PARLANGELI, O.

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 Casa de Sarmento Centro de Estudos do Património Universidade do Minho Largo Martins Sarmento, 51 4800-432 Guimarães E-mail: geral@csarmento.uminho.pt URL:  www.csarmento.uminho.pt  Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.  https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/      Revista de Guimarães Publicação da Sociedade Martins Sarmento    BIBLIOGRAFIA. UNTERMANN, JÜRGEN -DIE VENETISCHEN PERSONENNAMEN. PARLANGELI, O. Ano: 1963 | Número: 73   Como citar este documento: PARLANGELI, O., Bibliografia. UNTERMANN, Jürgen -Die venetischen Personennamen. Revista de Guimarães, 73 (3-4) Jun.-Dez. 1963, p. 483-486.  0 _; Bibl iograf ia  Untermann, Jürgen. Die venetísehen Personennamen. Wies- baden (Otto Harrassowitz) 1961, XVI+ 200 pgs.; em volume separado (73 pgs.), 33 mapas. Ultrapassada a fase da sua ‹<menoridade ilírica››, o venético (1) desfruta hoje de um redobrado interesse para os investigadores das antigas línguas itálicas. Untermann, que aliás não precisa de penitenciar-se de qualquer erro «par-ilírico››, não exila, contudo, em estabelecer confrontos com o ilírico, sempre que uma ou outra forma venética deva, ou possa, ser explicada com documentos epigráficos considerados, bem ou mal, como testemunhos da língua (ou línguas) da Ilíria pré-latina. Consagra Untermann um parágrafo inteiro (o 223, a pgs. 183 s.) ao ‹‹ilírico›› (que ele regista entre aspas), advertindo contudo que uns...aber nicht um Sprachen, sondern um Namengebiete...geht››. Mas, como este ‹‹ilírico›› é, acima de tudo, uma realidade histórica, não o podemos pôr de Parte, nem tão-pouco ignora-lo. Um corolário resultante do problema das afinidades iliro-venéticas é O constituído pelo confronto com o messápico. Estou inteiramente de acordo com Unter- mann quando ele anota: ‹‹Die Parallelen in der Namen- formel beruhen auf der Nachbarschaft um etr.-italischen Namengebíet. PÁ/ator sieht eher wie ein a s  Dalmatíen i i  ‹‹ es 1 (1) .A designação de genético é preferível à de pá/eo-wéneto, ou simplesmente øéneto. É também de aconselhar, na designação terrninológica, evitar-se qualquer possibilidade de confusão entre o venétím, que é um dialecto indo-europeu pré-latino, e os dialectos românicos de Venesa, medievais e modernos. I. 484 REVISTA DE GVIMARÂES I eingewanderter Nome a s  (§ 166), sine selbständige Verwendung Von Verbalnomina a s  INN liess sich for das messap. Namengut nicht nachweisen (§§ 169, 170), ausreichend sichere und zahlreiche Einzelgleichungen haben sich auch noch nicht zusammengefunden››. E já, na pág. 116, Untermann afirmara: «Man wird abschliessend sage dürfen, das d e  Messapische Naníengebung an der in Venetien, Istrien und Dalmatien anzutreffenden Verwendung Von Verbalnomina a s  PNN. keinen Anteil gehabt hat››. Tratar-se-á, em suma, nos casos de con- cordância onomástico entre o venético e o messápico, de uma daquelas «alterações de modas e de tipos de nomes, que surgem especialmente nas zonas de contacto››, como muito bem acentuou Pellegrini, na sua importante recensão do livro de Untermann (Kray/os 7, 1962, ps. 173-180) (1). Considera Untermann as inscrições venéticaS ape- nas pelo seu contributo para -a investigação onomástico ; mas, se reflectirmos no facto de as inscrições das línguas itálicas ‹‹menores›› (‹‹menores›› semente por serem conhe- cidas, em geral, através de um escasso material epigrá- I (1) Devemos ter sempre em linha de conta tais modas ono- másticas, a em de não se atribuir a um estrato étnico uma designa- ção linguística inteiramente estranha, ou de algum modo impró- pria. Eu escrevi isto (Kazêalos 5, 1959, págs. 83-83, ou %22-23 da separata): «Quando atentamos bem no testemunho epigráfico daqueles textos (as epigrafes cristãs de Siracusa), ressalta com evi- dência uma forte presença latina, muito mais maciça do que aquela que .re nata nos documento: eoeøo: gregos, de toda a bacia do Mediterrâ- nea...., não. devemos, contudo, imirtir demasiado nas daƒaƒ onomdstieas (e, a pg. 67, afirmámos que «cada testemunho linguístico.. deve ser decantado daquilo que seja considerado oficial, externo, im- posto por uma hierarquia superior, ou por uma moda comum››) . Torna-.re oportuno completar a narra imzertígação de considerações ena: eçzuívora.r››. Rohlfs, porém, depois de haver afirmado (Nele Beiträge zulu Kefmtnís der unterítalireben Criízítäí, München, 1962, p. 35) : .. ‹‹o caracter grego do onomástico é mais eloquente do que a Mesmo as próprias inscrições lati- nas estão repletas de nomes pessoaišgregos, que muitas vezes apa- recem apenas ligeiramente latinizados››, cita (na nota 28-a) um trecho do meu referido artigo, omitindo precisamente a segunda parte dessa exposição, que acima destaco em sublinhado. É estra- nha (para não lhe chamar outra coisa), mas não é nova, esta maneira de citar as opiniões alheias E língua dos textos sepulcrais. 1 BIBLIOGRAFIA 485 fico, e não por qualquer testemunho literário) consti- tuírem quase sempre meras fórmulas onomásticas, o tra- balho de Untermann pode ser considerado como um novo e utilíssirno corpus de textos venéticos. Após a Introdução e a Bibliografa, Untermann estuda, na 1.a Parte do seu livro, os nomes venéticos pessoais masculinos (A. pgs. 3-24) e femininos (B. pgs. 25-38), bem como o significado de tais nomes ° Vomamen (‹‹prenomes››, ou nomes individuais) e Nach- namen, que Pellegrini classifica de ‹‹nomi appositivi››; como porém se trata geralmente de gentilícios ou de patronímicos, podemos considera-los como nomes de família. z . . Na 2.a Parte são estudados os nomes venéticos, nas adaptações que sofreram nas epigrafes em língua latina das urnas de Este (pgs. 45 ss.): a distribuição do material em subsecções corresponde, apesar de algumas diferen- ças, à da 1.a Parte. . De grande importância é a 3.a Parte, respeitante 'à composição dos nomes: Untermann trata este assunto considerando os problemas da formação dos nomes próprios de quase todas as linguas da Itália antiga (1). \ (1) Todo um parágrafo (pgs. 65 s.) é dedicado ao messá- pico: as inscrições são geralmente dadas conforme as minhas lei- turas (Studi messapíóí, Milão, 1960). Note-se que Untermann transcrevo X com fi, seguindo um uso muito generalizado: no fundo, também eu sou, mais ou menos, de parecer que o valor fonético de X deva ser propriamente [š], mas, por simples .escrúpulo de editor, tenho preferido grafo-lo Unicamente por x. ‹ Para IM 16.14, dazoimíbí balebí data: bilí/ai, dá Untermann uma versão com a qual estou de acordo: ‹‹de Dazoímes Bales, ilho de Daset›› (ou Dazet? O.P.); para a fórmula onomástico de IM 22.21 (4), Untermann prefere a velha lição .rtaboos Éonetfiibi dazimaibi bel/eíbi (eu, pelo contrário, adopto... Xobeífii/Ji... beiliíbi) , e traduz ‹‹de Staboas Sonetfies, filho de Dazimas››, que todavia eu, por vários motivos (Síudi messapicí, pg. 278 s., løeílíibí), e apoiado de um nome próprio (cf. o grego BÉÂLoÇ, em latim Bi/ias). Unter- completa .rtabo(o).f) e traduz ‹‹ÉS)otor So//e.r, (ilho) de Staboas». Com isto me apraz registar que, em caso algum, Unterrnann se limita simplesmente às hipóteses alheias, apresentando sempre as suas próprias soluções, quando não convincentes, pelo menos sensatas. 15 em Deecke e em Krahe, me inclino a crer que bel/iibí seja o genitivo rnann unifica as duas partes de IM 15.19 (I Qatar; II :oo/le: stabof, z 486 REVISTA DE GVIMARÃES . Na 4.a Parte (pgs. 140-171) oferece-nos Untermann - e é este o âmago do seu trabalho - um interessante léxico dos nomes pessoais venéticos: tal léxico, conforme acima acabo de dizer, abrange quase todo o material extraído das inscrições da X Região augustana. Uma utilidade resultante deste léâdco é conter a relação dos ‹‹prenomes›› ordenados segundo os vários sufixos, facul- tando portanto assim um cómodo índice regressivo (pgs. 93-98). A 5.a Parte (Das venetiscb-istriscbe Nafizengebíeƒ, pgs. 172-190) dá-nos uma série de comparações entre a ono- mástica venética e a de outras regiões. . Finalmente, vêm os Índices dos nomes pessoais tira- dos das inscrições latinas (contendo um sistema prático de referência, isto é, inserindo as três ou quatro primeiras letras dos correspondentes nomes venéticos, e remetendo assim o leitor para o léxico próprio), dos nomes perten- centes a -outras linguas da Itália antiga (entre os quais o messápico está largamente representado), dos nomes de divindades, dos nomes toponímicos e dos nomes étnicos. Num pequeno volume aparte, estão reunidos 33 ma- pas, organizados segundo O método adoptado com feli- cidade por Untermann noutros trabalhos seus (por exem- plo, ‹‹Namenlandschaften im alter Oberitalien››, Beitràge zulu Namenforscbung 10, 1959, pgs. 74-159; 11, 1960, pgs. 273-318 ; 12, 1961, pgs. 1-30). Por meio destes mapas, o estudo das relações entre cada um dos componentes do material onomástico da Itália antiga e das zonas limí- trofes torna-se muito facilitado. I I 0 O. Parlangèli Novoli (Lecce), Itália. 0 

Bibliografia. Jürgen Untermann -Die venetischen Personennamen.

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