulada uma única equaçãoa partir da qual foram calculados os pesos das 60 estimativas sem cortes.A composição botânica da forragem disponivel foi calculada a partir daseparação e pesagem da espécie e/ou grupos de espécies. As amostras das fís·tualas esofágicas. eram colhidas mensalmente, durante cinco dias, dos cincoanimais fistulados. A composição botânica da dieta foi determinada pela téc-nica microscopica de Harker &Cols (1964). Considerando o número excessivode arbusto e ervas nas amostras e a dificuldade em separa-Ios individualmentee identifica-I os através de uma lupa. estas espécies foram agrupadas em umúnico grupo denominado arbustos e ervas (A e E).254Resultados: A composição botânica da área mudou com o transcurso:dos mesesgrama Batataiscapim Jaraguámínimomáximomínimomáximomínimomáximomínimomáximo17 kg/ha em setembro:580 kg/ha em janeiro220 kg/ha em agosto1.200 kg/ha em março1 kg/ha em outu bro50 kg/ha em abril jul1 kg/ha em outu bro110 kg/ha em fevereiro349 kg/ha em setembro1.420 kg/ha em marçomínimomáximocapim Gorduraleguminosasarbusto e ervasAs percentagens mensais de cada espécie ou grupo de espécies botânicasna dieta (D) no pasto (P) são representadas no quadro abaixo:Batatais Gordura Jaraguá Leg. AeEP D P D P D P D P Dmar 13,4 33,1 39,2 27,8 - 30,6 0,9 4,9 46,5 3,6abr 10,9 40,5 55,4 -34,1 2,8 18,8 1,0 1,2 29,8 5,4mai 19,8 59,6 57,6 28,0 7,1 1,4 1,3 21,0 4,0jun 5,3 45,4 42,6 33,3 1,0 7,1 3,8 0,8 47,3 13,4jul 4,2 38,2 31,8 35,7 2,4 6,2 2,8 58,8 19,9ago 3,1 23,7 34,4 28,5 1,9 1,7 1,0 0,6 59,6 45,5set 2,8 21,3 38,0 12,8 1,5 1,7 0,7 0,5 57,0 63,8oct 8,2 74,8 31,8 17,1 0,1 2,3 0,1 0,2 59,8 5,5nov 19,1 81,8 38,6 11,0 0,8 1,2 5,6 1,7 35,9 4,3dez 23,3 80,3 41,3 11,9 -2,1 1,5 4,2 2,1 29,1 4,1jan 28,9 72,5 33,5 18,2 1,0 1,7 4,2 2,9 32,4 4,6fev 25,5 76,5 36,8 14,0 0,1 1,8 5,3 3,5 32,3 4,01. - Novilhos mestiços pastejando numa área de cerrado selecionaramespécies vegetais em proporções diferentes daquelas existentes na pastagem.2. - Evidenciou-se alto grau de seletividade pela grama. Batatais, cujopercentagem na dieta foi estatisticamente superior ao do pasto (P ~ 0,01)constituindo-se em suporte forrageiro bastante eficiente.3. - O capim Gordura, mais disponivel na pastagem que a grama Bata-tais, não foi muito preferido pelos animais, aparecendo sempre com uma per-centagem menor na dieta que no pasto (P< 0,01).4. - Também houve preferência pelo capim Jaraguá, mas sua disponibi-lidade no pasto era muito baixa.5. - A percentagem de leguminosas foi estatisticamente superior(P<0,01), no pasto com exceção do mês de março.2556. - Os arbustos e ervas contribuiram com proporções importantes àdieta principalmente nos meses de seca quando as gram(neas começavam adeclinar, alcançando sua máxima participação em agosto e setembro.256

Estudos em pastagens nativas em área de cerrado usando novilhos com fístula esofagica II. Disponibilidade e seletividade botânica.

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