DUARTE, O. R.

NOGUEIRA FILHO, G. C.

Infoteca-e

Frutiferas no pomar domestico € magpa 1998 | pl pd | MEMES) 7 (DT CPAF-RR-3371-1 Ano IV — Nº01 Centro de Pesquisa Agroflorestal de Roraima maio, 1998 Frutíferas no pomar doméstico e como opção no paisagismo urbano de Boa Vista nal em Boa Vista, isto tem levado à ocupação cada vez maior das áreas da periferia urbana e muitas vezes a degradação da vegetação junto aos seus igarapés e outras fontes d'água., resultando em tempe- raturas mais elevadas, assoreamento de cursos d'água; em suma: degradação ambiental e consequente redução da qualidade de vida da população. Res tem sua grande concentração populacio-      Por outro lado, a capital apresenta um relativo isolamento das demais regiões produtoras do país, o que dificulta ter no mercado uma abundante variedades de frutos; e quando os tem o custo do transporte e a especulação econômica torna esses produtos inacessií- veis à grande maioria da população. É inegável a importância dos frutos e verduras na complementação alimentar principalmente como for- necedores de vitaminas e sais minerais, que desempe- nham papel fundamental no nosso metabolismo, espe- cialmente na defesa contra doenças. Por essas razões, incentiva-se o uso do pomar doméstico como forma de amenizar as carências alimentares da população de bai- xa renda. Frutiferas como manga, caju, açaí e outras tam- bém tem sido bastante utilizadas no paisagismo urbano, visando melhorar as condições de vida da população, fornecendo sombra, auxiliando na redução das tempera- turas e diminuindo o estresse visual dos meios urbanos, produzindo festa para os olhos em que se constituem parques, praças e vias públicas. Visamos aqui fornecer algumas informações bá- sicas ao cultivo de árvores frutíferas, quer em pomar doméstico ou na urbanização de áreas públicas. Formação de mudas As novas plantas podem ser obtidas através de sementes e/ou galhos (estacas), como por exemplo acerola, cajá e siriguela. Em ambos os casos, usam-se sacos plásticos de cor preta, com capacidade para 1 a 3 Kg de solo, conforme o tamanho da muda no momen- to de ser levada para campo, com pequenos furos no terço inferior da embalagem e cheios com um substrato composto de terra e esterco curtido na proporção de 2:1. Tanto sementes como estacas podem ser postas para germinar ou enraizar em canteiros ou diretamente nos sacos. Quando as plantas no canteiro estiverem com 10 a 15 cmf(oriundas de semente), são transplan- tadas para os sacos e mantidos à meia-sombra até que as mudas estejam prontas para o plantio definitivo. As mudas devem ser regadas todos os dias, e plantadas no local definitivo logo que atingirem o tamanho ideal para cada espécie e terem sido aclimatadas (adaptadas a sol direto), evitando-se o enovelamento da raiz. O tamanho médio da muda para o plantio é de cerca de 25 em. O plantio é feito no início do período chuvoso, observan- do-se o espaçamento e o tamanho da cova para cada espécie. O tamanho das covas varia de 0,5 a 0,8m de largura e 0,4 a 0,6m de profundidade. Plantio Pelo menos 15 dias antes do plantio deve ser feita a adubação das covas, podendo se usar de 10 a 20 litros de esterco, 2 a 5 litros de cinza, 500g de cal, 300g de superfosfato simples, 150g de cloreto de po- tássio   EXPEDIENTE: EMBRAPA Informa; Embrapa Roraima - Chefe Geral. Daniel Gianluppi, CP&D: Wellington do O; CAT; Ramayana Menezes Braga; CAD; Maria Viana de Almeida, Editoração Ele- trônica: Lucilene Dantas de Matos; Produção: SIN - Setor de Informação e ADT - Área de Difusão e Transferência de Tecnologia Endereço: Rod BR-174 - Km 08 - Distrito Industrial de Boa Vista - Roraima - Tel: (095) 626,7125 - Fax: (095) 8267104 - CEP. 69301-970 - Boa Vista - Roraima Embrapa - Roraima Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentável  e 20g de FTE BR 12, misturados com a terra retirada da cova, deve-se mantê-la úmida e em repouso até o plantio. Antes de retirar-se a muda do saquinho, deve- se verificar a umidade da terra, que não deve estar seca ou muito molhada, para evitar que o torrão se desfaça. A muda deve ser colocada na cova com o torrão, sem o plástico e firmada pressionando-se a ter- ra em volta. No final, o torrão deve permanecer com cerca de dois centímetros acima do nível da terra; e ao lado da muda coloca-se uma estaca para servir de tutor, na qual se prende a muda folgadamente por meio de barbante. Poda A poda deve ser feita visando-se uma melhor conformação da copa, propiciando uma forma mais agradável e apropriada ao local em que a planta está localizada, ou quando necessária na eliminação de ra- mos ladrões ou mal formados e no controle de pragas e doenças. O desvio de fiações e a orientação estética são considerados antes da execução da poda. Irrigação As frutíferas tem maior ou menor resistência a seca, O que se deve principalmente a profundidade de suas raízes. Elas também diferem na capacidade de suportar alagamentos. A Tabela 1 fornece informa- ções sobre o ambiente natural de cada espécie. O for- necimento de água deve ser feito de acordo com essa característica. TABELA 1 Dados de porte, espaçamento, profundidade do sistema radicular, ambiente natural e composição broma tológica de algumas frutíferas usadas para formação de pomar do méstico e paisagismo urbano . E Porte médio Espaçamento Sistema Radi- Ambiente Na- Vitaminas e FRUTÍFERA (m) (m) cular tural Sais Minerais Abacateiro (Persea americana) 12a 18 7x9a10x12 Profundo Terra firme A,B,CeE Abacaxi (Ananas comosus) 01 0,3x0,4x 1,5 Superficial Terra firme Ca,K,Vit.B, Abiu (Pouteria caimito) Sab Bx5ba 8x8 Profundo Terra firme Vit. A e B; Acerola (Malpighia spp ) 2a3 4x4 Superficial Terra firme Mit. Açaí (Euterpe oleracea) 25 3x2 Profundo Várzea Pevit.C Ata (Annona squamosa) 4a 6 4x4a 5x5 Profundo Terra firme Ca, Vit.B, e B; Banana (Musa sp.) 1,20 a 5,50 2x2a4x4 Superficial Terra firme KevVit. A Bacaba (Oenocarpus bacaba) 7a22 sx? “Profundo Varzea > SP nte * Buriti (Maurítia flexuosa L.) sa 2b 2x32a3x4 Profundo Várzea Ca, PevVit. C Cacau (Theobroma cacao L.) 6a 12 4x5 Profundo Terra firme Vit.B, e B; Caçari (Myrciaria dubia) 08 3x2 à 3x4 Profundo Várzea Vit. C Caju (Anacardium occidentale) 4a8 4x7albx 15 Profundo Terra firme Vit; 6 Carambola (Averrhoa carambola) 3as 4x5 Profundo Terra firme KevVit. A Coco (Coccus nucifera) 20 8x8a9x9 Profundo Terra firme Ke Vit. B, Cupuaçú (Theobroma grandiflorum) 20 6x6a 8x8 Profundo Terra firme P,Fe, Vit. AecC Dão (Ziziphus mauritiana) 4a 12 6x6 Profundo Terra firme Ca, Pe Vit. C Goiaba (Psidium guajava) 8ag9 FARTA Profundo Terra firme K,Vit.A,B,,B,;e C Graviola (Annona muricata) 3a 8 6x6 Profundo Terra firme  Vit.A,B,B,eC Ingá (Ingá spp.) ta th 10.x:12 Profundo Terra firme Vit.B,B, ec Jabuticaba (Myrciaria cauliflora) 10a 12 8x8a 10x10 Profundo Terra firme Fe e Vit. B; Jambo (Syzygium malaccense) 5a20 7x7 Profundo Terradirme” Joc * Jenipapo (Genipa americana) Até 20 10 x 10 Profundo Terra firme Fe e Vit. B; Laranja (Citrus sinensis) 4a9 6x4 Superficial Terra firme CaevVit. C Limão (Citrus latifolia) 4a 9 bx427/R7 Superficial Terrafirme K,Vit.B, B, eC Limão Caiano (Averrhoa bilimbi) 5aio 6x4 Profundo Terrafirme Ca,P,FeeVit. C Manga (Mangifera indica) Até 40 10x 10a 15x 15 Profundo Terra firme  Vit.A,B,,B,e C Mamão (Carica papaya) + 03 3x2a3x3 Superficial Terrafirme Ca, Vit. A,B,C Maracujá (Passiflora edulis) trepadeira 2x4a5x 6 Superficial Terra firme Vit. A, B, e B; Murici (Byrsonima crassifolia) 5x8 5Bx4a 6x6 Profundo Terra firme Fee Vit. C Patauá (Oenocarpus bataua var. bataua) 04 a 26 3x8 Superficial Micas = = 4 tia * Pitanga (Eugenia uniflora) Até 8 4x4 a 6x5 Profundo Terra firme Ca,P, Vit. AecC Pitomba (Talísia esculenta) Até 12 7x7a10x10 Profundo Terra firme  Vit.B,B,ecC Romã (Punica granatum) Até 6 4x4 Profundo  Terrafirme Na,K,Fee Vit. C Sapoti (Achras zapota) 5a 12 8x8a 10x 14 Profundo Terra firme K, Vit. Ce B, Sirigúela (Spondia purpurea) 5a 10 8x8 a 10x 10 Profundo Terratirme: ess * Tamarindo (Tamarindus indica) Até 30 12x 15 Profundo Terra firme Na, k, Vit. Be B, Taperebá (Spondia mombim) 10 a 25 12x 14 Profundo Terra firme Vit. Be B; * Composição de vitaminas e sais minerais não encontrada.   Geraldo Costa Nogueira Filho Otoniel Ribeiro Duarte Pesquisadores de Fruticultura, MSc. / Embrapa - Roraima

Frutíferas no pomar domestico e como opção no paisagismo urbano de Boa Vista.

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Frutíferas no pomar domestico e como opção no paisagismo urbano de Boa Vista.

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