Os hábitos bucais deletérios são aqueles que podem causar danos ou alterar o padrão do crescimento facial normal, como por exemplo: morder lábios, sucção de chupeta, mamadeira e dedo, entre outros. As parafunções podem modificar o desenvolvimento craniofacial que ao depender dos fatores de frequência, duração, intensidade e padrão facial favorecem o aparecimento das maloclusões, que podem ser definidas como a desarmonia entre a distribuição dos dentes na arcada dentária e a relação destes com as estruturas relacionadas e bases ósseas. Nesse sentido, o presente estudo objetivou revisar a literatura acerca da prevalência dos hábitos parafuncionais associados as maloclusões em crianças. Para isso, adotou-se a metodologia de revisão integrativa realizando uma busca nas bases de dados Scielo e Lilacs com os descritores devidamente cadastrados no DeCS: “hábitos orais”, “odontopediatria” e “sistema estomatognático”, conectados pelos operadores booleanos “AND” e “OR”. Foram destacados 32 artigos, contudo, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, selecionaram-se 12. Foram incluídos os artigos publicados nos últimos dez anos, tanto em português como em inglês e os artigos que abrangessem os descritores mencionados. Foram excluídos todos os artigos que se enquadram na categoria de Revisão de Literatura, como também, aqueles com resumos e textos inconclusos. Sete estudos apresentaram associação entre hábitos bucais deletérios com o aparecimento de maloclusões. Já quatro estudos apontaram que o aleitamento materno influencia no surgimento dos hábitos orais e apenas um estudo negou a associação entre hábitos bucais e desordens temporomandibulares. Em síntese, os problemas oclusais que acometem as crianças, apresentam necessidade de tratamento, permitindo que orientações adequadas e direcionadas de higienização, nutrição e da remoção de hábitos parafuncionais sejam instaurados, já que um alto índice de maloclusão pode estar associado
