COSTA, Avelino de Jesus da

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Casa de Sarmento

 Casa de Sarmento Centro de Estudos do Património Universidade do Minho Largo Martins Sarmento, 51 4800-432 Guimarães E-mail: geral@csarmento.uminho.pt URL:  www.csarmento.uminho.pt  Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.  https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/     Revista de Guimarães Publicação da Sociedade Martins Sarmento    BIBLIOGRAFIA. GONZALO MARTINEZ DIEZ - EL CONCILIO COMPOSTELANO DEL REINADO DE FERNANDO I. COSTA, Avelino de Jesus da Ano: 1965 | Número: 75   Como citar este documento: COSTA, Avelino de Jesus da, Bibliografia. Gonzalo Martinez Diez - El Concilio Compostelano del reinado de Fernando I. Revista de Guimarães, 75 Jan.-Dez. 1965, p. 235-237.  BIBLIOGRAFIA 235 4) A congregação monástica centrada em Durne e dependente do seu bispo-abade, ainda que se não manti- vesse durante as razias agarenas, intuiu eficazmente na organização monástica do tempo da Reconquista. Nesta altura, ultrapassou OS limites da Galácia romana para se espalhar pelas outras províncias, como o demonstra a sobrevivência até ao séc. XI do Pacto de S. Frutuoso. As novas federações monásticas tiveram, todavia, de se adaptar ao novo condicionalismo político e social, suprímíndo o recurso dos monges ao ‹‹e2)írcopø/.r sub regula» e ao ‹‹catá/Jolíøur comes Em/esíø defen.ror››, por não existir já o bispo-abade de Dume e não ser conveniente resolver perante um funcionário público questões de disciplina monástica interna. O A. não pôde utilizar o recente trabalho de D. Justo Pérez de Urbel sobre o Pacto do S. Frutuoso (1) nem aproveitou as Actas do Congresso comemorativo do XIV centenário .da chegada de S. Martinho de Dume à Península, realizado em Braga em Outubro de 1950. No trabalho que então publiquei sobre S. `vIartinho (2) encontraria as datas da elevação deste ao bispado e da sagração da igreja-catedral: «Ordinaíø/s est a tem Mar- tina; epircopus Nona: Aprilir .ruí Em 1D.a LXLa 11118 ( =  5-IV-556). Dedimƒio atem baƒí/ice (ln//ziensir ii Era Da LXL.a VI.a ( z  558). . l Gonzalo Martinez Díez, S. J., El concílio compostelano de rei- nado de Fernando I, pp. 121-138. O ilustre Professor e especialista de Direito Canó- nico medieval, a quem se devem já notáveis trabalhos, ao examinar as fontes manuscritas para. a edição crítica da célebre Colecção Canónica Hirpana, que traz entre mãos, constatou que nos diversos manuscritos e edi- ções este concílio de Compostela aparece com duas redacções diversas, .que alguns autores atribuíram a dois concílios diferentes, datando-os de 1031, 1056, 1060, 1061 e 1063. (1) «Vida y caninos de Pacto de San Fructuoso››, em Rev. Port. de História, VII (Coimbra, 1957, mas saído só em meados de 1964), pp. 377-397. (2) S. Martin/ao de Dame ( XIV Centenário da .rua chegada à Penz'n.rula), p. 52. I 236 REVISTA DE GVIMARÃES O A. demonstra que n.o tempo de Fernando Magno se realizou um único concílio em Compostela, em Janeiro de 1056, para adaptar e promulgar os decretos do con- cílio reunido em Coiança no ano anterior. Houve, porém, uma duplicação do texto original, à semelhança do que aconteceu com a Cúria régia de Leão, do ano 1017, e com o Concílio de Coiança, de 1055. . A segunda redacção (B) dos cânones destas três assembleias deve-se a Pelaio, bispo de Oviedo (1100- -1129), que OS adaptou â reforma* gregoriana (1080-1090) e colocou em primeiro lugar bispo de Oviedo em detri- mento do metropolita de Lugo, que passou para o fim. Este facto obriga a rever todos os textos dependentes deste bispo, bem conhecido pela sua falsificação ou adulteração de documentos. Vem a propósito lembrar que a primitiva redacção (A) dos decretos das duas primeiras assembleias se encon- tram em Portugal - a da Cúria régia de Leão no Liber Fídeí, que recentemente publiquei (1), e a do Concílio de Coiança no Livro Preto da Sé de Coimbra, Hs. 216-218. Em trabalho acabado de publicar (2), chamei a atenção para o facto de, no essencial, haver identidade de opiniões entre o ilustre A. e o que anos antes escre- vera o sábio medievista Cónego Pierre Davida propó- sito das duas redacções dos Concílios de Coiança e de Compostela, como se pode verificar do cotejo das seguin- tes afirmações: . PIERRE DAVID G. MARTINEZ DIEZ 1> Concílio de Coiança «Si examinamos esta redac- ción B de Coyanza hallaremos en ella huellas de partidarismo ovetense e infiujos posteriores al 1055: (...). «Consetvé en deu tcxtes` net- tement différents: l'un, transmis par le Liber testamentorum d"Ovie- do, fl. 62 v.-63 v., (rude de Févêque Pélage, o fabulero... Le texto de Coimbra, ou plutôt de Vacariça (...) transcrit d a s  le cartulaire de la Sé de Coim- bra, Livra Preta. 4- (1\ (23 1965, pp. 10-11 da separata, Rev. Porá. de Hiftóría. Liber Fidei .Yaneíae Bracarensis Eeeleƒiae, I, 1965, pp. 3-5. Prof Cónego Pierre David. Trabalho: inédito; e bibliografia, ou pp. Lv1-Lv11 do vol. VI da I I BIBLIOGRAFIA 237 is Le texto authentique est celui 'de Vacariça. Celui d'Oviedo a até remanié par Pélage, qui a is en téte Ie no de 1'évê~ que d'Ovicdo au l e u  dc celui de Lugo, et qui a altéré le texto, en faisant disparaítre les traits caractéristiques antérieures à Yintroduction des disciplinas romaines. (...) grous tenor le texto de Coimbra p o r  original» Se inviette el ordem de los asistentes para colocar cn cabeza al bispo de Oviedo, mientras al verdadero presidente, al me- tropolita de Lugo, se le despoja del título de metropolitano y se le envia al anal.›› A: caracteríƒticaƒ tradicionair são .fubslituúias por outras «con- forme al ambiente postgrego- riano» (p. 134). «La redacción B de Con- cílio de Coyanza es el fruto de las manipulaciones de Pelayo de Oviedo›› (p. 135). 2) Concílio de. Compostela «Conciles de  Compostela, 1060, 1063, etc., trais textos, qui paraissent de remaniements d'un Seul. L'un d'cux semble aussi remanié par Oviedo.» ( ) «Ce sont de rcmaniements du Concilc 'de Cobrança (...). Ces Concites (de CompoNde/a) (s'il en a eu d e u )  sont de rédactions à pene modífiées de celui de Cobrança» (1). «Creemos que la redacción B no representa el texto de un segundo Concílio compostelano de . cronologia dudosa, trátase más bien de las decisiones de Concílio de 1056, cuyo texto» foi adaptado «al ambiente poste- rior a la reforma gregoriana e introducción del rito romano Esto nos señala ya un sospechoso: D. Pelayo de Ovie- do›> (p. 134). «Notas acerca de carácter peculiar que a nuestro juicio reviste el Concílio de Compos- tela de 1056 que no es sino mera prolongación o promulgación adaptada del Concílio de Coyan- za de 1055» (p. 136). Esta dentes (o cida até ilustres identidade de pareceres, totalmente indepen- de Pierre David estava inédito e era desconhe- agora), demonstra a superior visão dos dois medíevistas. (1) Pp. 10-11 da obra citada na nota anterior. 

Bibliografia. Gonzalo Martinez Diez - El Concilio Compostelano del reinado de Fernando I.

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