AUTOMEDICAÇÃO INFANTIL: UMA PRÁTICA ENTRE PAIS E RESPONSÁVEIS

Abstract

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática de automedicação consiste na seleção e na utilização de medicamentos sem que haja uma prescrição para tratar doenças autolimitadas ou seus sintomas, prática está inserida no autocuidado. O cuidado com a prática da automedicação quando se refere a crianças torna-se ainda mais relevante, levando-se em consideração que os medicamentos podem ser usados com excesso de doses ou modificações de formulação para adultos, sem que seja observada e monitorada as diferenças entre crianças e adultos, expondo-a a riscos de intoxicação e aos de eficácia não comprovada. É nítido que a medicação pode minimizar os sintomas da doença, trazendo assim, muitos benefícios para as crianças, mas deve-se observar que muitas vezes o medicamento é utilizado de forma inadequada e insatisfatória, podendo trazer prejuízos para a criança em fase de desenvolvimento, além de possíveis efeitos colaterais. Portanto, o estudo objetiva revisar na literatura científica a prática de automedicação em crianças por seus pais ou responsáveis. O presente estudo utilizou como método a revisão narrativa da literatura, realizada no período de agosto a outubro de 2020. A estratégia de busca foi pesquisar no Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), utilizando os seguintes descritores em português: automedicação em crianças, riscos e Uso Racional de Medicamentos. As crianças são as principais usuárias dos serviços de saúde nos países em desenvolvimento e seu padrão de adoecimento se reflete no uso de medicamentos. Esse uso, por sua vez, pode ser excessivo devido à automedicação, prática induzida pela mídia e realizada sem indicação e prescrição médica. Dessa forma, o uso de medicamentos em crianças deve ser devidamente monitorado e supervisionado por um responsável capacitado ou profissional da saúde especializado, pois esta prática é capaz de gerar danos à saúde da criança, por uma série de fatores, dentre eles a posologia, que deve ser adequada de acordo com peso, idade da criança e os horários de ingestão dos medicamentos, e quando isso não é feito corretamente a criança pode estar susceptível a um quadro de intoxicação

    Similar works